terça-feira, 5 de junho de 2007

Moçambique / Estado deve ser mentor e promotor das reformas -- PM Luísa Diogo na abertura de um seminário

A primeira-ministra Luísa Diogo recordou ontem aos governadores provinciais e secretários permanentes ao mesmo nível que o Estado deve sempre ser visto como mentor e promotor das reformas. Tal significa que sobre eles recaem responsabilidades especiais. Este pronunciamento foi proferido na Beira, na abertura de um seminário que, segundo a governante, resulta de uma convicção de que há, certamente, uma forma diferente e melhor de fazer as coisas, pelo que se torna um imperativo perante o trabalho que se realiza na busca de novas experiências e conhecimentos, métodos e práticas que possam contribuir para a aceleração das acções rumo ao progresso económico e social.

Maputo -- Trata-se de um curso, o segundo do género, com apoio do Instituto Superior da Administração Pública e a Commanwealth. O primeiro aconteceu em Março passado e estava destinado aos ministros e respectivos secretários permanentes.

Luísa Diogo lembrou igualmente na ocasião que a concretização da nobre missão de combate à pobreza exige de todos uma busca permanente de soluções acertadas e concertadas para uma melhor organização do Estado, tornando-o num agente activo e promotor de desenvolvimento e onde os actores, sobretudo os dirigentes, têm um alto sentido de liderança e comprometimento com o melhor servir os cidadãos.

Uma das prioridades do Governo, segundo a PM, é a adopção e implementação de políticas e estratégias consentâneas com os desafios presentes e futuros, bem como com as expectativas dos cidadãos. Isto exige dos dirigentes, em particular a nível provincial, uma elevada capacidade de compreender o processo da evolução económica, social e política tanto no plano interno como internacional, sabendo transformar as advesidades em desafios no processo de combate à pobreza.

“Por isso, para o alcance dos objectivos nobres da nossa governação a todos os níveis, o dirigente deve, continuamente, preocupar-se em se informar e formar-se, de modo a que esteja sempre actualizado, em liderar através do seu exemplo, em ser uma referência positiva e inspirada, ser capaz de partilhar e transmitir aos seus subordinados e colaboradores uma visão clara das mudanças que realizamos, para que eles se apropriem dessa nova visão”, disse a PM.
Resumindo, disse que se deve incidir as acções no estabelecimento, com clareza, dos objectivos e metas que se pretendem alcançar em cada momento da acção governativa, para que todas as iniciativas concorram para um projecto comum partilhado e assumido por todos, cultivando-se e alimentando-se deste modo o espírito de equipa.

“Este é um exercício que requer uma permanente mudança e melhoria da nossa atitude e da nossa qualidade de liderança, para estarmos na vanguarda no processo de desenvolvimento. A realização deste curso surge da necessidade de harmonizar a nossa actuação a todos os níveis, de modo a que a nossa governação seja um processo uniforme, pois todos nós estamos comprometidos com a nossa causa de servir Moçambique e os moçambicanos”, disse.

Citou o presidente Guebuza a dizer, durante o curso realizado em Março e dirigido aos ministros e secretários permanentes, que o chefe não é a chave que abre todas as portas. Isto remete a uma profunda reflexão para a necessidade contínua e permanente de partilhar conhecimentos com as equipas de trabalho, levando a que, com o saber de todos, se possam, de facto, abrir todas as portas que dão acesso a novas ideias, novas atitudes, novas práticas, novos modelos de organização institucional, que, por seu turno, propiciem o desenvolvimento tangível, do qual todos, em particular os cidadãos, se possam orgulhar. (Noticias / Eliseu Bento / 05 junho 2007)

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