10 outubro 2014, Vermelho EDITORIAL http://vermelho.org.br
(Brasil)
A campanha do segundo turno da eleição
presidencial, de curtíssima duração, começou com intensidade e elevado grau de
conflitualidade política. Nela, dois aspectos se destacam: a mobilização total
da militância, dos aliados e do povo e a nitidez da mensagem política. Em
ambos, as forças progressistas levam vantagem.
Criar uma onda vermelha em todo o país, construir a vitória com uma agenda intensa de atividades diárias, fazer uma campanha cara a cara, olho no olho, conversando com o eleitor, esclarecendo suas dúvidas, desmontando preconceitos, refutando mentiras, afirmando as ideias-força que levaram a maioria do eleitorado a votar em Dilma no primeiro turno – são as tarefas do cotidiano até 26 de outubro, de todos os que têm verdadeiros sentimentos de patriotismo e alimentam ideais de progresso social. O tempo é curto, a vitória precisa ser construída em cada minuto.
Mais de 10 mil militantes lotaram nesta quinta-feira (9), a quadra do Sindicato dos Bancários, no centro de São Paulo, numa plenária de mobilização. Sob o comando de Lula, que
se mostrou otimista, vibrante, enérgico, sorridente e
lúcido, a militância do PT, do PCdoB, outros partidos aliados, movimentos
sindicais, juvenis e populares, foi dada a arrancada para vencer também em São
Paulo, estado onde se concentra a classe operária e em que, no enfrentamento de
uma classe dominante reacionária e opressora, sempre existiu um pulsante
movimento popular e de trabalhadores. Criar uma onda vermelha em todo o país, construir a vitória com uma agenda intensa de atividades diárias, fazer uma campanha cara a cara, olho no olho, conversando com o eleitor, esclarecendo suas dúvidas, desmontando preconceitos, refutando mentiras, afirmando as ideias-força que levaram a maioria do eleitorado a votar em Dilma no primeiro turno – são as tarefas do cotidiano até 26 de outubro, de todos os que têm verdadeiros sentimentos de patriotismo e alimentam ideais de progresso social. O tempo é curto, a vitória precisa ser construída em cada minuto.
Mais de 10 mil militantes lotaram nesta quinta-feira (9), a quadra do Sindicato dos Bancários, no centro de São Paulo, numa plenária de mobilização. Sob o comando de Lula, que
Desde a terça-feira (7), quando se reiniciou a campanha do segundo turno da eleição presidencial, a presidenta Dilma Rousseff não tem feito outra coisa senão mobilizar o povo, a militância, as forças políticas aliadas. Em caminhadas e plenárias que realizou no Piauí, na Bahia, em Sergipe e Alagoas, a candidata vitoriosa no primeiro turno tem deixado uma mensagem de esperança, luta e vontade de vencer, em nome da construção de um Brasil democrático, soberano, desenvolvido e socialmente justo.
É este o papel de todas as forças políticas e sociais de esquerda, democráticas e populares. Mobilização e concentração total de forças, numa campanha que tem caráter e sentido histórico, porque está em jogo o presente e o futuro do país, estão em questão as conquistas sociais alcançadas com ingentes sacrifícios ao longo dos últimos 12 anos, em xeque o desenvolvimento nacional, a soberania e o papel integrador, solidário e pacifista do Brasil no mundo.
As primeiras plenárias e o programa inaugural de TV mostraram que não faltará à campanha pela reeleição da presidenta Dilma um só partido, organização do movimento social, deputado, senador e governador eleitos no primeiro turno. Não há tarefa maior do que cumprir este compromisso básico com a nação, até por coerência política e demonstração de fidelidade aos alinhamentos políticos nacionais. É indispensável que as forças progressistas dediquem o máximo empenho à conquista da vitória em 26 de outubro próximo, sem o que não será possível continuar avançando no rumo iniciado por Lula e continuado por Dilma, o povo e as forças aliadas.
Quanto à mensagem, o principal é evidenciar o contraste entre os dois projetos. “Esta não é uma campanha entre Dilma e Aécio. É uma campanha entre duas propostas de país, de duas propostas de sociedade para o futuro. Uma representa a dependência de um modelo neoliberal em que o FMI dava palpite. É trazer de volta um sistema financeiro que quer ganhar sem investir na produção, é trazer de volta a ideia de que a universidade é para poucos”, ressaltou Lula na plenária de São Paulo. “O que está em jogo é um modelo de país”, afirmou a presidenta Dilma no primeiro programa de TV do segundo turno.
Na era em que foi governado pelo PSDB, o Brasil quebrou três vezes. Foi a era do arrocho salarial, do desemprego, da falta de investimentos na área social e na infraestrutura, época das privatizações, do Estado mínimo, do império do capital financeiro, da submissão às potências internacionais, do entreguismo e da desbragada corrupção.
A mensagem das forças progressistas não pode ser outra. O povo brasileiro não quer a volta a esse passado de trevas. Quer, isto sim, as mudanças necessárias para continuar avançando, elevando seu padrão de vida, aprofundando a democracia, consolidando a soberania da pátria. Quer reformas, grandes reformas, reformas estruturais democráticas, transformações sociais, mudança no modelo econômico, uma política econômica e financeira em que o imperativo seja o desenvolvimento nacional com justiça social, e não o lucro máximo do capital financeiro nacional e internacional.
Não há mensagem mais clara do que a emitida pela própria presidenta e candidata à reeleição. Construir um “governo novo, com ideias novas”. É com esta ideia-força que se despertarão as energias do povo e a vitória será construída.
Do lado oposto, a candidatura de Aécio Neves destila ódio e preconceitos, acusa, calunia e mente, na falta de uma mensagem que sensibilize o povo e a nação.
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