quinta-feira, 24 de maio de 2007

MST lança oficialmente o seu quinto Congresso Nacional

Gisele Barbieri, de Brasília (DF)

A invasão das transnacionais no país, a expansão das monoculturas de cana-de-açúcar para a produção do etanol e a comercialização constante dos nossos recursos naturais, que colocam em risco a soberania alimentar, são alguns dos temas que pautam o quinto Congresso Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O lançamento oficial da atividade foi realizado na última semana. O Congresso - que costuma acontecer de cinco em cinco anos -será realizado em Brasília (DF) entre os dias 11 e 15 de junho com o tema "Reforma Agrária: Por Justiça Social e Soberania Popular".


No ato de lançamento, João Pedro Stédile, integrante da Direção Nacional do MST, relembrou o início das lutas dos trabalhadores rurais que originaram a formação do MST e enfatizou que no movimento existe um coletivo de trabalhadores que através de lutas pontuais foram construindo esta história, até ela ser reconhecida pela sociedade como legítima. Para Marina dos Santos, integrante da coordenação nacional em Brasília (DF), os desafios neste Congresso são muitos.


"Todos os temas de estudo do Congresso estão relacionados tanto no sentido da gente compreender o momento histórico, político da sociedade e pensar as propostas que nós temos, em relação à natureza da reforma agrária no país neste momento. Perspectiva de que a terra não é a coisa mais importante da conquista dos trabalhadores, mas sim a reconstrução da sua dignidade".


Em cada Congresso o MST busca reafirmar o compromisso dos trabalhadores e trabalhadoras com a luta pela reforma agrária. O Movimento está organizado desde 1984 e hoje atua em 24 estados, envolvendo mais de 1,5 milhão de pessoas. Cerca de 350 mil famílias estão assentadas, porém 150 mil ainda vivem em acampamentos. A expectativa é de que aproximadamente 15 mil trabalhadores rurais de todo o país estejam presentes no Congresso.
(Radioagência NP)

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