sexta-feira, 3 de maio de 2013

Brasil/Moradores de Bauru (SP) protestam contra excomunhão de padre



2 maio 2013, Gazeta do povo http://www.gazetadopovo.com.br (Brasil)

A Diocese de Bauru disse que o bispo d. Caetano Ferrari não comentaria as declarações do padre Beto sobre semelhança do ato de excomunhão da Igreja com as posições do deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC-SP)


Moradores de Bauru, no interior de São Paulo, se organizam para protestar contra a excomunhão do padre Roberto Francisco Daniel, o padre Beto. Menos de três dias após o anúncio do ato pela Igreja Católica, milhares de simpatizantes do padre já se declararam contra a excomunhão.

Uma moção de repúdio à decisão da Igreja postada na segunda-feira (29), havia recebido mais de 3,5 mil adesões até o fim da tarde de quarta-feira (1º) e a expectativa é de atingir 5 mil nesta quinta (2). O grupo Eu Apoio Padre Beto, formado na segunda, na internet, já contava com mais de 2,1 mil participantes.


Outro protesto está marcado para o sábado (4), com concentração em frente da Catedral Divino Espírito Santo, na Praça Rui Barbosa, centro da cidade. Entre os organizadores estão dois grupos de simpatizantes do padre e a Associação Bauru pela Diversidade, a mesma que organizou a Parada Gay na cidade, que reuniu 50 mil pessoas.

O vereador Marcos Souza (PMDB), o Marquinhos da Diversidade, estima que entre 1,5 mil e 2 mil pessoas devam comparecer ao ato. “O padre Beto é muito querido, não só por seu comportamento exemplar de tratar todas as pessoas sem preconceito, mas também pelos trabalhos sociais que ele realiza.”

A Diocese de Bauru disse que o bispo d. Caetano Ferrari não comentaria as declarações do padre Beto sobre semelhança do ato de excomunhão da Igreja com as posições do deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), conhecido por suas declarações de preconceito contra homossexuais e negros. Segundo a assessoria da Diocese, o bispo está proibido de fazer comentários sobre o assunto por causa do sigilo imposto pelo processo de demissão do estado clerical que a Igreja move contra padre Beto.

A Diocese de Bauru disse que o bispo d. Caetano Ferrari não comentaria as declarações do padre Beto sobre semelhança do ato de excomunhão da Igreja com as posições do deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC-SP)

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Brasil/Moção de Repúdio pela Excomunhão de Pe. Beto

http://www.avaaz.org/po/petition/Mocao_de_Repudio_pela_Excomunhao_de_Pe_Beto/

Por que isto é importante

Nós, abaixo assinados, por meio desta repudiamos veementemente excomunhão de Pe. Beto da Igreja Católica Apostólica Romana.

Pe. Beto age como o evangelho nos manda, amando ao próximo sem distinção, pois, todos fomos criados à Imagem e semelhança do Pai e este não faz diferença de seus filhos por cor, raça, orientação sexual ou qualquer outra particularidade.

Jesus nos disse para o seguimos da forma que estivermos. Pe Beto diz o mesmo, levando o evangelho puro e vivo, sem dizer e sem acusar quem está certo ou errado.

Que moral tem a ICAR de perseguir aquele que ama os teus verdadeiramente, sendo que seu telhado é de vidro e cheio de pó embaixo do tapete?

Sendo assim, mais uma vez repudiamos atitude tão vil daquela que diz ser a portadora da mensagem de Cristo!

Mateus 7,15-20.
"Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes.
Pelos seus frutos, os conhecereis. Porventura podem colher-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?
Toda a árvore boa dá bons frutos e toda a árvore má dá maus frutos.
A árvore boa não pode dar maus frutos nem a árvore má, dar bons frutos.
Toda a árvore que não dá bons frutos é cortada e lançada ao fogo.
Pelos frutos, pois, os conhecereis."

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Postado 29 abril 2013

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Brasil/Padre diz estar "honrado" após ser excomungado
1 maio 2013, Jornal O tempo online http://www.otempo.com.br (Brasil)

Bauru. Um dia após ser excomungado pela Igreja Católica em Bauru (a 329 km de São Paulo) por fazer declarações em apoio aos homossexuais, o padre Roberto Francisco Daniel, o padre Beto, diz que se sente "honrado por pertencer à lista de pessoas punidas por buscar o conhecimento". Beto foi excomungado por não pedir desculpas pelos vídeos em que aparece contestando dogmas e princípios morais conservadores da Igreja.

A excomunhão do padre foi divulgada anteontem pela Diocese de Bauru. Em comunicado, a diocese diz que Beto cometeu
gravíssimo delito de heresia" e traiu o "compromisso de fidelidade à Igreja a qual ele jurou servir no dia de sua ordenação sacerdotal".

Em nota distribuída, ontem, pela assessoria do bispado de Bauru, o juiz-instrutor da excomunhão diz que o ato se deu porque padre Beto não obedeceu aos superiores e insistiu em manter um comportamento em desacordo com as regras do sacerdócio.

Beto havia recebido prazo do bispo de Bauru, Caetano Ferrari, 70, para se retratar e "confessar o erro" cometido em declarações divulgadas na internet nas quais afirma que existe a possibilidade de amor entre pessoas do mesmo sexo, inclusive por parte de bissexuais que mantêm casamentos heterossexuais.

Beto optou por não se retratar e pediu afastamento da Igreja no último sábado.
Anteontem, o bispo disse que não aceitaria o pedido e publicou a excomunhão. Para comentar a excomunhão, usou sua página numa rede social. "Eu me sinto honrado em pertencer à lista de muitas pessoas humanas que foram assassinadas e queimadas vivas por pensarem e buscarem o conhecimento. Agradeço à Diocese de Bauru", afirmou.

O padre, que já era bastante conhecido em Bauru, ganhou atenção das imprensas nacional e internacional. Fiéis admiradores do religioso estão se preparando para realizar um protesto. Uma moção de repúdio online contra a excomunhão já reunia mais de 2.000 adesões no início da tarde de ontem.

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