sábado, 6 de outubro de 2007

Moçambique/Noruegueses avaliam recursos pesqueiros

A costa moçambicana está, desde a semana passada, a ser alvo de uma pesquisa que visa fazer o levantamento de todos os recursos pesqueiros existentes.

Maputo, 5 outubro 2007 - Trata-se de segundo estudo do género realizado no pais desde a independência nacional (1975), sendo que, desta vez, irá também apurar os efeitos do aquecimento global nos recursos pesqueiros.

Segundo uma fonte do ministério das Pescas, este trabalho irá ditar as medidas a tomar para a continuação da exploração desses recursos no país.

O estudo está a ser realizado pelo cruzeiro norueguês de pesquisa 'Dr. Fridtjof Nansen', em Maputo no quadro das comemorações dos 30 anos da cooperação entre aquele reino e Moçambique no domínio das pescas.

Falando na ocasião da recepção do cruzeiro, o Ministro das Pescas, Cadmiel Muthemba, enalteceu a importância desse estudo uma vez que deverá contribuir para a melhoria das condições de vida da população residente ao longo da costa moçambicana, com mais de 2.700 quilómetros de extensão.

”Desde sempre defendemos uma pesca baseada no conhecimento, daí terem sido realizados estudos nessa área logo depois da independência nacional, em 1975”, disse o Ministro.

Cadmiel Muthemba referiu que a informação recolhida na primeira pesquisa permitiu a elaboração do Plano Director das Pescas até agora em vigor no país.

Por seu turno, o embaixador da Noruega em Moçambique, Thorbjorn Gaustadsather, disse que este tipo de pesquisa, combinada a gestão, formação e educação sobre esta matéria, constitui uma componente importante para o combate a pesca ilegal.

”A pesca ilegal representa uma perda anual de quase nove biliões de dólares norte-americanos ao nível global. Em Moçambique esta perda atinge perto de 40 milhões de dólares”, disse.

Assim, ele defendeu a necessidade de o país trabalhar mais no sentido de garantir uma gestão sustentável dos recursos marinhos.

Esta pesquisa irá decorrer durante 90 dias, envolvendo igualmente técnicos noruegueses, moçambicanos e de alguns países da África Austral. (Notícias)

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