Rio de Janeiro, 5 novembro 2007 - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, manifestou otimismo com relação à Rodada Doha, para a liberalização do comércio mundial. Segundo Amorim, a rodada, iniciada em 2001, no Qatar, poderá ser concluída ainda este ano, mas o sucesso nas negociações dependerá de concessões maiores por parte dos Estados Unidos e da União Européia.
“Mesmo que a Rodada Doha não seja concluída este ano, é possível chegar a um bom termo dentro de um ano ou um ano e meio. Estamos muito próximos, e falta um pouquinho de vontade política para chegarmos até o resultado final”, disse Amorim.
O ministro lembrou que três pontos, que formam um triângulo básico do diretor-geral da Organização Mundial de Comércio (OMC), Pascal Lamy, são essenciais para um acordo: o fim dos subsídios à agricultura, praticados principalmente pelos Estados Unidos; o acesso aos mercados agrícolas, que estaria sendo dificultado pela União Européia, e a abertura aos produtos industriais, que cabe aos países em desenvolvimento.
“O triângulo não pode ser equilátero [três lados iguais]. Tem que ser isósceles [dois lados iguais], e os dois lados maiores têm que corresponder à União Européia e aos Estados Unidos. Essa é a proporcionalidade que procuramos”, afirmou.
Após participar hoje (5) da abertura da 2ª Conferência Nacional de Política Externa e Política Internacional, o ministro Celso Amorim informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá marcar encontro, provavelmente este ano, com o presidente da Bolívia, Evo Morales, para discutir a possibilidade de retomar os investimentos em energia naquele país.
Amorim disse ainda que com taxas de crescimento em torno dos 5% ao ano, o Brasil irá precisar de mais energia, proveniente de vários lugares. “O melhor é que essa oferta venha do Brasil e de países da América do Sul”.
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terça-feira, 6 de novembro de 2007
Brasil/Avanço na Rodada Doha depende da boa vontade dos Estados Unidos e União Européia, diz Amorim
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