Cidade da Praia, 22 fevereiro 2008 - A Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (ONUDI) lançou hoje na capital de Cabo Verde o programa Qualidade para a África Ocidental, que será desenvolvido até 2010.
O programa é financiado pela União Europeia e visa capacitar cada um dos países que integram a região oeste africana e as suas empresas a cumprirem as normas do comércio internacional.
Em Cabo Verde, a execução é da responsabilidade da Agência de Regulação e Supervisão dos Produtos Farmacêuticos e Alimentares, ARFA.
O presidente do Conselho de Administração da ARFA, Miguel Lima, explicou que Cabo Verde tem de manter a qualidade se quiser crescer e manter a procura turística, e por isso este programa vem ao encontro das necessidades do país.
"Não basta atentarmos aos indicadores de desenvolvimento do sector do turismo se não tirarmos proveito desse desenvolvimento, porque em vez de exportarmos bens de consumo exportamos, através dos turistas, (turismos de qualidade). Quer dizer que temos de produzir qualidade para que os nossos visitantes sintam confiança nos nossos produtos", explicou.
A ARFA terá a responsabilidade de institucionalizar o sistema nacional de qualidade com normas para controlar todos os produtos, quer os produzidos no país, quer os importados.
Dentro deste sistema, o país irá instalar um laboratório nacional de controlo de qualidade nomeadamente para produtos alimentares e medicamentos.
Ao mesmo tempo, o governo irá desenvolver um programa de informação e formação para o período 2008/2011 com vista a "preparar o país para promover qualidade" e que deverá abranger os empresários, produtores, operadores económicos mas também os consumidores. "Esse programa de formação vai ser desenvolvido com os diversos parceiros da ARFA que pretende envolver todos os interessados em desenvolver qualidade", garantiu.
Os objectivos do programa convergem com os planos estabelecidos pelo Governo, que quer colocar Cabo Verde a nível das exigências da União Europeia, tendo em vista a convergência normativa, como realçou o ministro de Economia, Crescimento e Competitividade, José Brito. "Ainda não temos uma capacidade de controlar o que entra e o que sai de Cabo Verde e a capacidade de fixação de normas é essencial, porque não devemos esquecer que Cabo verde, no âmbito da a parceria especial (com a União Europeia) pretende atingir um nível normativo semelhante ao europeu, e ainda temos muito por fazer", explicou.
José Brito lembrou que Cabo Verde tem o compromisso de cumprir as regras do comércio internacional, com a adesão à Organização Mundial do Comércio (OMC), em Dezembro passado. (Noticias Lusofonas)
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