quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Brasil/SOROS E A CIA AGORA INVESTEM EM NEVES-NETO TENTANDO DERROTAR ROUSSEFF

22 outubro 2014, Redecastorphoto http://redecastorphoto.blogspot.com.br (Brasil)

21/10/2014, Wayne Madsen*, Strategic Culture

Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Depois que manipuladores na imprensa-empresa brasileira, a CIA e empregados de George Soros tentaram inventar Marina Silva, candidata-de-Partido-Verde-convertida-em-socialista-repentina, para concorrer à presidência do Brasil, depois de um acidente aéreo clássico “de manual” da CIA, em que morreu o candidato do verdadeiro Partido Socialista, Eduardo Campos, todas essas mesmas forçar voltam a atacar, favorecendo agora o candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Aécio Neves.

Embora Neves estivesse em 2º lugar, atrás só da atual presidenta brasileira Dilma Rousseff, antes do 1º turno das eleições de outubro, a comoção gerada pela morte de Campos e de vários de seus assessores, dia 13 de agosto de 2014, empurrou Neves para o 3º lugar nas pesquisas.

Depois de afastado Eduardo Campos, Marina Silva, favorita de Soros e de sua rede internacional de dinheiro para ONGs, foi então catapultada para o 2º lugar. Felizmente, graças ao trabalho de inúmeros jornalistas blogueiros investigativos, as conexões de Marina Silva com Soros e sua equipe de intervencionistas e magnatas operadores de hedge funds foram descobertas e expostas.

Com os eleitores brasileiros já cientes dos cordões de marionete que ligavam Marina Silva a Soros e a outros banqueiros brasileiros e globais, ela afinal apareceu em 3º lugar nas urnas, dia 5 de outubro de 2014, fora, portanto, do segundo turno eleitoral. Adiante, a mesma Marina “socialista” Silva, derrotada nas urnas, declarou apoio ao neoliberal Neves – segunda aposta de Soros para
tentar assumir as rédeas do poder presidencial no Brasil.

O principal conselheiro econômico de Neves e o homem que seria ministro das Finanças numa eventual presidência de Neves é Armínio Fraga Neto. Amigo próximo e ex-sócio de Soros e de sua empresa Quantum, de hedge funds. Fraga conta com a presidência de Neves para abrir o Brasil às “forças de mercado”, as mesmas que declararam guerra econômica à Venezuela e estão tentando derrubar a Argentina servindo-se de amigos de Soros que comandam fundos-abutres em Wall Street. Fraga, freqüentador habitué do Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça, é também ex-empregado de Salomon Brothers e ex-presidente do Banco Central do Brasil. Fraga também é ligado a Goldman Sachs, através de uma corretora imobiliária em Manhattan.

Fraga é também membro do elitista Conselho de Relações Exteriores [orig. Council on Foreign Relations] e do Grupo dos 30 [orig. Group of 30], o que o põe no mesmo campo que outros vilões de Wall Street como Alan Greenspan, David Rockefeller, Jacob Frenkel, ex-presidente do Banco de Israel e o colunista Paul Krugman, apologista de Wall Street [e colunista da Folha de S.Paulo, onde no começo da semana em curso escreveu que “O que o mercado está dizendo, na verdade, é que o Fed está imprimindo dinheiro de menos” (sic)] e do ex-secretário da Fazenda dos EUA, Larry Summers.

A vitória fácil de Rousseff no primeiro turno das eleições de 5 de outubro de 2014 pôs em modo de propaganda frenética toda Wall Street e seus operadores-jornalistas no Brasil que fazem oposição aos planos de Rousseff de ampliar o banco de desenvolvimento  Banco dos BRICS) que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, para competir com o Banco Mundial.

Pesquisas muito questionáveis sugerem que Rousseff e Neves estariam correndo pescoço a pescoço (em “empate técnico”, como se diz no Brasil) agora que se aproxima o 2º turno das eleições, dia 26 de outubro de 2014. Mas esses resultados só são apresentados como confiáveis e rigorosos pelos sempre patéticos “estenógrafos” de Wall Street fantasiados de jornalistas, cujos textos enchem as páginas de The Wall Street Journal, Financial Times,Bloomberg News e Forbes.

