sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Bolivia/Sectores sociales inician campaña por el sí a la nueva CPE para el 4 de mayo

Momentos cuando el presidente Morales firma la promulgación de las leyes. (ABI)

La Paz, 29 febrero 29 (ABI) - Los sectores sociales tras celebrar con música, baile y una serie de estribillos la promulgación de la convocatoria a referéndums por el presidente Evo Morales Ayma, dieron inicio a la campaña por el sí a la nueva Constitución Política del Estado (CPE) en el referéndum que se realizará el 4 de mayo.
Asimismo, trabajarán porque se apruebe el artículo dirimidor sobre la cantidad de hectáreas de tierras que puede tener una persona, es decir, el pueblo definirá si a partir de 5.000 o 10.000 hectáreas ya es latifundio.
El Congreso Nacional sancionó la noche del jueves tres leyes, dos que tienen que ver con la nueva Constitución y el dirimidor, y el tercero que establece que sólo el Poder Legislativo puede convocar a referéndum departamental sobre autonomías.
El ejecutivo de la Confederación Indígena del Oriente Boliviano (CIDOB), Adolfo Chávez, señaló que la batalla aún no ha sido ganada y por eso es que se tiene que trabajar para que, el 4 de mayo, el pueblo le diga sí a la nueva Carta Magna.
Dijo que la nueva CPE es inclusiva y no como el estatuto cruceño que en vez de unir, lo que hace es buscar la división del país y dejar a un lado a los pueblos indígenas y originarios.
Por su parte, el ejecutivo departamental de la Federación departamental de comerciantes minoristas de Oruro, Miguel Garnica, dijo que "nosotros estamos felices por la aprobación y promulgación de las leyes que es fruto de la persistencia de los sectores sociales que estamos aquí desde el martes".
Dijo que ahora les toca trabajar a ellos para que en el referéndum gane el sí y de esa manera se "cierre una etapa histórica en el país".
Mujeres campesinas
La secretaria general de la Federación Nacional de Mujeres Campesinas Indígenas Originarias de Bolivia, Irene Mamani Ochoa, dijo que para las mujeres es realmente un paso importante, pero que la lucha continúa con el trabajo de socialización de la nueva Constitución y también ganar en ese terreno, siempre con la fuerza de los sectores sociales.
Mencionó que gracias a la movilización de los sectores más humildes se ha dado un paso importante, pero la lucha continúa.
"El paso siguiente es continuar con este proceso de cambio y arrancar con la campaña para la aprobación de la nueva Constitución Política del Estado que se trabajará a nivel nacional", afirmó.
Mineros cooperativistasEntretanto, el presidente de la Federación Nacional de Cooperativistas Mineros de Oruro, Isaac Meneses Guzmán, manifestó que se cumple lo que el pueblo pidió y que en ningún momento se violó la ley.
"Vamos a trabajar en la nueva Constitución empezando una campaña para concienciar y socializar a las bases para que el pueblo defina con su voto este nuevo texto constitucional, porque incluye a todos los bolivianos y creo que esa es la regla para poder vivir bien en el país", añadió.
Colonizadores
El ejecutivo de la Confederación Sindical de Colonizadores de Bolivia, Fidel Surco, apuntó que "ahora tiene que primar la unidad del país para que todos los bolivianos trabajen en lo que va ser el referéndum, para que nuestros compañeros entren en la votación y democráticamente el pueblo diga su última palabra, para eso tenemos que trabajar haciendo una campaña entre todos".
Afirmó que fue necesario hacer un cerco al Congreso porque los legisladores de la oposición nunca tuvieron voluntad para aprobar leyes importantes.
Mineros
A su vez, el presidente de la Federación Nacional de Cooperativas Mineras de Bolivia (Fencomin), Andrés Villca, sostuvo que "hoy es un día histórico porque todo el pueblo boliviano se tiene que sentirse triunfador porque hemos hecho respetar lo que hemos pedido al Congreso para que saque de una vez a la ley convocatoria al referéndum".
Dijo que es turno de las bases para trabajar y socializar la nueva Carta Magna para que el pueblo boliviano esté unificado y nuestros gobernantes empiecen a trabajar de acuerdo a lo que se ha encomendado de parte de todo el pueblo.
Campesinos
En esa misma línea, el secretario Ejecutivo de la Federación Departamental Única de Trabajadores Campesinos de La Paz Túpac Katari, Max Flores, afirmó que "estamos alegres por la aprobación. Las 20 provincias nos sentimos alegres y vamos a trabajar para que gane el sí y agradecemos a nuestros parlamentarios que han logrado este gran mérito".

http://www.abi.bo/index.php?i=noticias_texto_paleta&j=20080229122939

Venezuela/Apesar de oposição midiática, governo Chávez é aprovado por 67,3%

29 fevereiro 2008 / naperiferiadoimperio / http://naperiferiadoimperio.blogspot.com

Apesar da oposição midiática interna e externa declarar que Chávez estava em baixa devido a sua derrota no referendo de novembro de 2007, a popularidade do presidente continua em alta. É o que revela pesquisa do Instituto Venezolano de Datos (Ivad), divulgada nesta quinta-feira (28/02) pela Radio Nacional de Venezuela.
Segundo o IVAD, Chávez é avaliado de maneira positiva por 67,3% dos cidadãos. O instituto afirma também que 54,3% consideram que a situação do país está melhorando, percentual superior aos 41% da pesquisa anterior do Ivad.
A escassez de alimentos é um considerado um dos problemas mais graves por 53,7% dos venezuelanos, no entanto 53% dos consultados avaliou que a situação está melhorando. A falta de segurança continua sendo apontado como o principal problema da Venezuela por 72,1%, apesar da redução de 9,3% em relação a pesquisa anterior, que registrou 81, 4%.

Brasil/Campanha questiona pagamento da dívida externa

[ADITAL] Agência de Informação Frei Tito para a América Latina/www.adital.com.br

28 fevereiro 2008

Na semana passada, o governo alardeou o fato de que as reservas internacionais brasileiras superaram o total da dívida externa, tornando o país um credor externo pela primeira vez. No entanto, a Campanha Auditoria Cidadã da Dívida, do Jubileu Sul, questiona se isso é benéfico para o país, pois a "conquista" aconteceu, em parte, em razão do crescimento da dívida interna, que chegou a 1,4 trilhão no ano passado.
Em apenas 2 anos, a dívida interna brasileira cresceu 40%. Segundo Rodrigo Ávila, economista da Campanha, o fato de o país ter muita reserva é uma contra-partida desse aumento da dívida interna. Para os investidores internacionais, é mais vantajoso ter títulos da dívida interna que paga juros de mais de 30% ao ano, enquanto a dívida externa paga 8%.
Os especuladores nacionais e estrangeiros trazem seus dólares em massa ao Brasil para comprar títulos da dívida "interna", em busca do segundo juros mais altos do mundo. Com a enxurrada de dólar, os investidores forçam a desvalorização do dólar frente ao real e quando vão resgatar os títulos com os lucros e juros, em reais, podem trocá-los por maior quantidade de dólares, para cumprirem seus compromissos com o exterior.
"A dívida interna é apenas uma nova forma de os investidores internacionais ganharem mais dinheiro", disse Rodrigo. Enquanto o governo comemora o suposto marco histórico, o Brasil continua com uma dívida externa que não terminou, e sim continua aumentando.
Só em 2007, gastou-se R$ 237 bilhões com juros e amortizações da dívida interna e externa. Isso sem contar o dinheiro gasto com a rolagem da dívida. Já com saúde foram gastos apenas R$ 40 bilhões, R$ 20 bilhões com a educação e R$ 3,5 bilhões com a Reforma Agrária. Com o vai e vem do dólar o Banco Central teve um prejuízo, entre janeiro e outubro de 2007, de 58,5 bilhões de reias.
A especulação financeira tanto coloca o dinheiro no país como o retira. Assim, as reservas comemoradas pelo governo brasileiro podem se evaporar. Caso isso aconteça, uma das medidas a ser tomada é o aumento de juros, o que fará com que o país gaste mais ainda para pagá-los.
"Este mecanismo é altamente rentável aos investidores estrangeiros, uma vez que, desta forma, eles ficam imunes à desvalorização da moeda americana, recebendo seus lucros e juros em uma moeda que não pára de se fortalecer frente ao dólar", disse .
A Campanha Cidadã defende que não há saída para o endividamento sem uma ampla e profunda auditoria, "que quantifique quantas vezes já pagamos esta dívida e a que custo social e ambiental". Nesse sentido, ela chama a sociedade a pressionar politicamente os parlamentares brasileiros para que instalem a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Dívida.
O deputado Ivan Valente, do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) de São Paulo, já conseguiu a assinatura de um terço dos deputados em favor da instalação da CPI. Mas precisa de apoio político para que o presidente da Câmara a instale e ela realmente consiga promover uma auditoria da dívida pública brasileira.
A Campanha Cidadã, que está programando o lançamento de uma Cartilha para esclarecer as dúvidas da sociedade sobre o "pagamento" da dívida externa, criticou também o fato de que, com esse alarde do governo, esse fez uma "apologia ao pagamento de uma dívida ilegítima e já paga várias vezes com o sangue e suor do povo, desde os anos 80, quando os EUA, de modo unilateral e ilegítimo, multiplicaram as taxas de juros incidentes sobre a dívida externa, levando o Terceiro Mundo à recessão e ao desemprego".

http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=31874

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Angola/Zona de comércio livre da SADC ainda este ano

Luanda, Angola, 29 fevereiro 2008 - A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, na sigla em inglês) vai pôr em funcionamento, ainda este ano, a sua zona de comércio livre, anunciou quinta-feira, em Luanda, o consultor do bloco regional Gideon Phiri, do Botswana.
Falando à imprensa, à margem de uma sessão de formação sobre “História da SADC”, na sala de reuniões da Alfândega de Luanda, Gideon Phiri disse que a zona de livre comércio da organização vai ser criada com base no Protocolo de Comércio existente desde 2000 e actualmente em aplicação em alguns estados membros.
Segundo Gideon Phiri, com a aplicação do Protocolo do Comércio as trocas comerciais na comunidade aumentaram consideravelmente e nota-se maiores esforços na integração dos sectores da energia, águas e transportes, bem como na busca de apoio para o seu desenvolvimento.
Questionado sobre as desigualdades em termos de desenvolvimento económico entre os membros da comunidade e a viabilidade do mercado comum, o especialista explicou que os países menos desenvolvidos vão obter as mercadorias dos mais desenvolvidos com isenção de imposto.
Para evitar assimetrias e para o êxito do mercado comum, a SADC vai equiparar e adequar os países com níveis de desenvolvimento diferentes, isto é, enquanto Moçambique exporta as suas mercadorias para África do Sul à taxa zero os produtos sul-africanos que entrarem no mercado moçambicano não poderão beneficiar de isenção por alguns anos, para haver um equilíbrio entre as economias”, exemplificou o consultor.
A sessão de formação sobre “História da SADC”, “Protocolo de Comércio e Processo de Integração Regional”, “Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional (RIDSP), entre outros temas, visa dotar os participantes de conhecimentos sobre o organização, tendo nela participado 150 pessoas, entre funcionários das Alfândegas e de agentes do sector público e privado.
A SADC foi constituída em 1992 e conta com 14 membros, nomeadamente Angola, África do Sul, Botswana, Lesotho, Ilhas Maurícias, Malawi, Moçambique, Namíbia, República Democrática do Congo, Swazilândia, Seichelles, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué. (macauhub)

