Notícias / Maputo, Segunda-feira, 21 de Maio de 2007
NAVIOS de grande calado, com capacidade de transportar 60 mil toneladas, podem voltar ainda este ano a escalar o Porto da Beira, depois da conclusão de uma efectiva dragagem do canal de acesso àquele local de atracagem. Para o efeito, alguns países nórdicos, como a Holanda e a Dinamarca, acabam de desembolsar fundos para a sua comparticipação no projecto. Basicamente, pretende-se que o processo de acostagem daqueles meios de transporte marítimo venha igualmente a ocorrer durante 24 horas por dia, passando a conferir melhores condições de segurança para pessoas e bens.
O Porto da Beira deixou de receber navios de grande calado nos anos 90, principalmente por questões ligadas ao assoreamento do seu canal de acesso. Consequentemente, embarcações daquela dimensão preferem, nos últimos tempos, escalar outros pontos da região, como o Porto de Durban, na África do Sul.
Neste momento, segundo Joaquim Veríssimo, directorexecutivo da empresa de Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique-Centro, a atracagem de navios no Porto da Beira ocorre apenas de dia, porque as condições de segurança nocturna não são das melhores. Por isso mesmo, para inverter este cenário, uma dragagem de emergência, incluindo as bacias de manobras dos navios, deverá arrancar ainda neste semestre, sendo que o governo holandês investiu 12 milhões de dólares e os CFM comparticipam com seis.
Além disso, está ainda previsto para este ano a aquisição de uma draga oceânica com capacidade de 2,5 milhões de metros cúbicos de sedimentos por ano. Está também projectada a recapacitação do chamado “trem naval” de apoio à navegação, orçado em 40 milhões de dólares financiados pelo governo dinamarquês.
Entretanto, já está instituído pelo Executivo um fundo nacional de dragagem, num valor não estimado, em que os CFM comparticipam anualmente com três milhões de dólares.
“Temos também como visão a consolidação do nosso relacionamento com as companhias de navegação, porque elas é que dominam hoje toda a corrente logística e de transporte. Tudo isto vai garantir que o tráfego ferro-portuário aumente consideravelmente e que, consequentemente, as nossas receitas também cresçam, garantindo assim a rentabilização da nossa unidade empresarial e contribuindo no incremento do desenvolvimento da economia nacional”, perspectivou a fonte.
Veríssimo indicou que atenção especial está a ser prestada à consolidação da nova estrutura orgânica, destacando-se a Terminal de Petróleo e os Serviços Marítimos. Além disso, desenha-se uma nova estratégia da força de trabalho para os próximos cinco anos. “É que temos que nos preparar para o processo de globalização e introdução do novo Protocolo da SADC, que vai liberalizar alguns bens e pessoas e que, obviamente, terá certo impacto no sistema ferro-portuário, razão pela qual estamos a fiscalizar e intervir nos contratos de concessão em todos os projectos, como a reabilitação da linha de Sena e garantir que a dragagem do canal de acesso ao Porto da Beira seja efectiva”, precisou.
Para já, começam a surgir resultados positivos como consequência directa da racionalização da força de trabalho. Assim, o Conselho de Administração da empresa decidiu no ano passado pagar aos seus trabalhadores o décimo quarto salário, o que acontece pela primeira vez.
NAVIOS de grande calado, com capacidade de transportar 60 mil toneladas, podem voltar ainda este ano a escalar o Porto da Beira, depois da conclusão de uma efectiva dragagem do canal de acesso àquele local de atracagem. Para o efeito, alguns países nórdicos, como a Holanda e a Dinamarca, acabam de desembolsar fundos para a sua comparticipação no projecto. Basicamente, pretende-se que o processo de acostagem daqueles meios de transporte marítimo venha igualmente a ocorrer durante 24 horas por dia, passando a conferir melhores condições de segurança para pessoas e bens.
O Porto da Beira deixou de receber navios de grande calado nos anos 90, principalmente por questões ligadas ao assoreamento do seu canal de acesso. Consequentemente, embarcações daquela dimensão preferem, nos últimos tempos, escalar outros pontos da região, como o Porto de Durban, na África do Sul.
Neste momento, segundo Joaquim Veríssimo, directorexecutivo da empresa de Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique-Centro, a atracagem de navios no Porto da Beira ocorre apenas de dia, porque as condições de segurança nocturna não são das melhores. Por isso mesmo, para inverter este cenário, uma dragagem de emergência, incluindo as bacias de manobras dos navios, deverá arrancar ainda neste semestre, sendo que o governo holandês investiu 12 milhões de dólares e os CFM comparticipam com seis.
Além disso, está ainda previsto para este ano a aquisição de uma draga oceânica com capacidade de 2,5 milhões de metros cúbicos de sedimentos por ano. Está também projectada a recapacitação do chamado “trem naval” de apoio à navegação, orçado em 40 milhões de dólares financiados pelo governo dinamarquês.
Entretanto, já está instituído pelo Executivo um fundo nacional de dragagem, num valor não estimado, em que os CFM comparticipam anualmente com três milhões de dólares.
“Temos também como visão a consolidação do nosso relacionamento com as companhias de navegação, porque elas é que dominam hoje toda a corrente logística e de transporte. Tudo isto vai garantir que o tráfego ferro-portuário aumente consideravelmente e que, consequentemente, as nossas receitas também cresçam, garantindo assim a rentabilização da nossa unidade empresarial e contribuindo no incremento do desenvolvimento da economia nacional”, perspectivou a fonte.
Veríssimo indicou que atenção especial está a ser prestada à consolidação da nova estrutura orgânica, destacando-se a Terminal de Petróleo e os Serviços Marítimos. Além disso, desenha-se uma nova estratégia da força de trabalho para os próximos cinco anos. “É que temos que nos preparar para o processo de globalização e introdução do novo Protocolo da SADC, que vai liberalizar alguns bens e pessoas e que, obviamente, terá certo impacto no sistema ferro-portuário, razão pela qual estamos a fiscalizar e intervir nos contratos de concessão em todos os projectos, como a reabilitação da linha de Sena e garantir que a dragagem do canal de acesso ao Porto da Beira seja efectiva”, precisou.
Para já, começam a surgir resultados positivos como consequência directa da racionalização da força de trabalho. Assim, o Conselho de Administração da empresa decidiu no ano passado pagar aos seus trabalhadores o décimo quarto salário, o que acontece pela primeira vez.
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