Nairobi, 21 de Maio de 2007 - Um alto funcionário da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) criticou as firmas farmacéuticas multinacionais que realizam testes clínicos em países em desenvolvimento sem informar adequadamente os voluntários dos possíveis riscos de tais pesquisas.
Pierre Sane, director-geral adjunto da UNESCO para as Ciências Sociais e Humanas, observou que, devido à falta de padrões éticos nas investigações científicas, as tais empresas farmacéuticas não se preocupam em obter o onsentimento informado dos voluntários que participam em tais ensaios.
Sane Falava sexta-feira na Universidade pública de Egerton, perto da cidade de Nakuru a 170 quilómetros da capital queniana, Nairoibi, onde inaugurou um centro de bio-ética.
Segundo ele, milhares de pessoas em África estão a ser seduzidas com dinheiro e outros bens para participarem em ensaios científicos sem perceberem claramente os possíveis riscos que tal envolve.
O centro de bio-ética, descrito como o primeiro do género no terceiro mundo, visa garantir a manutenção de um quadro ético para proteger a sociedade dos avanços na ciência e tecnologia, indicou Sane.
Está igualmente mandatado para promover investigação em bio-ética, criar uma plataforma de colaboração, intercâmbio e partilha de informação.
"A ciência sem ética é perigosa tal como constatado em tais testes onde os voluntários não são suficientemente informados", enfatizou. (AngolaPress)
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