Maputo, 18 fevereiro 2008 - O Zimbabwe acaba de se comprometer a pagar a dívida com a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) no valor de 16 milhões de dólares norte-americanos, dentro dos próximos seis meses. Em meados de Janeiro último, a HCB retomou o fornecimento da corrente eléctrica ao Zimbabwe, depois de uma suspensão decretada no início do mesmo mês, quando a dívida zimbabweana ascendia os 26 milhões de dólares.
A retomada de fornecimento de energia eléctrica àquele país aconteceu depois que a ZESA, companhia de distribuição da corrente eléctrica do Zimbabwe, liquidou 10 milhões de dólares. Desde logo, as partes iniciaram negociações para a amortização do remanescente, o que levou à assinatura, em princípios de Fevereiro em curso, de um memorando de entendimento entre a ZESA e a HCB.
“Os documentos mais importantes deste acordo foram assinados na primeira semana de Fevereiro, nos quais o Zimbabwe se comprometeu a liquidar a dívida que tem para com a nossa empresa num período de seis meses, ao mesmo tempo que está a pagar a factura corrente”, afirmou Paulo Muxanga, presidente do Conselho de Administração.
O Zimbabwe, segundo a nossa fonte tem feito pagamentos semanais e os valores que tem fluído à HCB são significativos, o que indica a priori que os prazos serão cumpridos segundo o acordado. O Zimbabwe, através da ZESA, é o segundo cliente da HCB, depois da África do Sul.
A Hidroeléctrica de Cahora Bassa tem vindo a privilegiar o fornecimento de energia aos países vizinhos, sendo que depois da África do Sul e Zimbabwe, está em fase de construção uma linha de transmissão para o Malawi. Também tem disponibilizado corrente ao Botswana.
Na conversa com a nossa Reportagem, o PCA da HCB também se referiu ao projecto da construção da central norte, tendo revelado que o Governo moçambicano ainda não descartou esta possibilidade, mas remeteu a Manitoba Hydro Internacional a missão de realizar um estudo mais amplo e cuidadoso sobre a matéria.
Recentemente, consultores da Barragem de Manitoba Hydro Internacional Limitada do Canadá, com uma postura reconhecida na inspecção do estado físico e operacional de barragens de grande envergadura estiveram em Moçambique, para reavaliar o estado físico da HCB a mando das instituições bancárias internacionais que desembolsaram os valores que foram pagos ao Governo português para a reversão da HCB ao Estado moçambicano. A avaliação confirmou o “óptimo estado” que a Hidroeléctrica de Cahora Bassa apresenta.
Outros dados avançados por Paulo Muxanga, a empresa Hidroeléctrica de Cahora-Bassa vai arrancar ainda este ano, com programas de apoio social Educação, Saúde e no abastecimento rural de água potável ao longo do vale de Chitima onde a dificuldade de água para o consumo humano é sério. (Notícias)
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