Irene Lôbo/Repórter da Agência Brasil
O secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Antônio Alves de Souza, afirma que o SUS já é apresentado a outros países. Segundo ele, o governo brasileiro oferece auxílio técnico, especialmente a países africanos interessados em adotar o sistema.
“Sempre apresentamos o SUS como uma proposta que vem dando certo e levamos nossa experiência para fora, oferecendo apoio aos países que quiserem, para que possamos, com os nossos técnicos, disseminar essa iniciativa vitoriosa”, afirma.
A ação conjunta entre vários governos nas fronteiras também será um dos temas discutidos na conferência. “Como o SUS é um sistema universal e não exige documento para o atendimento, os municípios da região fronteiriça têm enfrentado dificuldade com pessoas que entram no Brasil”, explica o secretário. “Eles têm um orçamento baseado no coeficiente populacional e são obrigados a atender quem atravessa a fronteira em busca de atendimento, vacinação, postos de saúde e emergência.”
Neste ano, a 13ª Conferência Nacional de Saúde terá a participação recorde de cerca de 4 mil pessoas e 2,5 mil delegados, além de observadores, convidados e expositores (conferencistas, relatores e equipe de apoio). O encontro deverá debater 588 propostas, divididas em três eixos de acordo com o objetivo.
O objetivo principal da conferência é avaliar a situação da saúde de acordo com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), previstos na Constituição Federal e na Lei Orgânica de Saúde. O evento também definirá diretrizes para garantir a saúde como direito humano fundamental e como política de Estado, além de definir ações que possibilitem o fortalecimento da participação social.
Pela manhã, vão ser realizadas mesas-redondas. Após as apresentações, haverá um debate entre os expositores. À tarde, haverá dez plenárias temáticas simultâneas sobre cada eixo, cada uma com cerca de 400 delegados. É nesse momento que os delegados eleitos pelos estados votam as propostas para o SUS. O último dia será dedicado à votação na plenária final. A abertura oficial está marcada para as 19h. Às 20h, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, fará uma conferência.
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