22 outubro 2014, Redecastorphoto
http://redecastorphoto.blogspot.com.br (Brasil)
21/10/2014, Wayne Madsen*, Strategic Culture
Traduzido pelo pessoal da Vila
Vudu
Depois que manipuladores na
imprensa-empresa brasileira, a CIA e empregados de George Soros tentaram
inventar Marina Silva,
candidata-de-Partido-Verde-convertida-em-socialista-repentina, para concorrer à
presidência do Brasil, depois de um acidente aéreo clássico “de manual” da CIA,
em que morreu o candidato do verdadeiro Partido Socialista, Eduardo Campos,
todas essas mesmas forçar voltam a atacar, favorecendo agora o candidato do
Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Aécio Neves.
Embora Neves estivesse em 2º lugar,
atrás só da atual presidenta brasileira Dilma Rousseff, antes do 1º turno das
eleições de outubro, a comoção gerada pela morte de Campos e de vários de seus
assessores, dia 13 de agosto de 2014, empurrou Neves para o 3º lugar nas
pesquisas.
Depois de afastado Eduardo Campos,
Marina Silva, favorita de Soros e de sua rede internacional de dinheiro para
ONGs, foi então catapultada para o 2º lugar. Felizmente, graças ao trabalho de
inúmeros jornalistas blogueiros investigativos, as conexões de Marina Silva com
Soros e sua equipe de intervencionistas e magnatas operadores de hedge funds foram
descobertas e expostas.
Com os eleitores brasileiros já
cientes dos cordões de marionete que ligavam Marina Silva a Soros e a outros
banqueiros brasileiros e globais, ela afinal apareceu em 3º lugar nas urnas,
dia 5 de outubro de 2014, fora, portanto, do segundo turno eleitoral. Adiante,
a mesma Marina “socialista” Silva, derrotada nas urnas, declarou apoio ao
neoliberal Neves – segunda aposta de Soros para
tentar assumir as rédeas do
poder presidencial no Brasil.
O principal conselheiro econômico de
Neves e o homem que seria ministro das Finanças numa eventual presidência de
Neves é Armínio Fraga Neto. Amigo próximo e ex-sócio de Soros e de sua empresa
Quantum, de hedge funds.
Fraga conta com a presidência de Neves para abrir o Brasil às “forças de
mercado”, as mesmas que declararam guerra econômica à Venezuela e estão
tentando derrubar a Argentina servindo-se de amigos de Soros que comandam
fundos-abutres em Wall Street. Fraga, freqüentador habitué do Fórum Econômico Mundial em Davos,
Suíça, é também ex-empregado de Salomon Brothers e ex-presidente do Banco
Central do Brasil. Fraga também é ligado a Goldman Sachs, através de uma
corretora imobiliária em Manhattan.
Fraga é também membro do elitista
Conselho de Relações Exteriores [orig. Council on Foreign Relations]
e do Grupo dos 30 [orig. Group of 30], o que o põe no mesmo
campo que outros vilões de Wall Street como Alan Greenspan,
David Rockefeller, Jacob Frenkel, ex-presidente do Banco de Israel e o
colunista Paul Krugman, apologista de Wall Street [e colunista da Folha de S.Paulo, onde no
começo da semana em curso escreveu que “O que o mercado está dizendo, na
verdade, é que o Fed está imprimindo dinheiro
de menos” (sic)] e do ex-secretário da Fazenda dos EUA, Larry
Summers.
A vitória fácil de Rousseff no
primeiro turno das eleições de 5 de outubro de 2014 pôs em modo de propaganda
frenética toda Wall Street e seus operadores-jornalistas no
Brasil que fazem oposição aos planos de Rousseff de ampliar o banco de
desenvolvimento Banco dos BRICS) que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e
África do Sul, para competir com o Banco Mundial.
Pesquisas muito questionáveis
sugerem que Rousseff e Neves estariam correndo pescoço a pescoço (em “empate
técnico”, como se diz no Brasil) agora que se aproxima o 2º turno das eleições,
dia 26 de outubro de 2014. Mas esses resultados só são apresentados como
confiáveis e rigorosos pelos sempre patéticos “estenógrafos” de Wall Street
fantasiados de jornalistas, cujos textos enchem as páginas de The Wall Street Journal, Financial Times,Bloomberg
News e Forbes.
