terça-feira, 5 de junho de 2007

Timor-Leste / So a FRETILIN pode garantir a soberania economica

FRENTE REVOLUCIONÁRIA DO TIMOR-LESTE INDEPENDENTE

FRETILIN

Comunicado de imprensa

3 Junho 2007

O Secretário Geral da Fretilin Mari Alkatiri desafiou os críticos do governo da Fretilin para que expliquem quais são as suas políticas concretas que possam ser equiparadas a estratégia do seu partido quanto a defesa da soberania económica de Timor-Leste e de uma gestão económica forte.

Dr Alkatiri disse que a Fretilin está no governo há cinco anos e herdou uma economia em total desordem.

"Temos vindo a contruir os alicerces para uma independência económica de Timor-Leste desde 2002. Agora os que nos criticam dizem que podem fazer melhor. Encorajamo-os a explicar, exactamente ao povo, como é que as suas políticas poderão preservar a nossa independência e criar uma sociedade próspera em que todos os cidadãos tenham os mesmos direitos", disse ele.
O Dr. Alkatiri, que foi alvo de duras criticas por parte da Austrália pelo modo como dirigiu as negociações do petróleo no Mar de Timor, é o número dois na lista dos deputados para as eleicções legislativas a ter lugar no dia 30 de Junho de 2007. A sua capacidade de gestão foi reconhecida, mesmo por aqueles que mais o criticaram, durante o periodo em que foi Primeiro Ministro. É largamente considerado como o arquitecto da política económica nacionalista consistente de Timor-Leste.

"Vivemos num mundo globalizado de alta competição", continuou Dr. Alkatiri. Muitos paises que lutaram arduamente para alcançarem a sua independência, perderam-na simplesmente por não terem conseguido controlar a sua própria economia. Observamos que grande parte dos países da nossa região perderam o controlo do seu país, dos seus recursos naturais, e ainda da sua mão de obra, porque se viram forçados a emigrar à procura de trabalho noutros sítios. Pequenos paises como Timor-Leste são especialmente vulneráveis".

O Dr. Alkatiri referiu-se a algumas das mais importantes conquistas da Fretilin. "Todos sabem que fizemos um acordo do petróleo melhor do que aquele que o governo da Austrália nos queria dar. Possuimos uma política de gestão dos rendimentos do petróleo a qual garantirá a nossa independêndencia por muitas décadas.

Recusamos a pedir dinheiro emprestado, porque sabiamos que as potências estrangeiras tem usado empréstimos para controlar a politica dos paises devedores. Criamos um sistema forte para controlar os investimento estrangeiro, e prevenirmo-nos de perder o controlo dos nossos recursos vitais, incluindo a nossa terra. Muito recentemente completamos o plano para o programa de desenvolvimento nacional acelarado, para construimos a nossa rede de estradas, a nossa rede de electricidade, o nosso sistema de fornecimento de àgua e a nossa mão de obra".
"Os partidos da oposição nunca propuseram e ainda não têm propostas alternativas detalhadas em relação a nossa estratégia", afirmou o Dr. Alkatiri.

"Isto porque eles ainda não têm politicas que garantam protecção aos nossos recursos vitais. O nosso recentemente eleito Presidente, afirma agora que ele tem melhores ideias para redução da pobreza e que a Fretilin o impediu de implementar quando ele ainda era Primeiro-Ministro. Esta é também uma conversa sem nexo. Não nos esqueçamos que ele também foi membro do governo que elaborou estas politicas; ele estava presente nas reuniões do Conselho de Ministros quando o assunto foi debatido. Ele propôs alternativas?"

Alkatiri continuou: "O nosso ex-Presidente alega que usamos as nossas viaturas e posições apenas para beneficio próprio. As pessoas dizem coisas dessas em campanhas eleitorais. É muito fácil ser-se demagogo nos comícios. Todos nós aprendemos estas destresas durante o período de resistência.

Uma nova forma de liderança é necessária para as tarefas complexas de gestão económica. Todos os nossos lideres precisam de aprender novas coisas, como gerir a economia e finanças quer se esteja no governo ou na oposição. Não deveriamos depender dos peritos estrangeiros para gerir o nosso país. Sim, precisamos e apreciamos toda a ajuda técnica de peritos internacionais, mas os Timorenses devem liderar e devem saber como o fazer.

"Debater é bom para a democracia. Desafiamos todos os partidos da oposição para debater connosco, a gestão económica de Timor-Leste. Deixemos que seja o povo a decidir quem está melhor capacitado para defender a nossa independência económica sob as novas condições do século 21. Nós temos esta dívida para com os irmãos e irmãs que morreram pela independência. Se nós não conseguirmos ter uma política económica correcta, as potências estrangeiras usarão o dinheiro deles para retirar de nós a nossa soberania – a causa pela qual os nossos mártires lutaram e morreram".

Para mais informações, contacte: Jose Teixeira (+670) 728 7080, fretilin.media@gmail.com, www.timortruth.com, www.fretilin-rdtl.blogspot.com

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