Bissau, 21/02 - As autoridades da Guiné-Bissau reuniram-se hoje com os representantes da comunidade internacional no país para pedir 5,1 milhões de euros para a realização das legislativas previstas para o último trimestre deste ano.
"O Ministério das Finanças quer informar que a situação financeira do país não é tão saudável e exige sacrifício", afirmou o secretário de Estado do Tesouro guineense, Pedro Ucaim Lima.
"O governo da Guiné-Bissau não consegue financiar eleições e precisa dos parceiros" para o desenvolvimento, sublinhou.
"Pedimos que roguem por nós junto dos vossos governos por esta nova causa. A estabilidade no país passa por realizar o acto eleitoral no seu tempo próprio", acrescentou, sublinhando que a estabilidade é uma realidade no país, mas precisa de ser melhorada.
O montante solicitado pelas autoridades guineenses deverá ser utilizado no pagamento das dívidas relativas ao último acto eleitoral.
A Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau afirmou no final do ano passado que precisa de 3,74 milhões de euros para saldar dívidas com os fornecedores e membros das assembleias de voto dos escrutínios passados e organizar as próximas legislativas.
Segundo a CNE, são precisos 1,1 milhões de euros para pagar dívidas acumuladas e 2,5 milhões de euros para organizar o próximo escrutínio.
A CNE considerou também como "condição indispensável" ao curso normal do processo eleitoral o pagamento das dívidas.
No encontro de hoje em Bissau esteve presente a maioria dos embaixadores acreditados na Guiné-Bissau, bem como os representantes da Comissão Europeia e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
Até ao momento, a União Europeia foi o único parceiro que já anunciou um donativo de 800 mil euros para apoiar a organização das próximas legislativas. (AngolaPress)
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