17 outubro 2014, Jornal de Angola http://jornaldeangola.sapo.ao (Angola)
Angola foi ontem eleita
membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU para um mandato de dois
anos, a contar de 1 de Janeiro de 2015.
A eleição foi decidida no 25º plenário da
Assembleia-Geral das Nações Unidas, que se reuniu para escolher os cinco países
que vão ocupar os lugares do Ruanda, Argentina, Luxemburgo, Austrália e Coreia
do Sul, que
terminam este ano os seus mandatos.
Os 193 membros da Assembleia-Geral das Nações Unidas elegeram Angola com 190
votos, a Venezuela com 181, a Malásia com 187 e a Nova Zelândia com 145. A
eleição de Angola, que precisava apenas de dois terços dos votos (128), não foi
surpresa, uma vez que era o único concorrente ao lugar destinado a África. De
modo semelhante, a Venezuela ocupou sem oposição o lugar para a América Latina
e Caraíbas, enquanto a Malásia não teve rivais para o assento da Ásia-Pacífico.
No grupo da Europa Ocidental e Outros, um dos dois lugares foi atribuído à Nova
Zelândia. A Espanha obteve o quinto assento em disputa, após garantir uma larga
vantagem face à Turquia. A candidatura espanhola obteve o apoio de 132 países
na terceira ronda da votação, com a Turquia a garantir apenas 60 votos, num
total de 193 países.
Numa primeira reacção à imprensa, ontem, o ministro das Relações Exteriores,
George Chikoti, afirmou que a eleição aumenta a visibilidade política do país,
o qual pode agora contribuir para o Conselho com a sua “experiência em
resolução de conflitos” e a sua “liderança regional”.
Georges Chikoti disse ainda que o Governo angolano vai aproveitar para “convencer
a comunidade internacional sobre a transição democrática que o país tem vindo a
efectuar”. O ministro acompanhou o processo, ao lado do secretário de Estado,
Manuel Augusto, do chefe da Missão Permanente de Angola junto da ONU, Ismael
Martins, e de outros diplomatas.
No seu discurso na 69ª sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas, no dia 29
de Setembro, em representação do Chefe de Estado, o Vice-Presidente da
República agradeceu o apoio que Angola recebeu de inúmeros países na sua
candidatura a Membro Não Permanente do Conselho de Segurança da ONU.
“Uma vez eleitos para este importante órgão, vamos trabalhar com os parceiros
do Conselho na procura de soluções para os graves problemas que a comunidade
internacional enfrenta e dar uma contribuição efectiva à paz e segurança no
mundo”, disse Manuel Vicente, acrescentando que o recrudescimento de conflitos
e o aprofundamento de crises globais, exigem soluções eficazes e sustentadas,
sendo consensual que as soluções para os desafios comuns devem ser encontradas
no quadro multilateral, tendo em atenção as especificidades de cada Estado e de
cada povo.
Parceiro
da ONU
Angola, disse, apoia os esforços para fortalecer a capacidade das Nações Unidas
na gestão de crises e considera o diálogo e a negociação como as melhores
formas de resolução de conflitos. “Continuaremos a cumprir as nossas obrigações
na arena internacional, com especial ênfase para o continente africano e para
os agrupamentos regionais nos quais estamos inseridos, nomeadamente a SADC, a
CEEAC, os PALOP, o Golfo da Guiné e os Grandes Lagos, para a definição de
mecanismos que visem a materialização das formas de cooperação com as Nações
Unidas, União Africana, CPLP, e outros parceiros internacionais”, afirmou.
O Vice-Presidente da República lembrou que Angola assumiu a presidência
rotativa da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos em
Janeiro e salientou que as autoridades angolanas continuam a promover a
resolução de conflitos no continente africano, para a estabilidade, o desenvolvimento
político e institucional, a segurança interna e transfronteiriça, boa
governação e os direitos humanos.