Moçambique/Empresa russo-holandesa vai apoiar Sasol na prospecção de petróleo

Maputo, Moçambique, 29 fevereiro 2008 - A "joint-venture" russo-holandesa Salym Petroleum Development (SPD) vai planear e gerir as operações de perfuração de dois poços na baía de Sofala, centro de Moçambique, de acordo com a imprensa moçambicano que cita o director técnico da empresa.
O contrato inclui a realização de quatro perfurações opcionais e pode constituir o início de uma parceria de prazo mais alargado com a petrolífera sul-africana Sasol, detentora da concessão.
A SPD é uma "joint-venture" criada em 1996 entre a empresa russa Evikhon e a petrolífera Shell para explorar os poços de petróleo de Salym, descobertos nos anos 1960 na Sibéria ocidental, no coração da indústria de petróleos russa.
Com o petróleo em Moçambique ainda em fase de prospecção - que no início deste ano se vai intensificar - a dúvida subsiste sobre se existem ou não reservas em quantidade suficiente para justificar o investimento e a exploração comercial.
O executivo de Maputo tem manifestado a sua confiança na existência de reservas de petróleo no país passíveis de serem exploradas comercialmente, em especial na bacia do Rovuma (rio que separa Moçambique da Tanzânia, no norte) e no delta do Zambeze (centro), mas remetendo sempre a palavra final para as empresas que estão na prospecção.
Recentemente, a norte-americana Anadarko, a ENI, de Itália, a Norsk Hydro e a DNO, ambas da Noruega, a Petronas, da Malásia, e a Artumas, do Canadá, venceram concursos lançados pelo governo moçambicano para a prospecção petrolífera na bacia do Rovuma.
Resultados preliminares de um estudo recentemente divulgado, realizado pela norte-americana Rose & Associates a pedido da companhia petrolífera canadiana Artumas, indicam que a bacia do Rovuma tem potencial de petróleo em quantidades passíveis de exploração, mas com uma probabilidade de sucesso da iniciativa de 18 por cento.
Pesquisas efectuadas em 1986 pela petrolífera Esso e, em 1998, pela empresa Lohnropet, subsidiária da empresa britânica Lohnro, indicaram não existir petróleo na região, mas sim depósitos de gás (os pesquisadores no terreno têm referido a presença de quantidades significativas desta matéria-prima na bacia do Rovuma).
Em paralelo, o governo moçambicano lançou em Dezembro do ano passado, o terceiro concurso internacional para a pesquisa de petróleo, desta feita na bacia de Moçambique, numa área de 61 mil quilómetros quadrados que inclui o sul da província da Zambézia e o norte da província de Inhambane (centro).
Nesta zona do país já estão presentes, entre outros, a petrolífera brasileira Petrobras que, em parceria com a Petronas (Malásia), actua na produção de hidrocarbonetos na foz do rio Zambeze.
A Petronas firmou no ano passado com a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (estatal) um acordo para a exploração de petróleo e gás natural em Moçambique.
A companhia petrolífera malaia deverá, por seu turno, começar no primeiro semestre deste ano a segunda fase de pesquisas de petróleo no Delta do Zambeze, estando prevista a realização de um furo "offshore" com um custo de 20 a 25 milhões de dólares. (macauhub)

VENEZUELA Y SUS RECURSOS NATURALES

El petróleo bajo principios soberanos

Por Maria Victoria Romero / Desde la Redacción de APM

24 febrero 2008

Caracas se enfrenta a la Exxon Mobil con una estrategia basada en la defensa de la soberanía y sustentada por leyes que avalan el control del Estado sobre los recursos naturales.
Petróleos de Venezuela (PDVSA) la estatal encargada de administrar la riqueza petrolera del país sudamericano, decidió suspender la venta de crudo a la empresa estadounidense, Exxon Mobil ante la denuncia que hizo la compañía por el embargo de algunas de sus refinerías ubicadas en el Orinoco
La empresa venezolana justificó su decisión por las acciones de hostigamiento jurídico-económico emprendidas por Exxon Mobil. El grupo estadounidense, primero a nivel mundial en el ramo petrolero, introdujo en septiembre una demanda de arbitraje internacional para alcanzar compensaciones por su retiro de la región petrolera del Orinoco, nacionalizada por el gobierno venezolano.
Exxon Mobil obtuvo de la Corte Superior en Londres una orden de congelamiento contra la compañía de Venezuela que le prohíbe disponer de sus activos en el mundo por 12 mil millones de dólares. Venezuela respondió que la demanda de Exxon no se relaciona con la solidez económica y financiera de PDVSA, empresa que mantiene activos por más de 109.000 millones de dólares.
Por otro lado, el próximo mes PDVSA también enfrentará otro juicio en una corte de Estados Unidos, donde se determinó congelar 300 millones de dólares de activos de la estatal a petición de Exxon Mobil. Los abogados de la petrolera venezolana adelantaron que la audiencia se realizará a partir del miércoles ante la Royal Court of Justice de Londres y durará tres días.
Por su parte, Rafael Ramírez, ministro venezolano de Energía y Petróleos y presidente de PDVSA, sostuvo que la reacción con Exxon no tiene precedentes en las historia de las relaciones petroleras en el mundo. Ante esa situación, Venezuela propuso a la petrolera retornar al arbitraje en una instancia del Banco Mundial (BM) y abandonar acciones judiciales paralelas emprendidas por la petrolera.
Las partes comenzaron en 2007 arbitrajes ante el Centro Internacional de Arreglo de Diferencias Relativas a Inversiones (CIADI) del Banco Mundial y el Tribunal Internacional de Comercio, por compensaciones ante el fin de los contratos de Exxon en Venezuela, en un proceso de nacionalización en la faja petrolífera del Orinoco este.
“Hemos escuchado varios mensajes de Exxon, lo que planteamos es que debemos retornar a la situación que estaba propuesta en el marco del arbitraje”, afirmó el Ministro.
La firma estadounidense no aceptó seguir presente en la explotación como socio minoritario y exigió el pago de una indemnización calculada a precios de mercado de 5 mil millones de dólares, mientras PDVSA sostiene que el valor en libros no supera los 750 millones de dólares, dado que ya adquirió 500 millones de deuda del yacimiento Cerro Negro.
“Se equivocaron con nosotros”, sostuvo Ramírez quien aseguró que el Gobierno no retrocederá en la defensa de los intereses del país y en la recuperación de la plena soberanía petrolera. “Es importante que estas empresas transnacionales sepan que acá no nos vamos a asustar o doblegar”, dijo durante una concentración en respaldo a la petrolera estatal llevada adelante por los trabajadores del petróleo zulianos en el muelle de Tía Juana.
Ramírez recordó que desde que comenzaron a recuperar la soberanía petrolera en 2002, el Estado recobró 40 mil millones de dólares. En tanto, el gobierno de Caracas comunicó que pagará a la compañía ENI una compensación de 700 millones de dólares por la nacionalización de un campo en el 2006. ENI, al igual que Exxon, interpuso un arbitraje internacional contra el país, luego de que PDVSA asumiera el control del campo petrolero DACION tras no llegar a un acuerdo con la firma italiana.
DACION quedará completamente bajo control del Estado, mientras ENI continuará presente en el país con una participación de 26 por ciento en la empresa mixta Petrosucre, que opera el campo costa afuera Corocoro, con una producción de 30 mil barriles por día.
A su vez, el grupo petrolero estadounidense Conoco-Phillips vio sus reservas de hidrocarburos afectadas por la decisión de Venezuela de modificar los contratos de las compañías extranjeras de la cuenca del Orinoco. La tasa de sustitución de las reservas en Conoco, que incluye el volumen de las reservas comprobadas de hidrocarburos con relación a la producción, quedó en 29 por ciento, según las cifras publicadas por el grupo.
Para el gobierno de Venezuela, las acciones de Exxon Mobil buscan más que una compensación. “Aquí lo que se trata es de quien se queda con la renta petrolera-dijo el director de PDVSA -Antes se la quedaba el imperialismo norteamericano, después la oligarquía nacional y ahora se la está quedando el pueblo. Eso es lo que no le perdonan al presidente Chávez. Ahí está el meollo del asunto”.