O avô de Aécio Neves, Tancredo Neves
[foi ministro da Justiça de Getúlio
Vargas de junho de
1953 até o suicídio do presidente, tempos de extrema dificuldade; foi
primeiro-ministro no final da ditadura; e] foi eleito presidente do Brasil dia
15/3/1985, em eleições ainda indiretas, depois de derrotada no Parlamento a
campanha histórica pelas “Diretas Já”. Mas Tancredo foi eleito nas primeiras
eleições que elegiam presidente civil,
depois de já 20 anos de ditadura no Brasil. Na véspera de tomar posse,
solenidade marcada para o dia 15/3/1985, Tancredo Neves caiu gravemente doente.
Com a doença do presidente eleito, foi empossado o vice-presidente, bem mais
conservador, José Sarney. Tancredo nunca se recuperou e morreu, ao que se sabe,
de diverticulite, dia 21/4/1985. Depois se divulgou que Tancredo sofreria de um
câncer não descoberto, senão depois de já se ter alastrado. Essa semana, dia 16
de outubro corrente (2014), na saída de um debate televisionado com o candidato
Aécio Neves, a presidenta Dilma teve um ligeiro mal-estar, o que muito assustou
muitos brasileiros, que lembraram do que acontecera a Tancredo Neves.
O que se sabe com certeza é que na CIA havia gente, além dos que sabiam preparar convenientes acidentes de avião,
como os que mataram o primeiro-ministro português Francisco Sá Carneiro, o
líder panamenho Omar Torrijos e o presidente do Equador Jaime Roldós, todos num
período de seis meses, entre dezembro de 1980 e abril de 1981 [depois da
eleição de Ronald Reagan à presidência dos EUA e da volta para dentro da CIA dos pistoleiros
infames que haviam trabalhado para George H W Bush e William Casey], que servia
na Divisão de Serviços Técnicos, que continuava a desenvolver armas químicas,
inclusive agentes cancerígenos, para assassinar alvos políticos.
Em anos recentes, vários líderes
latino-americanos foram atingidos ou por cânceres ou por ataques cardíacos. As
duas vítimas mais notáveis foram os presidentes da Venezuela Hugo Chávez, e da
Argentina, Nestor Kirchner. Noticiou-se que a esposa de Kirchner e atual
presidenta da Argentina Cristina Fernandez de Kirchner teria um câncer na
tireoide, o que adiante foi desmentido por seus porta-vozes. Mas uma “onda” de
cânceres em diferentes graus atingiu vários outros líderes latino-americanos,
como o ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo (que foi deposto por golpe
arquitetado pela CIA); o
presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos (depois de haver assinado um acordo
de paz com o movimento guerrilheiro revolucionário das Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia, FARC); o ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula
da Silva; e o recentemente re-eleito presidente da Bolívia, Evo Morales.
O presidente da Guiana, Forbes
Burnham, morreu de câncer na garganta; e o presidente de Nauru, Bernard Dowiyogo, morreu de um
ataque cardíaco fulminante, quando eram atendidos em hospitais em Washington.
Muitas suspeitas cercaram essas duas mortes, acontecidas nos hospitais da Georgetown
University e George Washington, respectivamente.
O macabro cientista-chefe da CIA, o judeu húngaro Dr. Sidney Gottlieb, desenvolveu várias
armas biológicas para o programa MK-ULTRA
da CIA, durante os mais de 20 anos de serviços que prestou à
agência. Uma delas foi uma toxina biológica metida no tubo de pasta de dentes a
ser usado pelo primeiro-ministro do Congo, Patrice Lumumba; outra, um lenço
contaminado com bactérias de botulismo, a ser oferecido ao líder iraquiano
general Abdul Karim Kassem.
Mas o movimento de Aécio Neves
distanciar-se das credenciais democráticas do avô, é manifestação de outro
aspecto das operações da CIA para influenciar governos
estrangeiros. Aécio Neves representa os interesses de Wall Street,
o que se vê claramente pela presença de Fraga como conselheiro econômico.
