Joanesburgo -- O Sida pode estar a matar as autoridades eleitas em alguns países do sul da África a um ritmo tão rápido que é difícil substituí-las, o que cria uma nova ameaça à democracia e à governança na região, disse um novo estudo.
O Instituto para a Democracia no Sul da África (Idasa) afirmou que um estudo dos padrões de mortalidade na África do Sul, no Malawí, na Namíbia, na Zâmbia, na Tanzânia e no Senegal indicou que a crise do Sida está a abalar os governos eleitos.
"Nossas conclusões mostraram que houve um aumento drástico no número de líderes eleitos que morreram prematuramente devido à doença", disse numa conferência recente Kondwani Chirambo, chefe de governança e do programa anti-Sida do Idasa.
"Se compararmos a tendência antes e depois do início da pandemia, vemos que os padrões de morte imitam o padrão de mortalidade entre a população em geral," disse ele.
A pesquisa de Chirambo lança uma nova luz sobre o problema da HIV/SIDA na região, no momento em que a África do Sul se prepara para sua conferência semestral sobre o Sida, que começa hoje em Durban.
O estudo mostrou que o HIV/Sida é responsável por mudanças no poder política e por sobrecarregar as verbas dos países com a reorganização de eleições.
A África subsahariana é responsável por 25 milhões dos 39 milhões de infectados com o HIV. São poucas, porém, as mortes de personalidades públicas na África que são atribuídas à doença, numa mostra do estigma que continua a acompanhar o problema no continente. (AngolaPress / 05 Junho 2007)
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