vromero@prensamercosur.com.ar

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

AUSTRÁLIA: O IMPERIALISMO ESQUECIDO

Rémy Herrera *

Aliado estratégico da tríade imperialista EUA/EU/Japão, a Austrália assume-se também como uma potência imperialista regional do Pacífico Sul. “Mas o poder regional da Austrália encontra-se sempre limitado pela sua submissão às ordens dos Estados Unidos. Ela tem assim de aguardar a decisão de Washington de substituir — após a queda de Suharto — a autoridade de tutela sobre Timor ocidental para dirigir a força de intervenção da ONU (UNTAET) em 1999 e consolidar as posições, já fortes no petróleo e no gás (graças ao Timor Gap Treaty) das suas transnacionais”.A Austrália é uma potência regional imperialista, integrada na aliança global da tríade América do Norte/Europa/Japão. É um aliado estratégico subordinado à hegemonia actual do sistema mundial capitalista, os Estados Unidos, mas «autorizada», a prosseguir os seus interesses próprios numa «esfera de influência». Esta cobre essencialmente o Pacífico Sul (Papuásia, Nova Guiné e Buganvília, Salomão, Vanuatu, Fidji, Tuvalu, Nauru, Kiribati, além do mar de Coral, Norfolk e Lord Howe, e algumas dependências no Oceano Índico), assim como (principalmente?), na Ásia do Sudoeste, Timor oriental — o que não deixa de colocar problemas sérios. A aceitação desta zona pelos outros países da tríade não exclui as rivalidades e as tensões pontuais — principalmente com a França que tem possessões na região (Nova Caledónia, Taíti e Polinésia, Wallis-e-Futuna), ou da Grã Bretanha que conserva influência nas suas ex-colonias. Esta missão de «polícia regional» é assegurada em parte com a Nova Zelândia, cujos interesses se situam na Polinésia (Samoas ocidentais, Tonga, ilhas Cook, Niue, Tokelau). Os Estados Unidos encerram o conjunto por um gigantesco arco de círculo, para lá do Hawai, dos atóis Johnston, Wake e Midway sob administração militar e das Ilhas Line, graças ao seu controle sobre Palau, Guam, a federação da Micronésia, o Commonwealth das Marianas do Norte e as Samoas americanas.
A Austrália acolhe várias bases militares dos Estados Unidos cujos locais estão classificados «top secret» — assim como o número de militares presentes —, e um centro de escuta electrónica em Pine Gap, perto de Alice Springs, em conjunto com a Força de Defesa Australiana (Australian Defense Force. Os submarinos norte-americanos preferem estar ancorados em Sterling Bay ou em Darwin — em vez de Sidney, onde os pacifistas estão activos contra as armas nucleares. Estes movimentos preparam-se agora para se manifestar contra os danos ecológicos que não deixarão de ocasionar na grande barreira de coral os exercícios militares previstos para breve por 12 mil Mariners norte-americanos e 14 mil soldados australianos em Queensland.
O imperialismo australiano exerceu-se primeiro por dentro, contra os povos aborígenes do continente e da Tasmânia. Na segunda metade do século XIX, a Austrália beneficiou de fluxos de capitais massivos vindos da Inglaterra, mas também de migrantes, atraídos pela abundância de terras e a descoberta do ouro, cuja extracção representou mais de 40% da produção mundial. Ouro e terra enriqueceram as classes dominantes desta «Inglaterra dos antípodas» e permitiram uma passagem — não bloqueada pela metrópole — de uma economia exportadora de bens primários para uma estrutura de indústrias diversificadas, depois terciarizada. A concentração do capital acelerou-se no fim do século XIX, depois com os comandos militares e o isolamento do país durante a Primeira Guerra mundial. É nessa época que a Austrália começa a constituir-se localmente um império colonial, substituindo a Inglaterra ou afastando outras potências rivais, como a Alemanha. Ela adquiriu a Papuásia em 1906, a Nova-Guiné e Buganvília em 1914, antes de partir à conquista económica das colónias britânicas do Pacífico: Salomão, Novas Hébridas (actual Vanatu, independente em 1980), Fidji.
Os protagonistas da imperialista australiana foram as grandes companhias, principalmente a Cononial Sugar Refining (CSR), implantada em Sidney e ligada aos bancos, como o Bank of New South Wales. Desde 1900, a CSR tinha tomado o controle da indústria açúcareira na Austrália e na Nova Zelândia, mas também nas Fidji — de que impulsionava os dois terços das exportações. No fim do século XIX as ilhas da Melanésia tornaram-se zonas de recrutamento de mão-de-obra semi-escrava (blackbirding) para as plantações açucareiras de Queensland, ou as coloniais, de copra e de café na Nova-Guiné. A penúria de braços e a resistência das comunidades indígenas levaram a fazer um apelo aos trabalhadores asiáticos, sob contrato de salariat do tipo indentur, de origem indiana, chinesa ou malaia...O ostracismo do direito de trabalho australiano da época é uma forma atenuada da segregação do Sul dos Estados Unidos ou do apartheid sul-africano. Depois da White Policy, o fechamento da Austrália levou a partir de 1904-06 ao repatriamento de numerosos trabalhadores do açúcar — ainda que existam hoje descendentes destes ilhéus negros, diferentes dos aborígenes, no Norte do país. Depois da Segunda Guerra mundial, as firmas australianas CSR (retomada pelo BHP), Burns Philp, W. R. Carpenter, Steamships ou o Banco de NSW (depois Westpac) constituíram enormes fortunas explorando as economias da Papuásia e da Nova Guiné, assim como outras ilhas do Pacífico Sul. Em 1974, estas firmas retiravam da Papuásia-Nova Guiné — na véspera da independência, portanto sob leis coloniais — lucros atingindo perto de um quarto da produção desse país.
Desde os anos 70, as companhias mineiras australianas (Rio Tinto com a mina de ouro e de cobre de Panguna na ilha de Buganvília, BHP com a de Ok Tedi a ocidente da Nova Guiné) tornaram-se os maiores exportadores de capitais na Melanésia. Em 1975, a metade dos investimentos privados na Papuásia-Nova-Guiné, onde os capitalistas australianos realizavam uma parte bastante considerável dos seus lucros (até 35% para Burns Philp, 30% para Carpenter). No fim do decénio de 1970, a penetração económica pertencia a firmas australianas, mas também numerosas filiais de transnacionais norte-americanas e britânicas implantadas na Austrália e a operar na antiga colonia: Conzinc Riotinto de Austrália (CRA), Carpenter, Burns Philp, Banco de NSW, BHP, Comalco, Thiess, e ainda o Banco Nacional da Austrália, ANZ, Boral, Dunlop, Pioneer, Rothmans... Nas Fidji Carpenter e Burns Philp chegavam também à cabeça. Os investimentos de 500 empresas australianas nas ilhas do Pacífico ultrapassavam já o bilião de dólares. No decénio de 1990, se os capitais australianos se dirigiam mais para a Ásia e se mantinham fortes na Nova Zelândia, na Grã-Bretanha e na América do Norte, os investimentos na Melanésia tornavam-se rentáveis. Os lucros alcançados pela Austrália na Papuásia-Nova Guiné elevavam-se a 400 milhões de dólares em 1995 — contra 245 na Ásia (fora de Hong Kong); os que se realizaram nas Fidji (24 milhões), nas Salomão (5), em Vanatu (3), em Nova Caledónia (2,5) e nas Samoa (2,5) excediam a metade dos que se registavam na Guiné.
A Melanésia é um objectivo crucial do imperialismo australiano, mesmo que a sua importância tenda a declinar em relação aos países asiáticos. O Pacífico constituiu a base do capitalismo australiano para a Ásia. A Austrália continua a dominar os sectores económicos chaves das ilhas do Pacífico Sul: na Papuásia-Nova Guiné (ou de BHP em Ok Tedi, de Rio Tinto de Lihir, de Placer Pacífic a Porgera; petróleo de BHP em Kutubu; cobre de Rio Tinto em Panguna na ilha de Buganvília — que as autoridades querem reabrir o mais depressa possível), nas Fidji (mina de ouro da Emperor Mines Limited em Vatukoula, primeiro empregador do país; mina de cobre de Placer Pacific na província Namosi de Viti Levu) e nas Salomão (mina de ouro de Gold Ridge em Guadalcanal, propriedade da Delta Gold Mining que gera a terça parte dos activos estrangeiros, novos projectos estão em curso, como a construção pela Australian Gas Light associada à companhia malaia Petronas de um novo gazeoduto de 2000 quilómetros por um custo de 1,5 bilião de dólares entre Southern Highlands e Queensland.
A reserva de caça que representam as ilhas do Pacífico Sul para a Austrália constitui uma saída garantida para as suas exportações. No fim dos anos 90, a região absorvia quase tantos produtos australianos (2 biliões de dólares) como o imenso mercado indonésio. Os saldos das balanças comerciais são sempre favoráveis À Austrália, que soube abrir os mercados dos seus sócios com acordos regionais de livre-troca: SPARTECA (South Pacific and Regional Trade Agreement), Trade and Commercial Relations Agreement com a Papuásia-Nova-Guiné — onde a Austrália conta com perto da metade das importações das Fidji — que para aí dirige a terça parte das suas exportações, (ouro, mas também texteis e vestuário para as cadeias de distribuição australianas) — e as Salomão que exportam para a Austrália ouro, madeira e produtos do mar. A metade das exportações das Samoa parte para a Austrália que recebe um quarto delas de Nanuatu.
O auxílio público da Austrália aos países da região representa pouca coisa em relação aos lucros que as suas transnacionais e os seus bancos daí extraem. Visa sobretudo a convencer os Estados recebedores a adoptar uma linha conforme com os interesses estratégicos de Camberra e dos seus aliados — em assuntos nucleares principalmente. Hoje, perto de 350 milhões de dólares foram entregues à Papuásia-Nova Guiné, ou seja metade do auxílio bilateral australiano. Desde 1975, os montantes acumulados ultrapassam 5 biliões de dólares. O composto militar ocupa um lugar central no dispositivo de auxílio. Corresponde a 10% do auxílio dado à Papuásia-Nova-Guiné — cujo exército viu ser-lhes entregue helicópteros e navios de guerra australianos durante a guerra de Buganvília. E a presença de pessoal militar num país permite a esse país ver mais claro nos seus assuntos internos... Antes do último golpe de Estado — que teve êxito apesar da ameaça de intervenção armada da Austrália —, as Fidji receberam auxílio, como a maior parte dos países do Pacífico. Nos anos de 1985-86, o governo (trabalhista) australiano considerou a sua «segurança» ameaçada pelo...Kiribati, que logo assinou com a URSS um acordo reconhecendo uma zona exclusiva de 200 milhas (recusada pelos Estados Unidos) para a pesca!
Em 1987, a Austrália procurou fazer condenar pelo Forum do Pacífico Sul a política externa do Vanuatu, membro do Movimento dos Não Alinhados que engajava as relações com Cuba, a Nicarágua sandinista e a OLP e declarou-se favorável às lutas de libertação nacional de Kanaky, do Timor oriental e de Papua ocidental (antiga Irian Jaya). O Primeiro-ministro (conservador) Howard ameaçou em 1997 suspender o auxílio aos países que assinassem os acordos internacionais de redução das emissões de gás com efeito de estufa. A adopção de reformas neo-liberais condiciona no entanto o auxílio bilateral. Só foi renovado uma vez em Março de 2000 o acordo de stand-by da Papuásia-Nova Guiné com o FMI que o auxílio australiano foi desbloqueado em Junho, permitindo a concessão de novos empréstimos das organizações internacionais em Dezembro do mesmo ano. A Austrália mantém assim «a reforma do sector público» de Vanuatu e das Ilhas Salomão, condição dos créditos do FMI e da Banca asiática de Desenvolvimento. Mais auxílio significa menos soberania.
Os interesses australianos estendem à Ásia do Sudoeste, mas são de natureza diferente, pois historicamente estão subordinados aos dos Estados Unidos na região, principalmente perante o Japão. A Austrália alinhou na estratégia de containment de revoluções de inspiração comunista, mas de apoio táctico aos independentistas sob controle. Ela apoia o compromisso norte-americano na Coreia (1950), aderiu ao ANZUS (1951), auxiliou as ditaduras indonésias a quando do massacre dos coimunistas (1965), participou activamente na guerra do Vietname, reconheceu Taiwan contra a República Popular da China (até 1972) e, apesar a oposição de esquerda, aprovou a ocupação de Timor (do esmagamento da Fretilin em 1975 ao massacre de Dili em 1991)... sempre sob a ideia de «defesa ofensiva» (forward defence). Ficou muito tempo em contenção económica, limitando o seu papel à estabilização da região, sem perturbar os interesses dos Estados Unidos. Nos anos 70, a abertura dos países asiáticos, da China à Indonésia, permitiu aos capitalistas australianos penetrar pouco a pouco nessas economias, principalmente nos sectores mineiros (com a BHP ou a Rio Tinto). A liberalização dos mercados foi encorajada no quadro da APEC (Cooperação Económica Ásia Pacífico), depois acelerada após a crise asiática de 1997 e o auxílio do FMI. O desafio actual é aprofundar o neo-liberalismo, contendo as resistências. Mas o poder regional da Austrália encontra-se sempre limitado pela sua submissão às ordens dos Estados Unidos. Ela tem assim de aguardar a decisão de Washington de substituir — após a queda de Suharto — a autoridade de tutela sobre Timor ocidental para dirigir a força de intervenção da ONU (UNTAET) em 1999 e consolidar as posições, já fortes no petróleo e no gás (graças ao Timor Gap Treaty) das suas transnacionais. Mas a moeda desse país continua a ser o dólar americano. A língua oficial o português, e os conflitos são virulentos entre as transnacionais ocidentais.
Também os interesses estratégicos da Austrália, a cobrir um triângulo Paquistão-India, Sibéria russa-China-Japão e Pacífico e os seus interesses imediatos (Indonésia, Papuásia-Nova-Guiné e Pacífico Sul), submetendo-se aos dos Estados Unidos conseguem o melhor apoio. O objectivo é portanto estar pronta para uma eventual intervenção militar na Melanésia e no Pacífico, ou para uma acção sob comando norte-americano na Ásia (ou noutro lado qualquer). Nesta óptica, previu-se que as despesas militares aumentassem de 12 biliões de dólares em 2000 para 20 biliões em 2010. Os efectivos do exército aumentaram para 54 mil. As bases foram modernizadas, as definições redefinidas (a forward defence da guerra fria dando lugar à pro active defence. Por materiais renovados (fuzileiros, bombardeiros, transportes de tropas, abastecimento em voo, AWAC, helicópteros, navios patrulha...), os serviços sofisticados (telecomunicações, informática), as formações actualizadas (incluindo técnicas de intercepção de refugiados!). A «inter-operacionalidade» tornou-se a chave desta restruturação do exército, cada vez mais integrada na estratégia militar dos Estados Unidos e tecnologicamente moderna para enfrentar os riscos de instabilidade na região. Pois, apesar da recente vitória eleitoral de Ramos-Horta, que beneficiou do apoio da Austrália, perante Alkatiri, as forças de esquerda ainda são fortes em Timor oriental. A evolução da Papuásia-Nova Guiné é sempre difícil de prever e as tensões persistem em Buganvília. As pressões para a democracia vão contra o velho estilo do governo de Tonga, apoiado pela Austrália. As Ilhas Salomão, que acabam de anunciar a próxima chegada de médicos de Cuba, criticam cada vez mais as operações de «manutenção da ordem» das forças maioritariamente australianas — da RAMSI. Quanto às Fidji, os militares desafiam ali abertamente Camberra. É portanto impossível esquecer este sub-imperialismo dos antípodas, tanto mais que o governo Howard quer aumentar a presença militar australiana ao lado dos Estados Unidos no Iraque — mais de 2 500 homens, ou seja o esforço mais importante desde o Vietname...
Austrália e Papua-Nova Guiné: os mecanismos da dependência
A Papua-Nova Guiné (PNG) é muito dependente do exterior, especialmente da Austrália. As trocas exteriores representam mais de 90% do produto interno bruto. A Austrália é, de longe, o primeiro sócio comercial do país: ela conta para um quarto das exportações da PNG e a metade das suas importações. A dependência da PNG observa-se também no conteúdo das trocas. Na importação o primeiro posto é o dos bens de equipamento e maquinaria, seguido pelos produtos químicos e combustíveis. Trata-se assim de meios de produção e de melhoramento da agricultura , cuja dinâmica é comandada, não pela acumulação de capital doméstico, mas pela dos investimentos estrangeiros, principalmente dirigidos para o sector mineiro, motor de exportações. Os bens de consumo vêm em terceiro lugar e traduzem menos a satisfação das necessidades da população que os comportamentos de demonstração das camadas favorecidas. As exportações compõem-se quase exclusivamente de bens primários não transformados: para dois terços de ouro, de cobre e de petróleo, para um quarto de produtos agrícolas (óleos, madeira). Dependem de uma estrutura de propriedade do capital em que as transnacionais australianas estão em posição de força. A dependência da PNG é igualmente perceptível na dissemetria entre o excedente da balança comercial, cujo desenvolvimento é determinado pela demanda exterior, e o défice da balança dos invisíveis, devido ao pagamento de dividendos sobre os investimentos directos estrangeiros e de juros da dívida externa. Os lucros extraídos de PNG são tão importantes que o país regista um défice da balança das contass correntes, assim com da balança financeira. Estas transferências de surplus efectuam-se essencialmente em benefício de bancos e de firmas australianas. O equilíbrio da balança de pagamentos é realizado pelos investimentos e auxílios públicos externos, principalmente da Austrália. A lógica destes fluxos privados privados e públicos é claro: o Estado da PNG abre os seus mercados e privatiza as empresas que detêm em proveito do capital privado, nacional e sobretudo estrangeiro; o investimento estrangeiro entra em força nas estruturas de propriedade do capital do país e opera as transferências de surplus da PNG para o estrangeiro; a auxílio público do Estado australiano equilibra a balança dos pagamentos e aprofunda o neo-liberalismo (alívio de cargas fiscais para o investimento estrangeiro, subsídio de fundos públicos para projectos industriais complementares deste investimento, infra-estruturas de apoio...). Neste esquema, a dívida externa joga um papel-chave. Os fluxos de serviço da dívida da PNG são hoje superiores aos da ajuda recebida. O stock da dívida externa atinge quase o valor do PIB, ou seja uma vez e meia a das exportações e três vezes a das despesas orçamentais. Dois terços são devidos a instituições internacionais, o resto à Austrália. A dívida doméstica cresceu muito, principalmente sob a forma de fundos do Tesouro detidos pelos investidores institucionais estrangeiros, mas também pelos nacionais, em particular os responsáveis do exército, apoiando a estratégia neo-liberal e beneficiando de um auxílio militar. Assim, neste país onde três quartos da população continuam ligados às culturas alimentícias e onde 95% das terras relevam direitos consuetudinários, a agricultura alimentícia e a infra-estrutura social estão abandonadas.