Os abutres de Wall Street,
inclusive outros sócios de Soros e Fraga em New York, querem
privatizar a empresa estatal de petróleo brasileira, Petrobras. Por isso, Aécio
Neves foi imediatamente “encampado” pelos mesmos interesses financeiros globais
que tentaram inventar Marina Silva para pô-la na presidência do Brasil. Com ela
derrotada nas urnas, aquelas mesmas forças rapidamente se realinharam para
tentar eleger o Neves-neto [desfrutável]. Para a CIA, o sangue não é mais
espesso que a água.
Mas tampouco parece fazer qualquer
diferença, também aos olhos do Neves-neto, que haja alta probabilidade de a CIA ter tido parte ativa no assassinato de
seu avô. Um filho de Omar Torrijos, Martin Torrijos, tornou-se presidente do
Panamá, exclusivamente para assinar um acordo de livre-comércio pró-Wall
Street entre seu país e Washington. Martin Torrijos também obedeceu
festivamente as ordens dos banqueiros globais, para que aumentasse a idade
mínima para aposentadorias no Panamá e reformasse toda a seguridade social. E
esse Torrijos-filho também foi aliado íntimo do presidente George W. Bush, sem
se incomodar com o fato de o Bush-pai, presidente George H W Bush, ter, muito
provavelmente, autorizado a operação da CIA que assassinou o Torrijos-pai.
A líder asiática de oposição
preferida de George Soros, Aung San Suu Kyi, tampouco parece incomodada pelo
fato de amigos de Soros no Gabinete de Serviços Estratégicos/CIA terem ordenado à inteligência
britânica que assassinassem o pai dela, Aung San.
Aung San, fundador do Partido
Comunista da Birmânia foi escolhido para tornar-se o primeiro presidente de
Burma independente, imediatamente depois da independência. Mas Aung San foi
assassinado por terroristas a serviço do ex-primeiro ministro pró-Grã Bretanha,
U Saw. As armas para os assassinos chegaram diretamente pelo capitão do
exército britânico David Vivian, que conseguiu, com “ajuda” de alto nível
dentro do governo de Burma, escapar de uma prisão local, em 1949.
O líder do Partido Liberal do Canadá
Justin Trudeau, filho do ex-primeiro-ministro Pierre Elliott Trudeau, sempre
agradou muito, ao contrário de seu pai, aos EUA, a Wall Street e
à causa da globalização.
Justin Trudeau e Aécio Neves são
claros exemplos de como águia da CIA opera tentando tomar debaixo da asa,
para usar como seus instrumentos, filhos e netos de políticos populares
importantes e representativos em todo o mundo, mas filhos e netos já esvaziados
de qualquer conteúdo efetivamente histórico representativo de forças da maioria
da população.
As políticas da presidenta Rousseff
criaram-lhe inimigos poderosos por trás das paredes da CIA em Langley, Virginia, e nas salas de
reunião de Wall Street e das mais poderosas empresas do
ocidente. No primeiro turno de 5 de outubro de 2014, a presidenta
Rousseff conseguiu provar que pesquisas e “especialistas” erraram. Mas 26 de
outubro de 2014 é outra eleição.
Dia 26 de outubro de 2014, o povo
brasileiro votará pela própria vida.
Para os pobres do Brasil e para a
emergente classe média, uma vitória de Neves destruirá os meios que afinal
encontraram, para viver melhor, sim, mas também destruirá a própria vida que,
afinal, conheceram, nos governos Lula-Dilma.
*Wayne Madsen é
jornalista investigativo, autor e colunista. Tem cerca de vinte anos de
experiência em questões de segurança. Como oficial da ativa projetou um dos
primeiros programas de segurança de computadores para a Marinha dos EUA. Tem
sido comentarista frequente da política de segurança nacional na Fox
News e também nas redes ABC, NBC, CBS, PBS, CNN, BBC, Al Jazeera, Strategic
Culture e MS-NBC. Foi convidado a depor como testemunha perante a Câmara
dos Deputados dos EUA, o Tribunal Penal da ONU para Ruanda, e num painel de
investigação de terrorismo do governo francês. É membro da Sociedade de
Jornalistas Profissionais (SPJ) e do National Press Club. Reside em
Washington, DC.
Ver também:
“O pré-sal na mira dos apoiadores de Aécio”, 18/10/2014, GGN (trad. de Bloomberg)
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