terça-feira, 22 de maio de 2007

Timor-Leste: "Não há controvérsia sobre língua portuguesa" - PR Ramos-Horta


Díli, 21/12/2007 - O Presidente da República timorense, José Ramos-Horta, afirmou hoje que "não há mais debate sobre a língua oficial" e que o programa de língua portuguesa começou a produzir resultados.

"Há uma mudança. Há cinco anos havia mais controvérsia em relação à política da língua. Hoje não", declarou o novo chefe de Estado no seu primeiro dia de trabalho no Palácio das Cinzas.

O Presidente da República recebeu em audiência o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, que esteve em Timor-Leste para assistir à tomada de posse de José Ramos-Horta.

"Continua a haver um ou outro elemento que questiona" o Português como segunda língua oficial, além do tétum, "mas no sentido de não se dar mais prioridade a outras línguas, como é o caso do inglês. Mas não há mais debate sobre a língua oficial", reiterou o Presidente da República.

"O que também me preocupo é que temos que dar atenção ao ensino da língua inglesa e bahasa indonésia como línguas de comunicação e acesso à ciência e tecnologia", notou José Ramos-Horta.

O Presidente afirmou estar "satisfeito" com os resultados do Programa de Apoio à Reintrodução da Língua Portuguesa, um dos sectores em que Portugal investiu nos primeiros cinco anos da independência timorense.

"As relações com Portugal não são apenas históricas, culturais, são relações humanas muito profundas mas também têm uma vertente pragmática para nós", afirmou José Ramos-Horta.

"Portugal é membro da União Europeia e a UE é um parceiro extremamente importante para Timor-Leste", onde Bruxelas decidiu elevar a sua representação diplomática para o nível de embaixada.

"Quem mais tem defendido os interesses de Timor-Leste dentro dessa instituição, que é o maior bloco económico e diplomático do mundo, tem sido Portugal", referiu o chefe de Estado.

"Timor-Leste não pode perder esse amigo que nos franqueia as portas" da Europa, sublinhou o Presidente da República. "Portugal garantiu que nestes seis anos Timor-Leste, país pequeno e distante, tem uma atenção pouco comum da União Europeia".
(Extrato de uma notícia da Lusa)

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