* Remy Herrera é Professor da Universidade de Paris1, Pantheon-Sorbone, França, membro do CNRS, amigo e colaborador de odiario.info.

http://www.cebrapaz.org.br/?id=137

NOTA PÚBLICA DO FÓRUM EM DEFESA DOS DIREITOS INDÍGENAS (FDDI)

Fonte: Portal do Conselho Indigenista Missionário / http://www.cimi.org.br

Comissão Especial de Mineração desrespeita Povo Yanomami

Nós, as Organizações Indígenas e entidades indigenistas e socioambientais de apoio às lutas dos povos indígenas abaixo assinadas, membros do Fórum em Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas (FDDI), tendo conhecimento da visita realizada por representantes da Comissão Especial de Mineração em Terras Indígenas, da Câmara Federal dos Deputados, a aldeias do Povo Yanomami, em Roraima, no dia 14 de fevereiro de 2008, sem prévio aviso, manifestamos.

1o. O FDDI repudia o autoritarismo, as tentativas de persuasão, chantagem e coação praticadas pelos representantes da Comissão Especial, que compareceram às aldeias Yanomami sem que os indígenas fossem avisados com antecedência. Fizeram parte da comitiva parlamentar o presidente da comissão, deputado Édio Viera Lopes (PMDB/RR); o relator, Eduardo Valverde (PT/RO) e o deputado Márcio Junqueira (DEM/RR), acompanhados pelo comandante da 1ª Brigada de Infantaria da Silva no Estado, General Eliezer Monteiro Filho

2o. Segundo relatório da Hutukara Associação Yanomami (HAY), o general Eliezer teria afirmado que não era preciso os índios e a Funai autorizarem a entrada na Terra Indígena, que ele havia convidado as autoridades, que a mineração irá ajudar na educação e saúde yanomami, e que é a Constituição Federal que permite que seja realizada a mineração em terras indígenas..

3o. O Deputado Federal Márcio Junqueira (DEM/RR), chegou ao absurdo de oferecer presentes: facas, facão, anzol, recusados pelas lideranças. Já o Relator da Comissão, Eduardo Valverde, conforme o mesmo relatório, lembrou que o Estatuto do Índio precisa de mudanças e que era importante que os indígenas autorizassem mineração em suas, convidando o líder Paraná Yanomami para conhecer outros países onde tem mineração em terra indígena, para ver os benefícios que ela trouxe para as comunidades.

4o. O FDDI denuncia este comportamento das autoridades citadas, que configura uma forma de violência institucional, de grave desrespeito à autonomia do povo yanomami e uma deturpação do princípio da consulta prévia, livre e informada garantida aos povos indígenas pela Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), adotada como Lei no país.

5o. O FDDI se solidariza com o Povo Yanomami, que há muitos anos vem enfatizando de público que não quer a mineração nas suas terras, pois como disse co líder Paraná Yanomami “os garimpeiros trouxeram morte para os Yanomami, contaminaram os rios, mataram os peixes, derrubaram as árvores, espantaram os peixes e caças, deixaram muitas tristezas na terra yanomami, e a mineração é um grande garimpo que também irá trazer tristezas, coisas ruim para os Yanomami, não aceitamos essas coisas na comunidade, não.”

6o. Os povos e organizações indígenas admitem discutir o tema na mineração, mas certamente não dessa forma, impondo-lhes os interesses de mineradoras e de grupos econômicos e políticos interessados nas riquezas existentes nas suas terras. E mais ainda, exigem que essa discussão aconteça como parte do Estatuto dos Povos Indígenas, considerando, evidentemente os seus interesses e aspirações. O FDDI reivindica do Parlamento Brasileiro e do Governo Brasileiro o atendimento desta reivindicação já considerada pela Comissão Nacional de Política Indigenísta (CNPI) e manifestada em finais de 2007, ao presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arlindo Chináglia.

Brasília, 26 de fevereiro de 2008.

Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia (Coiab)

Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme)

Articulação dos Povos Indígenas do Sul (Arpinsul)

Conselho Indígena de Roraima (Cir)

Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn)

Instituto Socioambiental (Isa)

Conselho Indigenísta Missionário (Cimi)

Comissão de Missão entre Índios (Comin)

Associação Brasileira de Antropologia (ABA)

Centro de Trabalho Indigenísta (CTI)

Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC)

Operação Amazônia Nativa (Opan)

Associação Nacional de Ação Indigenísta (Anai)

http://www.cimi.org.br/?system=news&action=read&id=3044&eid=326

Paraguai/Fernando Lugo lidera as pesquisas de intenção de voto

(Adital) Agência Frei Tito para a América Latina/

27 fevereiro 2008

"O ex-bispo Fernando Lugo, candidato de oposição à presidência, lidera as pesquisas de intenção de voto, divulgadas ontem (26), para as eleições de 20 de abril no Paraguai.
Em segundo lugar, aparece a candidata do governo, a ex-ministra da Educação e candidata pelo governante Partido Colorado Blanca Ovelar, seguida pelo general na reserva Lino César Oviedo.
Na pesquisa do Instituto de Comunicação e Arte (ICA), Lugo, da Aliança Patriótica para a Mudança, aparece com 31,1% das intenções de voto; Blanca com 25,5%, e Oviedo com 23,9%.
A pesquisa da consultoria Geo aponta Lugo na liderança, com 39,9%, seguido por Blanca, 26,6%, e Oviedo, 22,4%. Esta é a primeira vez que o Partido Colorado, há mais de 60 anos no governo, corre o risco de deixar o poder." (A nota é da Ansa)

http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=31849

Uruguai/Executivo derruba "segredo" militar de ex-repressores

Montevidéu, 26 fevereiro 2008 (ANSA) - O governo do presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, anulou um decreto que possibilitava que os militares se amparassem no segredo de Estado para se negar a dar informações sobre violações aos direitos humanos ocorridas durante a ditadura, entre 1973 e 1985.
A iniciativa, apresentada ao Executivo pela ministra da Defesa, Azucena Berrutti, e comemorada por ativistas dos direitos humanos, cancelou também a "obediência aos superiores" -- à qual geralmente recorrem militares subalternos para não serem responsabilizados por ter cometido crimes contra a humanidade -- ao determinar que os subordinados não são obrigados a acatar ordens ilegais.
Assim que o decreto começar a valer, oficiais ou subalternos deverão responder, requisitados pelo Ministério da Defesa ou pelo Executivo, sobre o destino dos desaparecidos políticos, estimados em mais de 200 por organismos de defesa dos direitos humanos. Espera-se ainda que a medida tenha conseqüências sobre a Justiça, nos casos nos quais se investiga o destino dos militantes de esquerda seqüestrados e desaparecidos durante a ditadura.
Guillermo Paysée, do Serviço Paz e Justiça (Serpaj) saudou a "medida positiva".
"A derrubada dessa norma é bem-vinda, ainda que não signifique que os militares mudem sua atitude de fato" já que a norma "não os detinha, mas sim o pacto de silêncio" que existe entre os ex-repressores, declarou Paysee à ANSA. A iniciativa "põe as coisas em seu devido lugar e põe fim ao segredo de Estado, que atualmente é mal utilizado", opinou ao site Observa o general da reserva Oscar Pereyra, acrescentando que a definição "nunca foi clara".
A decisão vai ao encontro dos apelos de organizações humanitárias, que solicitam que o governo redobre suas exigências em relação aos militares a fim de conhecer a verdade sobre os desaparecidos. O decreto, porém, não obriga os militares a dizer o que supostamente sabem, mas lhes retira a proteção à qual costumam apelar quando são intimados pela Defesa ou pela presidência.
Atualmente, 13 repressores -- 10 processados e 3 com pedidos de extradição -- estão detidos por violações aos direitos humanos, entre os quais o ex-ditador Gregorio Alvarez, José Gavazzo, Jorge Silveira (em greve de fome desde segunda-feira no Hospital Militar, onde está internado) e Ricardo Medina. (ANSA).

