A CHINA vai providenciar a África cerca de 20 biliões de dólares norte-americanos para o financiamento de projectos de construção de infra-estruturas e promoção do comércio durante os próximos três anos, uma decisão que “eclipsa” as contribuições de muitos doadores tradicionais no continente.
A escalada do financiamento chinês em África, que está a mexer com o Ocidente, foi anunciado, recentemente, por Donald Kaberuka, presidente do Banco Africano de Desenvolvimento, a margem da reunião anual do BAD.
O volume do financiamento chinês em África já está a começar a ultrapassar a contribuição individual dos doadores tradicionais no continente, incluindo as agencias multilaterais de desenvolvimento.
Na semana corrente, a China acolheu a reunião anual do BAD, a primeira vez que o evento foi organizado fora do continente africano. A reunião contou com a presença de 53 países africanos e 24 países não africanos, que também são membros do BAD. A mesma tinha como agenda discutir formas de estimular as economias dos países africanos.
Moçambique fez-se representar por uma delegação chefiada pelo ministro do Plano e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia.
Para alguns analistas económicos, a escala dos financiamentos da China em África já estão a começar a assumir “proporções imperiais”.
Durante o curso das reuniões mantidas no âmbito do evento, funcionários do Exim Bank da China revelaram a Kaberuka que prevêem investir perto de 20 biliões de dólares durante os próximos três anos em África.
'Esta é uma soma considerável porque revela aquilo que os doadores tradicionais terão de enfrentar”, disse Kaberuka.
Enquanto que o agregado dos donativos e empréstimos concedidos pela Europa, Estados Unidos da América e Japão para África continuam a superar a China, os mesmos são disponibilizados na forma de ajuda condicionada e geralmente acabam por não se materializar quando o país beneficiário não consegue reunir as condições impostas. Os países africanos dotados com reservas naturais, mas que acabam de emergir de uma guerra civil deveriam ser tratados pelas agências multilaterais como principais candidatos para o perdão da dívida e concessão de donativos.
Entretanto, o presidente do BAD reconhece que o fluxo de empréstimos da China representa um enorme desafio para os tradicionais doadores da Europa, Estados Unidos da América e para o próprio BAD, que estão a tentar impor critérios mais rígidos na gestão da divida dos países africanos, que recentemente se beneficiaram de um perdão totalizando 50 biliões de dólares.
A disponibilidade da China de conceder empréstimos em conformidade com a demanda de determinados países está a seduzir alguns governos africanos que não se querem submeter as condições impostas pelos doadores internacionais.
Porém, existe o receio de que alguns países poderão comprometer as suas exportações de matérias primas em acordos que a longo prazo poderão ser desvantajosos.
O Exim Bank providencia financiamentos em várias formas, algumas vezes através de créditos directos, cite-se como exemplo caso de Angola, a troco de petróleo.
Estes 20 biliões de dólares serão aplicados na implementação de projectos que já haviam sido anunciados anteriormente, incluindo a reabilitação do sistema ferroviário em Angola e Nigéria e a construção de uma barragem na Etiópia. (Mocambique / Notícias / 25 de Maio de 2007)
A escalada do financiamento chinês em África, que está a mexer com o Ocidente, foi anunciado, recentemente, por Donald Kaberuka, presidente do Banco Africano de Desenvolvimento, a margem da reunião anual do BAD.
O volume do financiamento chinês em África já está a começar a ultrapassar a contribuição individual dos doadores tradicionais no continente, incluindo as agencias multilaterais de desenvolvimento.
Na semana corrente, a China acolheu a reunião anual do BAD, a primeira vez que o evento foi organizado fora do continente africano. A reunião contou com a presença de 53 países africanos e 24 países não africanos, que também são membros do BAD. A mesma tinha como agenda discutir formas de estimular as economias dos países africanos.
Moçambique fez-se representar por uma delegação chefiada pelo ministro do Plano e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia.
Para alguns analistas económicos, a escala dos financiamentos da China em África já estão a começar a assumir “proporções imperiais”.
Durante o curso das reuniões mantidas no âmbito do evento, funcionários do Exim Bank da China revelaram a Kaberuka que prevêem investir perto de 20 biliões de dólares durante os próximos três anos em África.
'Esta é uma soma considerável porque revela aquilo que os doadores tradicionais terão de enfrentar”, disse Kaberuka.
Enquanto que o agregado dos donativos e empréstimos concedidos pela Europa, Estados Unidos da América e Japão para África continuam a superar a China, os mesmos são disponibilizados na forma de ajuda condicionada e geralmente acabam por não se materializar quando o país beneficiário não consegue reunir as condições impostas. Os países africanos dotados com reservas naturais, mas que acabam de emergir de uma guerra civil deveriam ser tratados pelas agências multilaterais como principais candidatos para o perdão da dívida e concessão de donativos.
Entretanto, o presidente do BAD reconhece que o fluxo de empréstimos da China representa um enorme desafio para os tradicionais doadores da Europa, Estados Unidos da América e para o próprio BAD, que estão a tentar impor critérios mais rígidos na gestão da divida dos países africanos, que recentemente se beneficiaram de um perdão totalizando 50 biliões de dólares.
A disponibilidade da China de conceder empréstimos em conformidade com a demanda de determinados países está a seduzir alguns governos africanos que não se querem submeter as condições impostas pelos doadores internacionais.
Porém, existe o receio de que alguns países poderão comprometer as suas exportações de matérias primas em acordos que a longo prazo poderão ser desvantajosos.
O Exim Bank providencia financiamentos em várias formas, algumas vezes através de créditos directos, cite-se como exemplo caso de Angola, a troco de petróleo.
Estes 20 biliões de dólares serão aplicados na implementação de projectos que já haviam sido anunciados anteriormente, incluindo a reabilitação do sistema ferroviário em Angola e Nigéria e a construção de uma barragem na Etiópia. (Mocambique / Notícias / 25 de Maio de 2007)
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