Maputo, 17 novembro 2007 - Comissões de trabalho envolvendo membros do Governo e o grupo de conselheiros internacionais do Chefe do Estado deverá produzir até Outubro do próximo ano recomendações específicas para o desenvolvimento da área dos transportes aéreos e do turismo no país. Estes dois sectores marcaram ontem o encontro entre o Chefe do Estado, Armando Guebuza, e o Grupo de Conselheiros Internacionais, que se realiza anualmente abordando diversas questões que podem impulsionar o desenvolvimento do país.
Falando na abertura do encontro, que decorreu à porta fechada, o Chefe do Estado disse que devido a este grupo de conselheiros internacionais hoje existe uma maior compreensão das necessidades de investimento do país, que merece igualmente uma grande simpatia e carinho da comunidade internacional. Com efeito, segundo o Chefe do Estado, este grupo tem mobilizado a opinião pública para os problemas que o país atravessa.
Fazendo um breve balanço, Armando Guebuza disse que apesar das calamidades que se abateram sobre o sul e centro do país e as explosões do paiol de Mahlazine, Moçambique continua a registar crescimento e os problemas estão a ser transformados em oportunidades no combate à pobreza.
No encontro de ontem (o primeiro teve lugar em Fevereiro) foram tratados apenas os temas relacionados com o transporte aéreo e o turismo, resultantes de um trabalho de pesquisa que atende às potencialidades do país, com cerca de 2700 quilómetros de costa.
Segundo Luís Covane, porta-voz do encontro, o turismo não pode ser dissociado do transporte aéreo. Tal significa que devem ser estudadas as formas de mais operadores investirem em Moçambique na área do transporte aéreo como facilitador do turismo.
Existem já propostas concretas, cujo teor não foi avançado, que deverão ser sistematizadas pela comissão conjunta ora constituída. As propostas deverão indicar as prioridades e as modalidades que o investimento nestas áreas deverá tomar.
Segundo Covane, é preciso considerar que não será o transporte aéreo que vai impulsionar o turismo, se não estivermos internamente organizados. Para o efeito, será preciso investir no turismo, disponibilizando mais camas, serviços de qualidade, restaurantes e outras facilidades.
Ontem o Chefe do Estado esteve reunido com sete conselheiros, grupo do qual faz parte Lakshmi Mittal, cuja empresa, a ArcelorMittal, controla a produção mundial do aço e que foi considerado pela revista Time, em Maio, como sendo uma das cem pessoas mais influentes do globo.
O grupo é constituído por pessoas ligadas a negócios na qualidade de presidentes de empresas multinacionais que recorrem à sua experiência e trazem a sua sensibilidade e sabedoria. “Isto mostra que o desenvolvimento de Moçambique não pode ser feito de forma fechada, não temos a chave de todas as soluções. Foram seleccionados com base na sua experiência e podem ajudar o Governo de Moçambique a abrir as portas para o investimento estrangeiro”, disse Luís Covane. (Notícias)
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