Moçambique/Oleduto Matola-África do Sul já tem um estudo de impacto ambiental positivo

Maputo, Moçambique, 28 fevereiro 2008 - A construção do oleoduto ligando o porto de Maputo e a África do Sul deverá começar em Junho uma vez que o estudo de impacto ambiental não encontrou qualquer impedimento, afirmou um consultor da Impacto, a empresa moçambicana que realizou o estudo.
Em declarações à agência noticiosa moçambicana AIM, José Jerónimo disse que o estudo nao identificou qualquer impacto bio-físico ou sócio-económico suficientemente sério para forçar o cancelamento do projecto.
Este projecto, com um custo estimado em 537 milhões de dólares, envolve a construçao de um oleduto que transportará combustíveis refinados do terminal petrolífero da Matola para a cidade de kendal, na África do Sul.
O oleduto transportará cerca de 5 milhões de metros cúbicos de combustível líquido por ano, aumentando substancialmente as exportações de Moçambique para a África do Sul e reduzindo o número de camiões cisterna nas estradas.
Percorrerá 64 quilómetros desde Matola até à fronteira e, a partir daí, 384 quilómetros até Kendal, através de Nelspruit, cidade onde serão construídos tanques de armazenamento.
Este estudo de impacto ambiental é o primeiro de dois a serem feitos em Moçambique, incidindo o segundo sobre as obras a serem efectuadas no terminal petrolífero da Matola, de um total de cinco, com os restantes três a incidirem sobre a operação na África do Sul.
Este oleduto será gerido pela empresa sul-africana Petroline Holdings tendo, devido aos diferentes regulamentos em termos ambientais, sido criadas duas empresas - Petroline RSA na África do Sul e Petroline em Moçambique - que garantirão o respeito pelo estatuído na lei. (macauhub)

En el mes de marzo, Venezuela profundizará tema de la paz en Colombia en cumbre de Unasur

Caracas, 28 febrero 2008 (ABN) - Venezuela realizará planteamientos a favor de la paz en Colombia, durante la cumbre de la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur), a realizar en Cartagena, este mes de marzo.
Así lo comentó el presidente de la República Bolivariana de Venezuela, Hugo Chávez Frías, en la noche de este jueves, durante el encuentro que sostuvo, en el Palacio de Miraflores, con los cuatro ex congresistas liberados Gloria Polanco de Lozada, Orlando Beltrán Cuéllar, Luis Eladio Pérez Bonilla y Jorge Eduardo Gechem Turbay.
Afirmó que los planteamientos se harán 'con mucho respeto, por supuesto, y a pesar de las cosas que han pasado', durante el encuentro que fue divulgado por Venezolana de Televisión.
Tras insistir en que existe un grupo grande de países dispuestos a conformar un acuerdo de paz, lamentó que esa propuesta enfrente el bloqueo del Gobierno de Uribe, 'que sabemos tiene muchas presiones', sostuvo.
'A veces me da sentimiento, porque siento que son tan grandes esas presiones y los veo amarrados', agregó y alertó que las Fuerzas Armadas Revolucionarias (Farc) quizás se desmotiven si no reciben un gesto gubernamental.
Lamentó que se insista en que no habrá despeje de territorios como lo pide ese grupo guerrillero para iniciar las negociaciones.
'Hay tantas fórmulas que se pueden intentar; buscar fórmulas intermedias, pero tengo fe que no se nos va a bloquear un camino que hemos desbloqueado', remarcó el Presidente venezolano. Dirigiéndose a los cuatro ex congresistas, el gobernante venezolano les insistió en que son importantes para lograr que Uribe acepte la conformación de ese grupo de países.
'Se que ustedes van a ayudar mucho, por el pueblo colombiano y por los compañeros que ustedes dejaron allá en esa situación tan terrible', le expresó Chávez Frías.

http://www.abn.info.ve/go_news5.php?articulo=121970&lee=4

Estudo ajuda Brasil compreender melhor relação com países vizinhos, diz embaixador

Petterson Rodrigues/Agência Brasil

São Paulo,28 fevereiro 2008 - Um estudo inédito feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre o comércio de bens na América do Sul, as possibilidades de investimentos diretos brasileiros nos países vizinhos e o comércio de serviços é importante, porque ajuda a compreender melhor a relação do Brasil com esses países. A afirmação foi feita hoje (28) pelo ministro interino das Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães, ao participar da abertura do seminário Os interesses empresariais brasileiros na América do Sul, promovido pela CNI. Segundo o embaixador, a pulverização de produtos das exportações brasileiras é importante e difere do que ocorre em outros países, que centralizam suas exportações em poucos itens, chegando a ter mais de 50% das vendas externas em apenas um produto.
“O Brasil conseguiu pulverizar suas exportações em vários produtos, o que não aconteceu com outros países da América do Sul. Hoje o principal produto brasileiro não supera 6% [das exportações], e os países vizinhos continuam da mesma forma. Isso faz com que o Brasil tenha uma participação enorme nestes países.”
Para Guimarães, é preciso analisar e se adequar às diferentes situações existentes nos países vizinhos, tanto em políticas econômicas quanto na legislação e nas políticas de investimentos. Ele disse que o governo precisa dar às pequenas e médias empresas mais condições de exportar. “O governo precisa criar melhores condições para estimular as exportações das pequenas e médias empresas para esses países. É necessário investimento dessas empresas, e deveria haver uma consideração para criar linhas de financiamentos.”
O presidente do Conselho de Integração Internacional da CNI, Paulo Tigre, informou que o estudo será encaminhado aos Ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, da Fazenda e das Relações Exteriores e destacou que a América do Sul sempre foi um destino muito importante para o comércio exterior brasileiro.
Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, o Brasil precisa participar com maior mercado das importações realizadas pelos países da América do Sul, já que no ano passado, segundo ele, a região importou US$ 20 bilhões na área de bens de capitais.
“O Brasil participou [exportou] com US$ 3,5 bilhões, mais ou menos 15% desse mercado. Mais de US$ 16 bilhões estão em outras mãos. Se levarmos em consideração que aqui na América do Sul o Brasil é o único país que tem o setor de bens de capital desenvolvido, fica mais crítico ainda a nossa baixa participação”, disse ele.

http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/02/28/materia.2008-02-28.7094423875/view

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

CPLP/Pontos Focais de Cooperação aprovam Plano Estratégico para Timor-Leste

Lisboa, 26 fevereiro 2008 (Lusa) - A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) aprovou hoje um Plano Estratégico para o desenvolvimento de Timor-Leste, que passa pelo reforço da capacitação institucional e nos domínios da Justiça e Administração Pública.
A decisão foi comunicada pelo embaixador guineense Soares da Gama, porta-voz da 16ª Reunião dos Pontos Focais de Cooperação da CPLP, que decorreu segunda-feira e hoje, em Lisboa, e que foi dominada pela crise timorense, desencadeada a 11 deste mês com o duplo atentado ao presidente José Ramos-Horta e ao primeiro-ministro Xanana Gusmão.
Em declarações aos jornalistas, cerca de duas horas depois da hora prevista para a conferência de imprensa, Soares da Gama adiantou que o plano visa contribuir para o desenvolvimento de Timor-Leste, através da promoção, difusão e utilização da Língua Portuguesa.
"(Tudo isso) enquanto veículo de comunicação quotidiana e enquanto língua de trabalho e de negócios, promovendo, paralelamente, o reforço da capacidade institucional de Timor-Leste em domínios técnicos como a Justiças e Administração Pública", afirmou o diplomata da Guiné-Bissau, país que preside actualmente a organização.
Também em declarações aos jornalistas, o secretário-executivo da comunidade lusófona, Luís Fonseca, indicou que a reunião de hoje permitiu "acelerar" o apoio a Timor-Leste, "dando-lhe carácter de urgência".
"Os acontecimentos recentes em Timor-leste levou-nos a acelerar o apoio e a aprovar o Plano estratégico, elevando-o para um patamar de urgência", sublinhou o diplomata cabo-verdiano, lembrando a "solidariedade" da organização manifestada já às autoridades de Díli.
Na reunião, em que, além da Guiné-Bissau, estiveram presentes delegações de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, foi também feito o ponto de situação quanto à aplicação, no terreno, de seis projectos contidos no Plano Indicativo de Cooperação (PIC) da CPLP.
O encontro serviu ainda para apresentar oito novos projectos e actividade do Plano Indicativo do Fundo Especial, com especial destaque, salientou Luís Fonseca, para a preparação de um seminário internacional sobre "Clima, Recursos Naturais e Aplicações na CPLP: Parcerias na Área do Clima e Ambiente", cuja data e local estão por fixar.
A próxima reunião ordinária de Pontos Focais de Cooperação da CPLP decorrerá em Julho próximo, novamente em Lisboa, antes da Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da comunidade lusófona, prevista para o mesmo mês e igualmente na capital portuguesa.

A HISTÓRIA DE UM MASSACRE NO PERÚ

Face-a-face com o assassino de Accomarca

Vinte e dois anos atrás, um militar conduziu o massacre de 69 civis no povoado de Accomarca, na região andina meridional do Peru. A patrulha comandada por Telmo Hurtado chegou na aldeia e atirou, lançou granadas e queimou os camponeses, a maioria mulheres e crianças.

Ángel Páez (IPS) / Carta Maior/ 23 fevereiro 2008

Lima (IPS) - Para as peruanas Teófila Ochoa e Cirila Pulido encontrar, face-a-face, o major aposentado Telmo Hurtado, em trajes de presidiário e com grilhões nos tornozelos, foi muito parecido com um ato de justiça.
Vinte e dois anos atrás, o militar conduziu o massacre de 69 civis no povoado de Accomarca, na região andina meridional do Peru. Ochoa e Pulido, que então ainda eram meninas, conseguiram salvar-se, mas o mesmo não aconteceu com suas famílias.
"Quando o vi arrastando os pés, vigiado por policiais, senti um alívio incrível. Finalmente Telmo Hurtado estava enfrentando a justiça", disse Ochoa para a IPS. Tinha 12 anos de idade quando os soldados liderados por Hurtado assassinaram sua mãe e cinco irmãos.
"Queria bater nele, gritar-lhe 'assassino', mas me contive. Ali estava o homem que causou tanto mal a tanta gente inocente. Finalmente será feita justiça, apesar de que me da muita tristeza que seja em um tribunal dos Estados Unidos e não do Peru", disse Pulido, cuja mãe e um irmão de nove meses estão entre as 69 vítimas de Accomarca.
No dia 11 de fevereiro, as duas mulheres prestaram depoimento diante do juiz Adalberto Jordan em um tribunal federal da cidade norte-americana de Miami, onde está ocorrendo o processo contra Hurtado por danos e prejuízos aos camponeses assassinados em 14 de agosto de 1985.
A patrulha comandada por Hurtado chegou na aldeia e atirou, lançou granadas e queimou os camponeses, a maioria mulheres e crianças.
A matança foi perpetrada poucas semanas depois que o atual mandatário Alan García assumiu como presidente pela primeira vez, em 28 de julho de 1985. Mas isso não fez com que ele mudasse a política anti-subversão aplicada pelo seu antecessor, Fernando Belaúnde. Na guerra de 20 anos contra grupos subversivos morreram 69.280 pessoas, segundo a independente Comissão da Verdade e Reconciliação.
Hurtado foi preso em março do ano passado por violar as leis migratórias dos EUA. Havia fugido para Miami em 2002, quando, por decisão da Corte Inter-Americana de Direitos Humanos, o Estado peruano derrogou a lei de anistia do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000), que beneficiava os membros da repressão.
Informadas sobre sua prisão, as vítimas iniciaram gestões para processá-lo, com ajuda do organismo não-governamental Centro de Justiça e Responsabilidade (CJA em sua sigla em inglês). Se o juiz aceitar a demanda civil, ficará aberta a possibilidade de que Hurtado enfrente um processo penal.
Ochoa estava depondo quando o magistrado Jordan interrompeu para anunciar que Hurtado tinha chegado. Então, dirigiu-se ao acusado para informá-lo de que não estava obrigado a escutar o depoimento das testemunhas. O major optou por retirar-se.
"Foi embora porque é covarde", disse Ochoa. "Não manifestou arrependimento nem vergonha. Nem sequer olhou para nós. Quando notei que estava acorrentado, fiquei cheia de alegria. Disse para mim mesma: Finalmente o assassino começou a pagar suas culpas!", acrescentou.
"Não senti nenhuma pena de ver ele assim, vestido de presidiário e com correntes. Você já começou a pagar pelo que fez, eu dizia por dentro. O que sim me causou muita tristeza foi lembrar desse dia horrível em que mataram e queimaram meus familiares e meus conterrâneos", afirmou Pulido.
Na próxima semana, as duas mulheres viajarão até Accomarca para contar ao seu povo a boa notícia sobre o julgamento contra Hurtado.
"Vou dizer aos meus conterrâneos que a espera não foi em vão. Que o assassino Hurtado já está preso e que não vai sair livre até pagar por todo o mal que nos fez", disse Ochoa, sem poder conter o pranto. "Pensei que este sofrimento nunca ia acabar".
"Eu queria dizer para ele: você matou minha mãe e meus irmãozinhos Gerardo, Víctor, Ernestina, Celestino e Edwin, que só tinha um ano", acrescentou Ochoa.
A advogada das vítimas, Karim Ninaquispe, que também viajou até Miami para presenciar a audiência, disse que na primeira semana de março o juiz já poderia dar a sentença e que ela espera que seja favorável.
"As testemunhas comoveram com seu devastador relato sobre como ocorreu o brutal assassinato. Elas escaparam do fogo dos fuzis e das granadas. Viram como agiram os militares", explicou Ninaquispe.
O CJA expressou sua confiança em que o tribunal irá se pronunciar a favor de abrir o processo solicitado pelas sobreviventes de um dos piores crimes da guerra contra o grupo insurgente maoísta Sendero Luminoso (1980-2000). Durante o governo de Fujimori, Hurtado recebeu uma condenação branda na justiça militar e, em vez de ser expulso do exército, foi ascendido e condecorado. Depois, ainda se beneficiou da anistia.
Ninaquispe apontou que Hurtado, em uma tentativa de viciar a audiência e diminuir sua credibilidade, disse ao tribunal que não sabia para que tinha sido chamado. O militar alegou que não tinha dinheiro para pagar por sua defesa e buscou amparo na Quinta Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que concede aos réus o direito de não depor contra si mesmos. "Eu pensei que 22 anos depois dos fatos de sangue, Hurtado ia expressar alguma forma de arrependimento ou contrição. Achava que, sabendo da presença de duas vítimas, ia pedir perdão a todo o povo de Accomarca através de Teófila e Cirila. Não fez nada disso", disse Ninaquispe. "Pelo contrário, apresentou-se aparentando soberbia, desafiante, arrogante. Era uma forma de ocultar seu medo, o medo da possibilidade cada vez mais próxima de receber a condenação que merece", acrescentou.
Diante da eventualidade de uma sentença desfavorável, Ninaquispe aspira a que as autoridades norte-americanas deportem Hurtado para o Peru, para que lá ele enfrente um julgamento no Terceiro Juizado Supranacional de Direitos Humanos, conduzido pelo magistrado Armando Salvador Neyra.
Na audiência de Miami também ofereceu seu testemunho o ex-senador Javier Diez Canseco, que fez parte da comissão investigadora do caso Accomarca. Lembrou que Hurtado disse que a ordem que havia recebido era "capturar e eliminar" e que isso foi o que fez.
"Hurtado também reconheceu que ordenou que os prisioneiros, entre os quais havia crianças, fossem trancados em uma casa, onde foram assassinados a tiros, e que ele lançou uma granada para incendiar o lugar", relatou Diez Canseco. Soluçando, Ochoa comentou que "não vamos a recuperar a vida dos nossos familiares, mas queremos dar a eles a dignidade da justiça".
"Nem o abandono, a marginalização ou a impunidade nos derrotaram durante 22 anos. Ter visto Hurtado preso nos encheu de esperança. Em breve haverá menos dor em nosso povo", concluiu Pulido.

Tradução: Naila Freitas / Verso Tradutores

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Argentina/Professor argentino diz que país vive "crise de crescimento"

Mylena Fiori/Agência Brasil

Buenos Aires (Argentina), 27 fevereiro 2008 - Para continuar crescendo sem risco de um colapso energético, a Argentina precisa aumentar entre 30% e 40% sua capacidade de geração, transmissão e distribuição de energia. A estimativa é de Alberto Barbieri, decano da faculdade de Ciências Econômicas da Universidade de Buenos Aires e coordenador da empresa de consultoria e transferência de tecnologia energética Ubatec. “A Argentina vive uma crise de crescimento”, resume.
Desde 2003, a Argentina vem crescendo a taxas superiores a 8% ao ano. Tal ritmo, no entanto, não foi acompanhado dos necessários investimentos em infra-estrutura, alerta o economista. “O crescimento da economia tem um efeito cascata em todos os níveis da população, quando há crescimento, há maior poder aquisitivo e há mais consumo em todas as áreas”, pondera. “Para seguir com este crescimento sustentável é fundamental que se faça os investimentos planejados em matéria energética”, defende.
Nesse sentido, Barbieri considera essenciais o acordo de troca de energia e as iniciativas conjuntas acertadas entre Brasil e Argentina durante a visita de Estado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez ao país no último fim de semana, não apenas para o futuro argentino, mas de toda a região. “A relação estratégica entre Brasil e Argentina é fundamental para o desenvolvimento da região e para o desenvolvimento dos dois países”, ressalta.
Os dois países fixaram um calendário para tirar do papel o Complexo Hidroelétrico Binacional de Garabi, no Rio Uruguai, cujo protocolo de intenções foi firmado em 2005. Também decidiram criar uma empresa binacional para pesquisa e exploração conjunta de energia nuclear.
Como medida emergencial, o Brasil prometeu fornecer 200 megawatts/ hora de energia elétrica no inverno argentino, quando há picos de consumo devido ao uso de calefação nos domicílios – a Argentina devolverá também em energia, quando puder.
No ano passado, o Brasil cedeu à Argentina um milhão dos 30 milhões de metros cúbicos de gás/dia previstos no contrato que tem com a Bolívia, e forneceu energia elétrica extra. Isso não impediu que o governo argentino promovesse cortes no abastecimento de gás das indústrias, a fim de evitar cortes residenciais, e suspendesse o fornecimento do combustível ao Chile.
“A Argentina está passando por uma situação de restrição energética bastante importante. No ano passado, a economia cresceu forte, mas gerou muitas perdas econômicas a setores de pequenas e médias empresas”, ressalta o economista Dante Sica, ex-secretário de Indústria da Argentina e diretor da Consultoria Econômica Abeceb.com. “Creio que o acordo com o Brasil é importante pois pode garantir o funcionamento normal do setor industrial e a provisão fluída de energia para consumo domiciliar”, afirma.
Barbieri pondera que a troca de energia proposta pelo Brasil não resolve o problema, mas serve como paliativo enquanto não se concretizam projetos já em andamento na Argentina, como o gasoduto em parceria com a Bolívia, previsto para ser concluído até 2010. O país também já tem iniciativas conjuntas com o Paraguai na geração de energia hidroelétrica. “Na área energética, é fundamental a pesquisa e complementação com outros países”, acrescenta.

http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/02/26/materia.2008-02-26.6319279650/view

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CPLP/Guiné Equatorial aposta na aprendizagem da língua portuguesa

Malabo, 26 fevereiro 2008 - Portugal vai criar um programa de ensino do português na Guiné Equatorial, correspondendo a um pedido das autoridades de Malabo, anuncia um comunicado conjunto dos Ministérios dos Negócios Estrangeiros de Portugal e da Guiné Equatorial hoje divulgado.
O pedido foi feito no decorrer da visita oficial de dia que o chefe da diplomacia portuguesa, Luís Amado, concluiu hoje à Guiné Equatorial, a convite do seu homólogo guineense Pastor Micha Ondo Bile, com quem manteve várias reuniões de trabalho.
A deslocação à Guiné Equatorial constituiu a terceira etapa do périplo que levou antes Luís Amado a Angola e São Tomé e Príncipe e termina no Gabão.
Durante a estada de 48 horas em Malabo, o ministro Luís Amado foi recebido em audiência pelo Presidente da República, Obiang Nguema Mbazogo, e pelo primeiro-ministro Ricardo Mangue Obama Nfube.
No comunicado lê-se que os chefes da diplomacia dos dois países "manifestaram o seu empenho em desenvolver o Acordo Geral de Cooperação, assinado em Malabo, no dia 08 de Janeiro de 1998", de que resultará a realização em Lisboa, ainda este ano, da primeira reunião da Comissão Mista prevista nesse acordo.
"As duas partes reafirmaram o interesse em redinamizar as trocas comerciais e o apoio institucional aos investimentos em ambos os países, incluindo através da celebração futura de Acordos de Protecção e Promoção Recíproca de Investimentos e para evitar a Dupla Tributação", lê-se ainda no documento.
A aproximação da Guiné Equatorial à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), onde detém o estatuto de Observador Associado desde 17 de Julho de 2006, foi salientada no comunicado final.
Luís Amado convidou o seu homólogo, Pastor Micha Ondo Bile, a visitar Portugal, convite que foi aceite e cujas datas serão agora marcadas por via diplomática. (Noticias Lusófonas)

Brasil/Operadora Oi inicia expansão de actividades em países lusófonos, fecha acordo com TV moçambicana

Brasília, Brasil, 27 fevereiro 2007 - A empresa brasileira de telecomunicações Oi iniciou a expansão das suas actividades para os países de língua portuguesa com a assinatura terça-feira, no Rio de Janeiro, de um convénio com a estação privada moçambicana Soico TV.
O objectivo do acordo é levar para a periferia de Maputo um projecto social e de inclusão digital, o programa "Tonomundo".
Este projecto integra escola, família e comunidade através das novas tecnologias em telecomunicações, sendo pioneiro no Brasil na experiência de implementar uma das maiores Comunidades Virtuais de Aprendizagem e Práticas de Escolas de todo o país.
As escolas abrangidas são equipadas com centros de informática, que têm computadores, scanners, impressoras e acesso à Internet, além de um programa de formação para dar suporte aos educadores no desenvolvimento de projectos que incluam a utilização pedagógica destas ferramentas no dia-a-dia das escolas.
"O convénio firmado é um primeiro movimento importante de internacionalização das nossas actividades. Vamos querer expandir os negócios nos países que não têm a barreira da língua para nós", afirmou hoje o presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco durante a cerimónia.
Falco destacou que a Oi é distribuidora de conteúdo e que "faz todo sentido" a internacionalização de suas actividades, com a vantagem de que mais de 200 milhões de pessoas no mundo falam português.
A Oi é a "maior companhia de telecomunicações do Brasil em facturação e número de telefones instalados", pode ler-se na sua página electrónica, onde também se afirma que a empresa foi a primeira do país a oferecer serviços convergentes e integrados de telecomunicações.
A STV - Soico Televisão é uma estação de televisão privada moçambicana lançada em 2002 e que transmite 24 horas por dia cobrindo actualmente as províncias Maputo, Gaza, Inhambane e Sofala. (macauhub)

CUBA DEPOIS DE FIDEL

Agência Carta Maior/Blog do Emir/24 fevereiro 2008

A eleição de Raul Castro como chefe de governo e de José Ramon Machado Ventura como segundo obedece aos critérios que teve sempre Fidel Castro ao longo das mais de cinco décadas desde o início do processo insurrecional cubano. Representa confiança na velha guarda, naqueles que desde o primeiro momento acreditaram no processo revolucionário e se comprometeram com ele. São os casos do próprio Raul Castro e de Ramon Ventura. Os dois tem poucos menos que Fidel, pertencem à primeira geração dos revolucionários cubanos.
Dos outros nomes mencionados, apenas Ricardo Alarcon pertence à geração imediatamente posterior. Era presidente da União Nacional de Estudantes de Cuba, a Une, no momento da vitória da revolução. Os outros – Carlos Lage, Felipe Roque – com diferenças de idade, pertencem politicamente à geração formada diretamente por Fidel ao longo das últimas décadas, pertencendo à geração que já nasceu depois do triunfo da revolução.
Cuba tem uma nova direção política, sem Fidel. A direção que o sucede está composta por aqueles mesmos que compartilhavam com ele essa direção – tanto os que estiveram com ele desde o início do processo revolucionário, quanto aqueles que ele mesmo formou.
A renúncia de Fidel a seguir na direção política de Cuba fecha um ciclo na revolução, mas precisa ser localizada na evolução interna desse país, para que nos demos conta exata do seu significado e das suas possíveis conseqüências. Fidel é a revolução, para todos os cubanos. Foi sempre o dirigente máximo e, ao mesmo tempo, o maior crítico dos problemas e dos erros da revolução, incluindo os seus próprios.
Foi o dirigente máximo, porque foi quem melhor sintetizou as necessidades de direção do processo revolucionário. Foi – como Lênin – grande dirigente de massas, grande dirigente de partido e grande estadista. Só mesmo quem não conhece as condições concretas de luta pode questionar o fato de Fidel ter se mantido à cabeça do processo revolucionário e de Cuba ter mantido um Estado forte. Este se fez sempre necessário pela agressividade do maior império da história da humanidade – os EUA -, a 140 quilômetros de distância, sem nunca ter conseguido derrotar a revolução cubana, nem ter sucesso nos inúmeros atentados contra Fidel.
Nenhum outro dirigente apresentou condições de direção política que pudesse substituir a Fidel. A revolução não se poderia dar o luxo de substituí-lo. Ele dirigiu a revolução e continua a ser a referência ideológica central. Cuba contou com ele no período mais difícil da revolução - o chamado “período especial”, particularmente os anos entre 1989-1994.
Quando a sociedade cubana se tornava mais madura, mais complexa, se diversificavam as demandas, em especial das novas gerações, Cuba teve que enfrentar uma situação de retrocesso, restringindo a possibilidade de satisfazê-las.
As condições de superação do “período especial” estão dadas, seja pela adaptação da economia cubana às novas condições internacionais, seja pelos acordos com a Venezuela e a China e pela descoberta de petróleo em Cuba. Com ou sem Fidel, com ou sem um eventual presidente democrata nos EUA, Cuba ia ter que promover readequações – de caráter econômico e político, principalmente.
Raúl Castro representa a continuidade mais direta com Fidel, tem revelado no seu comportamento uma disposição de abertura ao debate e, ao mesmo tempo, a consciência de não ter o protagonismo de seu irmão, buscando abrir espaço para as novas gerações. Cuba viveria uma situação nova nestes anos. Agora não conta com Fidel como dirigente político e, principalmente, como líder de massas, fazendo com que seus discursos fossem as expressões determinantes no diálogo com o povo cubano.
A transição institucional está realizada, concluída, com a eleição da nova direção do Estado cubano. Fidel continua na direção do Partido, mas já manifestou que limitará sua atuação aos artigos, mesmo se Raul afirmou que vai consultar sempre o irmão, reafirmando o lugar de referência ideológica do regime cubano.
É com essa equipe que Cuba completará os 50 anos da revolução e enfrentará uma nova fase da sua história.

