segunda-feira, 4 de junho de 2007

Moçambique / Governo autoriza revisão dos currículos universitários para rápida integração na SADC

O GOVERNO moçambicano instou há dias todas as instituições de ensino superior a iniciar com o processo de reflexão interna sobre os programas de ensino, atendendo aos desafios nacionais e globais e à integração a nível da SADC. Esta informação foi tornada sexta-feira em Maputo, à margem da cerimónia de tomada de posse dos novos directores de áreas da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), evento orientado pelo Reitor Filipe Couto.

Segundo um despacho do Ministro da Educação e Cultura, Aires Ali, de 29 de Maio último, futuramente será nomeada uma comissão central para a revisão da Lei do Ensino Superior e outra para conduzir o processo de reflexão de todo o subsistema do ensino, tendo em vista assegurar que o nosso país esteja à altura de interagir com as restantes universidades da região.

As mudanças vão implicar reformas profundas nos currículos, formas de admissão dos estudantes, desenvolvimento e gestão do corpo docente e até na estrutura e conteúdos dos graus académicos oferecidos pelas instituições do ensino superior.

Moçambique assinou, juntamente com outros países, o Protocolo de Educação, em Blantyre, Malawi, a 8 de Setembro de 1997, no qual se definiam como prioridades, a necessidade de uso racional dos meios e recursos humanos para o desenvolvimento da SADC, apostando na formação de recursos humanos de forma concentrada e numa perspectiva de alcance regional.
O protocolo prevê intercâmbio de docentes e estudantes entre outros aspectos que visam o benefício de todos os signatários.

Um dos exemplos apontados pelo Governo sobre a necessidade de revisão do actual currículo no ensino superior tem a ver com os qualificadores de carreiras profissionais no sector público e os empregadores, em geral, que se servem, para além de outros critérios, da actual estrutura dos graus académicos para fixarem salários. Assim, a revisão da lei do ensino superior visa dar espaço a estas reformas.

Entretanto, Filipe Couto, Reitor da UEM, disse que a sua instituição deve ser pioneira nestas mudanças, razão pela qual uma das vias a ser usada para rapidamente os quadros nacionais ombrearem com os da região, é uma harmonização rápida dos sistemas educacionais que permita um intercâmbio salutar.

Segundo Filipe Couto, para uma boa gestão das suas infra-estruturas, a UEM deve começar a pensar em combater o esbanjamento de meios, optando ainda pela valorização dos recursos da casa, como estudantes e docentes, de modo a suprimir a contratação de empresas de fora e que acarretam custos elevados para resolverem problemas que dizem respeito à universidade.

Tomaram posse como novos directores da UEM, António dos Santos Matos (Administração do Património e Meios Materiais), Almeida Alberto Sitoe (Direcção Pedagógica) e José Leopoldo Nhampossa (Registo Académico). (Noticias / 4 Junho 2007)

Nenhum comentário: