FRETILIN Media/22 fevereiro 2008
(Texto original em inglês, tradução de Margarida/Timor Online)
Ontem, o seu boletim nacional de notícias trazia um relato duma repórter em Timor-Leste, Maria Gabriela Carrascalão,onde o meu carácter foi difamado gravemente por ambos Srª Carrascalão e SBS. O relato imputou o meu envolvimento com os ataques criminosos, mesquinhos e odiosos ao Presidente e Primeiro-Ministro de Timor-Leste.
O vosso relato e as imputações que me dizem respeito no relato são falsas e enganadoras. Eu neguei numa conferência de imprensa em 20 de Fevereiro 2008 qualquer envolvimento nesses eventos. Também o Grupo Parlamentar da FRETILIN realizou uma conferência de imprensa em meu nome deixando claro que isso foi baseado em nada mais do que numa perseguição política a mim e à FRETILIN.
A vossa poderia ter também tido acesso a factos de 20 de Fevereiro, o dia depois de ter sido sujeito da acção da polícia, onde o próprio procurador-geral afirmou que a polícia tinha actuado "à margem dos procedimentos", e que eu não estava, nem nunca tinha estado numa lista entregue pelo procurador-Geral à polícia para ser interrogado.
Depois de ter sido levado para a Sede da Polícia de Dili sem qualquer mandato ou qualquer outra razão legal, e em total desprezo da minha imunidade como deputado do Parlamento Nacional de Timor-Leste, eu fui informado pelo comandante da Divisão Nacional de Investigações, uma unidade conjunta da Polícia de Timor-Leste e da Polícia da ONU, que eles não tinham nenhum pedido para a minha presença para interrogatório.
Contudo, dada a hora tardia da noite e depois de intervenções da liderança da FRETILIN, fui autorizado e de facto fui levado para casa dum amigo onde passei a noite.
O facto de ter sido levado 45 minutos antes do começo do recolher obrigatório é significativo, dado que fui informado no dia seguinte por muitos polícias que muita gente foi apanhada sob circunstâncias similares às minhas e que ficaram detidas durante a noite na estação de polícia mas libertadas na manhã por não haver qualquer base de evidência.
Conforme combinado com comandante da Divisão Nacional de Investigações apresentei-me na manhã seguinte e fiz uma breve declaração. Contudo, o polícia que recebeu a minha declaração não tinha quaisquer questões a colocar-me porque não tinha estado envolvido em trazer-se e além do conhecimento geral de ser trazido como testemunha, não sabia mais nada.
Depois de dar a curta declaração fui autorizado a sair sem qualquer impedimento e sem qualquer pedido da polícia.
Contudo, antes de sair, o oficial de topo da Polícia da ONU pediu para falar comigo e repetiu o que me tinha sido dito pelo Comandante da Divisão Nacional de Investigações Timorense, que não fora indicado em nenhuma lista fornecida pelo Gabinete do Procurador-Geral de quem recebem instruções durante a investigação dos eventos de 11 Fevereiro2008.
Na manhã em que fui sujeito à acção da polícia, um líder de topo da FRETILIN falou com o Vice-Comandante de Operações da Polícia Nacional de Timor-Leste que o informou que sabia da operação contra mim e que a tinha ordenado. Apesar de lhe ter perguntado, ele declinou comentar quem é que lhe dera as ordens para a operação contra mim. É sabido que o Gabinete do Procurador-Geral não sabia e não estivera envolvido na operação nem a Divisão Nacional de Investigações.
O facto é que foram dadas ordens e a FRETILIN e eu estamos a exigir no parlamento para saber isso, tal como isso foi exigido na conferência de imprensa de 20 de Fevereiro, exactamente quem é que ordenou que eu fosse levado para interrogatório.Todos estes factos estiveram à disposição da vossa repórter de Dili se ela se tivesse interessado em obter a informação ou mesmo um comentário de mim ou doutro porta-voz da FRETILIN para reportar de modo mais equilibrado e verdadeiro.
Neguei consistentemente conhecerqualquer das pessoas suspeitas de estarem envolvidas, incluindo o falecido Reinado ou de ter de qualquer maneira qualquer envolvimento seja de que modo for com eles ou com qualquer das suas actividades.
É nossa firme convicção que a acção da polícia contra mim foi uma acção politicamente motivada com o conhecimento do governo, que visava manchar o meu bom nome e minar a eficácia do meu papel como porta-voz e oficial de ligação para os media da FRETILIN. A FRETILIN tem insistido e vai continuar a insistir para obter as respostas sobre quem é que deu as ordens à polícia para fazer o que fez contra mim.
Correntemente estou a tomar aconselhamento legal e tenho a intenção de começar todos os procedimentos legais seja em que jurisdição for para procurar remediar os danos que já sofri ao meu bom nome e carácter como resultado do vosso relato difamatório, bem como outros.
Entretanto, exijo que emitam uma retracção levando em consideração os factos que já foram disponibilizados à vossa repórter e á vossa cadeia quando passou a história ontem à noite.
Isso será apenas uma pequena medida para remediar os danos que já sofri no meu bom nome e carácter.
José Teixeira, DeputadoDili, Timor-Leste
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