Neste âmbito, sublinhou que Angola está comprometida com os processos de
pacificação na República Democrática do Congo (RDC), na República Centro
Africana (RCA) e na Região dos Grandes Lagos, de uma maneira geral. E defendeu
uma atenção especial ao recrudescimento dos conflitos armados e seus efeitos
nefastos para a população, desarmamento, combate ao tráfico de drogas e seres
humanos, crime transnacional organizado, terrorismo internacional e à
pirataria.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas tem 15 membros, dos quais 10 são
eleitos rotativamente para mandatos de dois anos. Os restantes são os EUA,
Rússia, Reino Unido, França e China, que detêm o estatuto de Membros
Permanentes, com lugar garantido e direito de veto sobre todas as decisões do
Conselho.
Os 193 membros da Assembleia-Geral das Nações Unidas elegeram Angola com 190 votos, a Venezuela com 181, a Malásia com 187 e a Nova Zelândia com 145. A eleição de Angola, que precisava apenas de dois terços dos votos (128), não foi surpresa, uma vez que era o único concorrente ao lugar destinado a África. De modo semelhante, a Venezuela ocupou sem oposição o lugar para a América Latina e Caraíbas, enquanto a Malásia não teve rivais para o assento da Ásia-Pacífico.
No grupo da Europa Ocidental e Outros, um dos dois lugares foi atribuído à Nova Zelândia. A Espanha obteve o quinto assento em disputa, após garantir uma larga vantagem face à Turquia. A candidatura espanhola obteve o apoio de 132 países na terceira ronda da votação, com a Turquia a garantir apenas 60 votos, num total de 193 países.
Numa primeira reacção à imprensa, ontem, o ministro das Relações Exteriores, George Chikoti, afirmou que a eleição aumenta a visibilidade política do país, o qual pode agora contribuir para o Conselho com a sua “experiência em resolução de conflitos” e a sua “liderança regional”.
Georges Chikoti disse ainda que o Governo angolano vai aproveitar para “convencer a comunidade internacional sobre a transição democrática que o país tem vindo a efectuar”. O ministro acompanhou o processo, ao lado do secretário de Estado, Manuel Augusto, do chefe da Missão Permanente de Angola junto da ONU, Ismael Martins, e de outros diplomatas.
No seu discurso na 69ª sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas, no dia 29 de Setembro, em representação do Chefe de Estado, o Vice-Presidente da República agradeceu o apoio que Angola recebeu de inúmeros países na sua candidatura a Membro Não Permanente do Conselho de Segurança da ONU.
“Uma vez eleitos para este importante órgão, vamos trabalhar com os parceiros do Conselho na procura de soluções para os graves problemas que a comunidade internacional enfrenta e dar uma contribuição efectiva à paz e segurança no mundo”, disse Manuel Vicente, acrescentando que o recrudescimento de conflitos e o aprofundamento de crises globais, exigem soluções eficazes e sustentadas, sendo consensual que as soluções para os desafios comuns devem ser encontradas no quadro multilateral, tendo em atenção as especificidades de cada Estado e de cada povo.
Parceiro da ONU
Angola, disse, apoia os esforços para fortalecer a capacidade das Nações Unidas na gestão de crises e considera o diálogo e a negociação como as melhores formas de resolução de conflitos. “Continuaremos a cumprir as nossas obrigações na arena internacional, com especial ênfase para o continente africano e para os agrupamentos regionais nos quais estamos inseridos, nomeadamente a SADC, a CEEAC, os PALOP, o Golfo da Guiné e os Grandes Lagos, para a definição de mecanismos que visem a materialização das formas de cooperação com as Nações Unidas, União Africana, CPLP, e outros parceiros internacionais”, afirmou.
O Vice-Presidente da República lembrou que Angola assumiu a presidência rotativa da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos em Janeiro e salientou que as autoridades angolanas continuam a promover a resolução de conflitos no continente africano, para a estabilidade, o desenvolvimento político e institucional, a segurança interna e transfronteiriça, boa governação e os direitos humanos.
Neste âmbito, sublinhou que Angola está comprometida com os processos de pacificação na República Democrática do Congo (RDC), na República Centro Africana (RCA) e na Região dos Grandes Lagos, de uma maneira geral. E defendeu uma atenção especial ao recrudescimento dos conflitos armados e seus efeitos nefastos para a população, desarmamento, combate ao tráfico de drogas e seres humanos, crime transnacional organizado, terrorismo internacional e à pirataria.
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