http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=1&post_id=166

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Ecuador considera terminar contrato con petrolera estadounidense

Quito, 26 febrero 2008 (ABN) - Ecuador considera terminar el contrato de explotación petrolera con la compañía estadounidense City Oriente, informó el ministro de Minas y Petróleo, Galo Chiriboga, reportó Prensa Latina.
'Estamos analizando terminar con ese convenio por mutuo acuerdo, debido a que no será posible renovarlo porque la situación es inviable desde el punto de vista técnico y financiero', resaltó Chiriboga.
En este sentido, puntualizó que renegocian los contratos del Estado con cinco petroleras extranjeras, con el objeto de modificar las condiciones de trabajo y mejorar los ingresos para el Estado.
En sus declaraciones, realizadas durante un taller hidrocarburífero en la localidad de Puemba, destacó que las conversaciones con las empresas foráneas se desarrollan en un nivel adecuado. “Tenemos ya varias propuestas específicas de las empresas petroleras en cuanto a niveles de inversión, de producción y los informes de cada una de las comisiones en términos de qué va obtener el Estado en beneficio adicional a los contratos anteriores”, aseguró.
Explicó que negocian por separado con las compañía brasileña Petrobras, la hispano-argentina Repsol-YPF, la francesa Perenco, la china Andes Petroleum y City Oriente.
'Se trata de cambiar los convenios vigentes de participación por otros de prestación de servicio, pero con la empresa estadounidense no hay avances, por lo cual se considera terminar con el acuerdo' apuntó. City Oriente opera el Bloque 27, situado cerca de la frontera con Colombia, y extrae unos tres mil barriles diarios de crudo.
Esa firma presentó en el 2006 una demanda de arbitraje ante el tribunal del Centro Internacional de Diferencias Relativas a Inversiones en contra del Estado, al negarse a entregar el 50% de las ganancias que obtiene por el alto precio del crudo.
De igual manera rechazó la nueva disposición, aprobada por este gobierno y que modifica la anterior, y obliga a pagar el 90% de los ingresos que recibe fuera del contrato por el alto costo del barril de petróleo.

http://www.abn.info.ve/go_news5.php?articulo=121636&lee=Array[0]

Militares y policías de Bolivia ya no irán a la "Escuela de las Américas"

La Paz, 25 febrero 2008 (ABI) - El Gobierno ratificó su determinación de suspender las becas de militares y policías a la "Escuela de las Américas", ahora con el nombre de Instituto de Cooperación para la Seguridad Hemisférica (Westem Hemisphere Institute for Security Cooperation).
"Por ello y de acuerdo a la doctrina propia de Seguridad y Defensa, el Gobierno fortalecerá y privilegiará el intercambio académico con varios países de la región para la lucha contra el narcotráfico y terrorismo", indicó el ministro de Defensa, Walker San Miguel.
La autoridad fue enfática en manifestar que el Gobierno del presidente Evo Morales tiene muchos acuerdos bilaterales para que países como Brasil, Argentina, China, y otros puedan acoger a otros oficiales para que se capaciten.
A la fecha, dijo que esperan que los 15 oficiales de la Policía Nacional que estudian en este instituto, métodos de lucha antinarcóticos y terrorismo, regresen al país para concretar la suspensión de estas becas.
Aclaró que "con esta decisión pareciera que se quiere perjudicar a los oficiales de las Fuerzas Armadas que estudian y se capacitan, eso no es así, la decisión y visión es política".
Explicó este lunes que el Gobierno nacional tomó la decisión soberana de no enviar más becarios entre oficiales de las Fuerzas Armadas y la Policía Nacional, al Instituto de Cooperación para la Seguridad Hemisférica.
"La decisión de no enviar más oficiales a este instituto coincide con los postulados del Gobierno nacional, de tener una doctrina de seguridad y defensa propia", enfatizó.
Aseveró que el Gobierno está alentado que Bolivia tenga su propia visión de seguridad y defensa, incluso hemisférica junto con los países latinoamericanos.
Bajo este criterio, agregó, se determinó suspender este programa y no enviar más a los oficiales becados a la "Escuela de las Américas", ahora denominado Instituto de Cooperación para la Seguridad.
Recordó que la Escuela de las Américas, siempre fue observada y cuestionada en varios países con relación a la seguridad nacional.
"Los gobiernos militares en la región, incluso, voces al interior de los Estados Unidos, organizaciones sociales, gubernamentales y líderes de opinión, de manera recurrente se pronunciaron por el cierre definitivo de ese instituto, porque en determinado momento se cerró, pero se volvió a reabrir con otro nombre", explicó.

http://www.abi.bo/index.php?i=noticias_texto_paleta&j=20080225192208

Moçambique/Governo simplifica cobrança de impostos aos pequenos contribuintes

Maputo, 26 fevereiro 2008

Uma lei de simplificação dos actuais moldes de pagamento de impostos pelos pequenos con­tri­buintes deverá ser aprovada até finais do próximo mês pelo Conselho de Ministros, para posterior submissão à Assem­bleia da República. Segundo o Ministro das Finanças, Manuel Chang, a aprovação deste dispo­sitivo legal, cujo processo de elaboração se encontra em fase avançada, se insere no quadro dos esforços tendentes ao alargamento da base tributária.
Falando na localidade de Chidenguele, em Gaza, à margem do II Seminário Nacional sobre a Execução da Política Fiscal, Chang precisou que a nova lei pretende simplificar as formas de pagamento para que os pequenos contribuintes reconhe­çam a obrigatoriedade de contri­buir para a receita do Estado, ao contrário do que acontece actual­mente.
“Neste momento achamos que eles (os pequenos contri­buin­tes) têm dificuldades de perceber e interpretar os proce­dimentos actuais de pagamento de impostos. Queremos que todos percebam e sintam a necessidade de contribuir para a receita do Estado, a qual será aplicada nos objectivos de erradicação da pobreza”, referiu Manuel Chang.
Segundo o ministro, outra forma de alargar a base tributária passa pela criação de condições para o aumento de actividades económicas, daí que o governo, no seu todo, esteja empenhado em acções tendentes à facilitação da criação de empresas, inde­pendentemente da origem do investimento (nacional ou estrangeiro).
A necessidade de simplifi­cação de procedimentos para o pequeno contribuinte ocupou parte considerável dos debates do Seminário Nacional sobre a Execução da Política Fiscal, com o presidente da Autoridade Tributária de Moçambique (AT), Rosário Fernandes, a apelar para o envolvimento de todos os actores na elaboração da lei.
Rosário Fernandes entende que a elaboração desta legislação pressupõe trabalhos enérgicos com todas as sensibilidades relevantes, envolvendo órgãos locais e governos provinciais, antes da submissão, em tempo útil, do projecto, ao Conselho de Ministros para efeitos de aprovação.
“Cobrar impostos não é tarefa fácil. O nosso compor­tamento perante o contribuinte deve ser de modéstia, zelo, profissionalismo, dedicação, integridade e respeito estrito à lei, como está plasmado no projecto de código de conduta da Autoridade Tributária”, disse Rosário Fernandes no fim do seminário.
Refira-se que quando das acções tendentes ao incremento de receitas do Estado, cujas metas previstas para 2007 foram superadas em mais de 800 milhões de meticais, o Governo e parceiros de cooperação internacional dizem ter chegado o momento de o país deixar de ser “paraíso” fiscal para mega­projectos, sobretudo os refe­rentes à exploração de recursos naturais.
A ideia é que os incentivos fiscais não continuem a ser concedidos aos mega-projectos nos mesmos níveis como vinha sendo, porque Moçambique se encontra hoje num estágio dife­rente em termos de desenvolvi­mento e estabilidade política e macroeconómica. É preciso que estes megaprojectos contribuam para o Orçamento do Estado.
Entretanto, o seminário dedi­cou especial atenção também ao processo de integração regional, em que a Autoridade Tributária tem um papel importante no controlo das importações livres de direitos aduaneiros, com a entrada em vigor, em Janeiro, da zona de Comércio Livre na SADC.
Neste contexto, a reunião de Chidenguele recomendou a necessidade de se continuar a dar cumprimento integral dos acordos firmados, determinando com exactidão o impacto do comércio livre sobre a receita fiscal. (Notícias)

Petrolífera angolana não descarta investir em Portugal

Luanda, 25 fevereiro 2008 (Lusa) - O presidente do conselho de administração da petrolífera Sonangol, Manuel Vicente, admitiu a possibilidade de investir no setor do gás em Portugal, dependendo do sucesso das atividades de prospecção realizadas.
Num encontro com jornalistas, em Luanda, Vicente disse que a estratégia de internacionalização da empresa pode incluir ainda a possibilidade entrar no setor do gás na Espanha, França e Portugal.
"Se nós, no quadro das perspectivas que temos de detecção de mais reservas de gás, formos felizes, para além de desenvolvermos o sector petroquímico, vamos continuar a exportar”, disse.
"Como se sabe, devido aos problemas que existem entre a Europa e a Rússia, o setor do gás natural é um valor precioso", afirmou Manuel Vicente.
O diretor da petrolífera Sianga Abílio, que acompanhou a comitiva do dirigente angolano, afirmou que a Sonangol já está intervindo no ramo do gás nos Estados Unidos, onde tem um terminal de gaseificação.
Além disso, a estatal já está no mercado norte-americano por meio da subsidiária Sonangol USA, dedicada à comercialização de óleo, com sede em Houston.
Iniciativas
É uma estratégia importante poder beneficiar de todas as mais-valias que o produto representa, desde a produção, processamento, transporte e comercialização", disse, acrescentando que este processo é feito através de um consórcio que integra empresas como a El Paso, Gulf Energy e a Sonangol.
O continente africano nesta estratégia "não está esquecido" pela Sonangol, e a prova disso mesmo, segundo Vicente, é que a empresa adquiriu, "recentemente", 20% da refinaria de Abidjan, na Costa do Marfim.
Sobre as perspectivas futuras dos investimentos angolanos no exterior, Manuel Vicente admitiu algumas alterações significativas.
"A internacionalização faz parte da política de Estado. Fala-se de um fundo soberano. Cingapura tem, a Malásia tem, nós ainda não os temos. Mas, quando os tivermos, serão esses fundos a levar a cabo parte dessa estratégia", explicou.
"Mas isso não quer dizer que a Sonangol vá deixar de comprar ativos lá fora. Mas muito do que está a fazer, nomeadamente na banca, poderia ser um outro veículo- os fundos soberanos - a fazê-lo", afirmou o representante da companhia angolana.