O avô de Aécio Neves, Tancredo Neves [foi ministro da Justiça de Getúlio Vargas de junho de 1953 até o suicídio do presidente, tempos de extrema dificuldade; foi primeiro-ministro no final da ditadura; e] foi eleito presidente do Brasil dia 15/3/1985, em eleições ainda indiretas, depois de derrotada no Parlamento a campanha histórica pelas “Diretas Já”. Mas Tancredo foi eleito nas primeiras eleições que elegiam presidente civil, depois de já 20 anos de ditadura no Brasil. Na véspera de tomar posse, solenidade marcada para o dia 15/3/1985, Tancredo Neves caiu gravemente doente. Com a doença do presidente eleito, foi empossado o vice-presidente, bem mais conservador, José Sarney. Tancredo nunca se recuperou e morreu, ao que se sabe, de diverticulite, dia 21/4/1985. Depois se divulgou que Tancredo sofreria de um câncer não descoberto, senão depois de já se ter alastrado. Essa semana, dia 16 de outubro corrente (2014), na saída de um debate televisionado com o candidato Aécio Neves, a presidenta Dilma teve um ligeiro mal-estar, o que muito assustou muitos brasileiros, que lembraram do que acontecera a Tancredo Neves.

O que se sabe com certeza é que na CIA havia gente, além dos que sabiam preparar convenientes acidentes de avião, como os que mataram o primeiro-ministro português Francisco Sá Carneiro, o líder panamenho Omar Torrijos e o presidente do Equador Jaime Roldós, todos num período de seis meses, entre dezembro de 1980 e abril de 1981 [depois da eleição de Ronald Reagan à presidência dos EUA e da volta para dentro da CIA dos pistoleiros infames que haviam trabalhado para George H W Bush e William Casey], que servia na Divisão de Serviços Técnicos, que continuava a desenvolver armas químicas, inclusive agentes cancerígenos, para assassinar alvos políticos.

Em anos recentes, vários líderes latino-americanos foram atingidos ou por cânceres ou por ataques cardíacos. As duas vítimas mais notáveis foram os presidentes da Venezuela Hugo Chávez, e da Argentina, Nestor Kirchner. Noticiou-se que a esposa de Kirchner e atual presidenta da Argentina Cristina Fernandez de Kirchner teria um câncer na tireoide, o que adiante foi desmentido por seus porta-vozes. Mas uma “onda” de cânceres em diferentes graus atingiu vários outros líderes latino-americanos, como o ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo (que foi deposto por golpe arquitetado pela CIA); o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos (depois de haver assinado um acordo de paz com o movimento guerrilheiro revolucionário das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, FARC); o ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; e o recentemente re-eleito presidente da Bolívia, Evo Morales.

O presidente da Guiana, Forbes Burnham, morreu de câncer na garganta; e o presidente de Nauru, Bernard Dowiyogo, morreu de um ataque cardíaco fulminante, quando eram atendidos em hospitais em Washington. Muitas suspeitas cercaram essas duas mortes, acontecidas nos hospitais da Georgetown University e George Washington, respectivamente.

O macabro cientista-chefe da CIA, o judeu húngaro Dr. Sidney Gottlieb, desenvolveu várias armas biológicas para o programa MK-ULTRA da CIA, durante os mais de 20 anos de serviços que prestou à agência. Uma delas foi uma toxina biológica metida no tubo de pasta de dentes a ser usado pelo primeiro-ministro do Congo, Patrice Lumumba; outra, um lenço contaminado com bactérias de botulismo, a ser oferecido ao líder iraquiano general Abdul Karim Kassem.

Mas o movimento de Aécio Neves distanciar-se das credenciais democráticas do avô, é manifestação de outro aspecto das operações da CIA para influenciar governos estrangeiros. Aécio Neves representa os interesses de Wall Street, o que se vê claramente pela presença de Fraga como conselheiro econômico. 

