São Tomé, São Tomé e Príncipe, 26 fevereiro 2008 - Responsáveis da empresa portuguesa Galp Energia foram segunda-feira recebidos pelo governo e pela presidência de São Tomé e Príncipe para avaliar da possibilidade de participar em projectos de prospecção de petróleo e gás natural.
Em declarações à agencia noticiosa portuguesa Lusa, Manuel Ferreira de Oliveira, presidente da Galp Energia, afirmou pretender conhecer os planos de pesquisa de petróleo e gás natural do Estado de São Tomé em primeira-mão e testar a possibilidade de participar em alguns desses projectos.
O ministro dos Recursos Naturais são-tomense, José da Graça Diogo, disse que o interesse da petrolífera portuguesa no país pode envolver uma estratégia lusófona e ser alargada à brasileira Petrobras e à angolana Sonangol.
"Temos tido contactos com a parte angolana e com a parte brasileira para se criar uma 'joint-venture' entre estas empresas, a Galp e o Estado são-tomense", afirmou o governante, adiantando ainda que as petrolíferas têm conversado umas com as outras sobre este assunto.
Galp, Sonangol e Petrobras estão também a apoiar o Estado de São Tomé e Príncipe na criação da Petrogas, a futura petrolífera nacional, disse ainda José da Graça Diogo, um dos novos rostos do recém-empossado elenco governativo são-tomense, chefiado por Patrice Trovoada.
Embora confirmada a existência de petróleo e gás natural na Zona Económica Exclusiva são-tomense, é incerto que as jazidas em águas profundas e ultra-profundas sejam economicamente viáveis.
Ao contrário da área de exploração conjunta com a Nigéria, que já tem blocos delimitados e adjudicados na fase de pesquisa, o processo nas águas são-tomenses está bastante mais atrasado.
"O estudo sísmico está elaborado mas falta ainda delimitar as áreas e lançar o leilão", afirmou o ministro são-tomense, que acha "difícil" ultrapassar estas etapas até ao fim do ano. (macauhub)
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