São Tomé e Príncipe/Galp Energia interessada na pesquisa de petróleo e gás natural

São Tomé, São Tomé e Príncipe, 26 fevereiro 2008 - Responsáveis da empresa portuguesa Galp Energia foram segunda-feira recebidos pelo governo e pela presidência de São Tomé e Príncipe para avaliar da possibilidade de participar em projectos de prospecção de petróleo e gás natural.
Em declarações à agencia noticiosa portuguesa Lusa, Manuel Ferreira de Oliveira, presidente da Galp Energia, afirmou pretender conhecer os planos de pesquisa de petróleo e gás natural do Estado de São Tomé em primeira-mão e testar a possibilidade de participar em alguns desses projectos.
O ministro dos Recursos Naturais são-tomense, José da Graça Diogo, disse que o interesse da petrolífera portuguesa no país pode envolver uma estratégia lusófona e ser alargada à brasileira Petrobras e à angolana Sonangol.
"Temos tido contactos com a parte angolana e com a parte brasileira para se criar uma 'joint-venture' entre estas empresas, a Galp e o Estado são-tomense", afirmou o governante, adiantando ainda que as petrolíferas têm conversado umas com as outras sobre este assunto.
Galp, Sonangol e Petrobras estão também a apoiar o Estado de São Tomé e Príncipe na criação da Petrogas, a futura petrolífera nacional, disse ainda José da Graça Diogo, um dos novos rostos do recém-empossado elenco governativo são-tomense, chefiado por Patrice Trovoada.
Embora confirmada a existência de petróleo e gás natural na Zona Económica Exclusiva são-tomense, é incerto que as jazidas em águas profundas e ultra-profundas sejam economicamente viáveis.
Ao contrário da área de exploração conjunta com a Nigéria, que já tem blocos delimitados e adjudicados na fase de pesquisa, o processo nas águas são-tomenses está bastante mais atrasado.
"O estudo sísmico está elaborado mas falta ainda delimitar as áreas e lançar o leilão", afirmou o ministro são-tomense, que acha "difícil" ultrapassar estas etapas até ao fim do ano. (macauhub)

Angola é uma âncora no desenvolvimento da África Central - diz governante português

Luanda, 25 fevereiro 2008 – Angola joga o papel de âncora no desenvolvimento da África Central, disse domingo em Luanda, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Luís Amado, no termo da visita de três dias que efectuou ao país, à convite do seu homólogo, João Bernardo de Miranda.
Luís Amado, que falava à imprensa, antes de deixar Luanda, com destino a São Tomé e Príncipe, segunda etapa de um périplo que o levará à Guiné Equatorial e ao Gabão, adiantou que há uma perspectiva de integração económica de toda a região e os problemas políticos são comuns a todos os estados da região.
“A circunstância de Portugal ter relações com Angola e com são Tomé não deve limitar a nossa acção política e diplomática a estes países, que cada vez mais tomam uma dinâmica internacional de diferenciação regional, neste caso a África Central, e Angola tem um papel muito importante, o de âncora no desenvolvimento de toda a África Central”, frisou.
De acordo com o governante português, a visita a estes países, realiza-se na sequência da Cimeira Europa/África, realizada em Lisboa, em Dezembro do ano passado, tendo o governo português mantido contactos com os principais responsáveis de todos os estados africanos. “Cumpre-nos, agora, a obrigação de dar continuidade às relações que no plano político pudemos desenvolver à partir da cimeira”, pontualizou.
Em Luanda, o ministro português foi recebido em audiência pelos presidentes da República, José Eduardo dos Santos, e da Assembleia Nacional, Roberto de Almeida.
Manteve, entre outros, encontros com os ministros das Relações Exteriores, João Bernardo de Miranda, e do Planeamento, Ana Dias Lourenço. (AngolaPress)

Angola/Luanda e Lisboa assinam acordo sobre protecção de investimentos

Luanda, Angola, 25 fevereiro 2008 - Portugal e Angola assinaram sexta-feira em Luanda um acordo de "promoção e protecção recíproca" de investimentos com o objectivo de "estimular" iniciativas de negócios em ambos os países.
O acordo foi assinado pelos ministros das Relações Exteriores de Angola, João Miranda, e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Luís Amado durante a visita que o ministro português efectuou a Angola.
O acordo tem aplicação nos investimentos "de uma das partes no território da outra" logo que entre em vigor, permanecendo os investimentos realizados antes ao abrigo dos termos em vigor no momento.
Com 16 artigos e quatro capítulos, este acordo define as normas pelas quais os investimentos serão encarados, desde a "compensação de perdas" aos termos em que são realizadas as "expropriações", "consultas", "revisão" ou ainda a "vigência e denúncia" do mesmo.
O documento entra em vigor 30 dias após a data da recepção da última notificação, por escrito e por via diplomática, de que foram cumpridos todos os requisitos de Direito interno de ambas as partes necessários para o efeito, refere o Artigo 14º do texto.
O acordo permanecerá em vigor por períodos sucessivos de 10 anos, automaticamente renováveis. (macauhub)

CRISIS MUNDIAL O CRISIS DE UN MODELO

[ADITAL] Agencia de Información Fray Tito para América Latina

25 febrero 2008 / www.adital.com.br

Carlos A. Pereyra Mele *

Hace varios años que en distintos artículos e investigaciones del CEES venimos denunciando sobre la enloquecida carrera por consolidar una globalización asimétrica que solo favorece a los detentadores del poder imperial y que bajo la ideología del neoliberalismo se implementara esta locura. Pero esta teoría fatalmente entraría en crisis al ser en general solo juegos especulativos y no actos productivos de la economía real, también dijimos que si Argentina y América del Sur no se plantean una estrategia independiente de neto corte continental el futuro por la riqueza de nuestros recursos tanto energéticos, alimentarios y minerales, serian en vez de nuestra tabla de salvación, nuestras mayores desgracias como los acontecimientos que viven los pueblos de Medio Oriente o África. Por ello es urgente la implementación de planes de salvación de nuestros pueblos, sus economías y los recursos naturales. (Ver: Nuevos escenarios mundiales en el siglo XXI, http://www.aporrea.org/internacionales/a26110.html)
Hoy la crisis de las bolsas no son algo pasajero como nos decían hace tres meses funcionarios de la Reserva Federal de USA o que era una crisis de crecimiento de USA (?), como decía el analista internacional menemista Jorge Castro en su sitio Web y otros economistas defensores de la globalización anglosajona. Ahora la realidad estalla y empiezan a verse el costado más vulnerables cual es el de la "especulación" financiera, pero no nos equivoquemos.
La matriz del sistema basado en un dólar como eje de toda las transacciones comerciales y el control del petróleo por el mismo grupo que además se complementa con los grandes grupos bancarios de USA está en "crisis", el Citi bank y el Boston Bank (Rockefeller group y Morgan group), los que manejan el mercado financiero yanqui y del petróleo están recibiendo a esta hora "subsidios del estado norteamericano porque sino ya tendrían que hacerle un "corralito" a los mismo, por un retiro masivo de fondo de los mismo. La crisis hipotecaria es la punta del iceberg, pero como en un dominó va cayendo los demás elementos de esta gigantes burbuja económica inflada por la especulación
Desde que empezó la crisis, EE.UU. ha inyectado 800.000 millones de dólares para detener la debacle y no solo estos últimos 145.000 millones declarados que anunció el viernes Bush y que nadie le creyó y por ello las bolsas cayeron el lunes, hoy la CNN parte del sistema comunicacional globalizador del imperio, con el patético periodista económico Ernesto Padilla explicaba que la bolsa solo había caído casi un 2% pero que a la mañana había empezado la rueda con pérdidas superiores al 4%, igualmente el dólar se sigue depreciando con relación al euro y otras monedas y fundamentalmente con el oro. El control del petróleo no lo tiene tan fácilmente, (Rusia, Irán y Venezuela no están bajo el control de USA), la guerra que según el mismo Bush va a ser "infinita" esta dando síntomas de cansancio en el pueblo norteamericano además del descomunal déficit del Estado para mantener las conquistas realizadas.
En nuestra región el primero en ser golpeado es Chile el hijo predilecto del neoliberalismo con el tema de las AFJP y los precios ligados al dólar gracias al TLC firmado con EE.UU., por eso también dijimos que si los suramericanos y Argentinos en particular no teníamos un pensamiento estratégico auténticamente Suramericanos las crisis del sistema globalizados nos causaría mayor daño. (Ver: Hacia la búsqueda de un autentico Pensamiento Estratégico para Argentina. http://sp.rian.ru/analysis/20070630/68061442.html)
Lo que deben comprender los denominados inversionistas de este mundo financiero virtual, es que no es simplemente problemas de hipotecas y tasas de interés sino una gran crisis de deudas en todos los niveles, incluso la del gobierno de USA, esto es solo el principio y se avanza sobre los otros mercados engarzados al mismo. Ya es voz pupulis que estamos ante una recesión severa y una gran depresión. Esto se debe a que el "sistema" jamás tubo en cuenta las desigualdades e injusticias que desarrollaba al aplicar sus recetas y que en el fondo solo hizo eje en la especulación financiera y no en la economía real y sus problemas concretos.
Además el proyecto se baso en una lucha sin medir consecuencia por el control de los mercados y los recursos naturales del planeta, y esto genero resistencias a ese plan hegemónico que aporto mas anarquía a la economía mundial de la cual son los responsables los Neocom de USA y sus aliados Inglaterra, Israel, Japón y la Unión Europea, para mantener sus sociedades de consumo a cualquier costo.
Lo antes planteado lleva a que el periodista Eduardo Andrade esquematice la situación actual con la siguiente descripción: Finalmente cabe agregar que la situación económica mundial está supeditada actualmente a la pugna por el control de los mercados, el control de los recursos naturales (eje anglosajón israelí, Japón, UE, versus China, Rusia, India, Asia), en especial los energéticos, le suman los problemas derivados de la producción de alimentos, el cambio climático, los problemas relacionados con la falta de agua dulce, la carrera armamentistas, el crecimiento de las actividades delictivas y criminales, la corrupción y el desprestigio de la autodenominada clase política en los más diversos lugares del mundo. De allí que algunos expertos económicos internacionales señala que la única forma de superar la crisis del capitalismo neoliberal es con medidas geopolíticas efectivas, como se suele decir… "a buen entendedor pocas palabras"… la guerra a escala global.
Otro especialista el economista Argentino Fernando del Corro, Periodista, Historiador y Docente de la facultad de Ciencia Económicas de la UBA expresa sobre este tema: La gestión de este Bush se caracterizó por desatar un hiperconsumo desenfrenado. Algo solo posible mediante el endeudamiento ilimitado como ya se mencionara. Dentro del esquema se desarrolló la muchas veces comentada "burbuja inmobiliaria". Las hipotecas no fueron sólo para compras de bienes sino para jolgorios varios.
Finalmente debemos ser reiterativos a pesar de que se dice que los países productores de agroalimentos y de recursos energéticos serán los que mejor puedan soportar esta crisis, es que no debemos dejar de tener muy en cuenta que solo la planificación del Estado y el plantearse una política flexible económica y no ortodoxa liberal y que esta planificación este basada en la idea de un país productivo y no meramente especulativo y que la misma se inscriba en la incorporación de los mercados regionales como la mejor alternativa para escapar a las trágicas consecuencias de esta crisis recesiva de EE.UU., de la cual la Argentina tiene su peor recuerdo cuando nos estallo el globo de la convertibilidad dentro del esquema globalización impuesto por el consenso de Washington en el 2001.

Córdoba, 22 de Enero de 2008

licpereyramele@fibertel.com.ar

Centro de Estudios Estratégicos Suramericanos (CEES) Córdoba

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