Os abutres de Wall Street, inclusive outros sócios de Soros e Fraga em New York, querem privatizar a empresa estatal de petróleo brasileira, Petrobras. Por isso, Aécio Neves foi imediatamente “encampado” pelos mesmos interesses financeiros globais que tentaram inventar Marina Silva para pô-la na presidência do Brasil. Com ela derrotada nas urnas, aquelas mesmas forças rapidamente se realinharam para tentar eleger o Neves-neto [desfrutável]. Para a CIA, o sangue não é mais espesso que a água. 

Mas tampouco parece fazer qualquer diferença, também aos olhos do Neves-neto, que haja alta probabilidade de a CIA ter tido parte ativa no assassinato de seu avô. Um filho de Omar Torrijos, Martin Torrijos, tornou-se presidente do Panamá, exclusivamente para assinar um acordo de livre-comércio pró-Wall Street entre seu país e Washington. Martin Torrijos também obedeceu festivamente as ordens dos banqueiros globais, para que aumentasse a idade mínima para aposentadorias no Panamá e reformasse toda a seguridade social. E esse Torrijos-filho também foi aliado íntimo do presidente George W. Bush, sem se incomodar com o fato de o Bush-pai, presidente George H W Bush, ter, muito provavelmente, autorizado a operação da CIA que assassinou o Torrijos-pai.

A líder asiática de oposição preferida de George Soros, Aung San Suu Kyi, tampouco parece incomodada pelo fato de amigos de Soros no Gabinete de Serviços Estratégicos/CIA terem ordenado à inteligência britânica que assassinassem o pai dela, Aung San.

Aung San, fundador do Partido Comunista da Birmânia foi escolhido para tornar-se o primeiro presidente de Burma independente, imediatamente depois da independência. Mas Aung San foi assassinado por terroristas a serviço do ex-primeiro ministro pró-Grã Bretanha, U Saw. As armas para os assassinos chegaram diretamente pelo capitão do exército britânico David Vivian, que conseguiu, com “ajuda” de alto nível dentro do governo de Burma, escapar de uma prisão local, em 1949.

O líder do Partido Liberal do Canadá Justin Trudeau, filho do ex-primeiro-ministro Pierre Elliott Trudeau, sempre agradou muito, ao contrário de seu pai, aos EUA, a Wall Street e à causa da globalização.

Justin Trudeau e Aécio Neves são claros exemplos de como águia da CIA opera tentando tomar debaixo da asa, para usar como seus instrumentos, filhos e netos de políticos populares importantes e representativos em todo o mundo, mas filhos e netos já esvaziados de qualquer conteúdo efetivamente histórico representativo de forças da maioria da população.

As políticas da presidenta Rousseff criaram-lhe inimigos poderosos por trás das paredes da CIA em Langley, Virginia, e nas salas de reunião de Wall Street e das mais poderosas empresas do ocidente. No primeiro turno de 5 de outubro de 2014, a presidenta Rousseff conseguiu provar que pesquisas e “especialistas” erraram. Mas 26 de outubro de 2014 é outra eleição.

Dia 26 de outubro de 2014, o povo brasileiro votará pela própria vida.

Para os pobres do Brasil e para a emergente classe média, uma vitória de Neves destruirá os meios que afinal encontraram, para viver melhor, sim, mas também destruirá a própria vida que, afinal, conheceram, nos governos Lula-Dilma.

*Wayne Madsen é jornalista investigativo, autor e colunista. Tem cerca de vinte anos de experiência em questões de segurança. Como oficial da ativa projetou um dos primeiros programas de segurança de computadores para a Marinha dos EUA. Tem sido comentarista frequente da política de segurança nacional na Fox News e também nas redes ABC, NBC, CBS, PBS, CNN, BBC, Al Jazeera, Strategic Culture e MS-NBC. Foi convidado a depor como testemunha perante a Câmara dos Deputados dos EUA, o Tribunal Penal da ONU para Ruanda, e num painel de investigação de terrorismo do governo francês. É membro da Sociedade de Jornalistas Profissionais (SPJ) e do National Press Club. Reside em Washington, DC.


Ver também:  
O pré-sal na mira dos apoiadores de Aécio, 18/10/2014, GGN (trad. de Bloomberg)

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