Jornal Noticias / Maputo, Sexta-Feira, 18 de Maio de 2007
O Governo vai continuar a apostar fortemente no sector do turismo, de modo a fazer com que a sua contribuição na colecta de receitas seja cada vez mais significativa. Uma promessa nesse sentido foi feita ontem em Maputo pela Primeira-Ministra, Luísa Diogo, momentos depois de inaugurar a VI edição da Bolsa de Turismo, evento que este ano conta com a participação de mais 120 expositores, entre operadores turísticos, investidores e outras entidades económicas ligadas ao desenvolvimento do sector em Moçambique e alguns países vizinhos como a África do Sul e Suazilândia.
Na ocasião, Luísa Digo considerou que alguns dos resultados da aposta do Executivo nesta área começam a ser visíveis. É que em 2005, Moçambique foi considerado o segundo país no mundo do ponto de vista de crescimento na área do turismo. Acredita-se que em 2006 o resultado também tenha sido bom, muito embora não se tenha ainda uma referência clara da evolução de outros países a nível mundial.
“Nós acreditamos neste sector e achamos que Moçambique tem um bom potencial pela sua localização geográfica do ponto de vista de turismo do mar e do ponto de vista do ecoturismo. Há poucos países que podem concorrer com Moçambique do ponto de vista de natureza”, referiu.
Falando especificamente da Bolsa de Turismo de Maputo, Luísa Diogo disse tratar-se de uma exposição que se vai consolidando e afirmando para o futuro. Acrescentou que do ponto de vista de qualidade, constata-se um crescimento acentuado, pelo que já se conseguiu fazer uma certa selectividade das empresas que, de facto, estão viradas para a área do turismo, permitindo-se que a bolsa se especialize cada vez mais.
Para a primeira-ministra, o turismo continua a ser um sector extremamente importante para o Governo, sobretudo porque é um elemento indutor, no sentido em que pode dinamizar as áreas de construção, infra-estruturas, energia, telecomunicações, artesanato, cultura, Educação e Saúde, mas também porque tem um efeito multiplicador.
“Quer dizer, induz a área infra-estrutural e tem um efeito multiplicador do ponto de vista de resultados, porque nós, ao recebermos turistas, todas as outras áreas movimentam-se para responder às necessidades que os turistas nacionais e estrangeiros têm para poderem ter um bom alojamento, uma boa estadia e queiram voltar ao local onde estiveram”, explicou.
Além de visitar a feira, Luísa Diogo lançou o Portal do Turismo, um instrumento que permite aos interessados acederem a partir de qualquer ponto do mundo às potencialidades que o país oferece. No “site” estão disponíveis informações sobre locais de entretenimento, alojamento, localização geográfica, e outros itens importantes para que o interessado possa precisar para se decidir e até marcar reservas de hospedagem.
Promovida pela Sociedade Gestora de Feiras, Exposições e Congressos (SOGEX), em coordenação com o Ministério do Turismo, a Bolsa do Turismo insere-se nas estratégias de “marketing” e promoção turística em Moçambique.
No ano passado a bolsa recebeu a visita de cerca de sete mil pessoas, número que se espera venha a ser ultrapassado este ano. Diferentemente dos anos anteriores, a VI edição da Bolsa de Turismo 2007, a decorrer até ao próximo domingo, conta com a participação de um número significativo de empresas ligadas ao sector do turismo na África do Sul.
Alguns expositores consideram esta entrada dos sul-africanos como uma mais-valia, dada a experiência que este país acumulou ao longo dos anos, sobretudo na área do turismo de conservação.
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