sábado, 6 de outubro de 2007

Angola/Mais de 100 poços de petróleo serão perfurados até 2012

Luanda, 5 outubro 2007 - O presidente do conselho da administração da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (SONANGOL), Manuel Vicente anunciou em Luanda que os recursos geológicos disponíveis no país permitirão perfurar mais de 100 poços de petróleo nos próximos cinco anos.
Segundo Manuel Vicente que dissertava quinta-feira na II Conferência e Exposição Regional da África Ocidental sobre Exploração e Produção em Águas Profundas que decorre até sábado na capital angolana, foram até agora perfurados 155 poços de exploração e avaliação, com uma taxa de sucesso de mais de 80 por cento.
"As reservas actuais do gás associado estão estimadas em 12 mil milhões de pés cúbicos, viabilizando a produção do projecto de gás liquefeito denominado "Angola LNG", que prevê produzir cinco milhões de toneladas anuais a partir de 2012", salientou este responsável.
O presidente da SONANGOL que considerou Angola "um dos exemplos na exploração petrolífera da região ocidental de África", aguarda pela entrada em produção de novos blocos em águas profundas, nomeadamente os poços "Paz Flod" e o "Clov", no bloco 17 e "Satélite", no bloco 15, o projecto "Tômbwa" e "Lândana".
O "Grande Plutónio", (navio de produção e armazenamento de petróleo) localizado no bloco 18, iniciou a produção recentemente.
Prevê-se ainda o início da produção em águas ultra-profundas nos blocos 31 e 32, respectivamente em 2011 e 2012.
A actual produção petrolífera em Angola estima-se em 1,7 milhões de barris/dia, prevendo-se que em 2008 atinja a meta de dois milhões de barris.
"Em Angola, a indústria petrolífera atingiu o auge da sua história ao ter alcançado em termos de investimentos no valor de 48,3 mil milhões de dólares, uma aposta empreendida até ao primeiro semestre deste ano", frisou Manuel Vicente.
Na sua intervenção, destacou os projectos dos blocos 14, 15, 17 e 18 em águas profundas e ultra-profundas, acrescentando que entre 1980 e 2007 foi constatada tendência de aumento do investimento na actividade de exploração, como resultado da estratégia do reforço desta actividade para o aumento das reservas do país, assegurando a reposição da produção.
Para os próximos quatro anos, o sector deverá investir 66 mil milhões de dólares, dos quais 51,6 mil milhões em projectos em águas profundas e ultra-profundas e em novos blocos licitados.
Para este ano, a companhia petrolífera estatal realizará novos concursos para licitação de mais blocos, continuando assim os seus objectivos, que consistem na manutenção e reposição das reservas petrolíferas e no aumento dos níveis de produção.
De acordo com o presidente SONANGOL, essa tarefa visa alcançar os desafios de exploração e produção de hidrocarbonetos no país, tanto em "on-shore" como em "off-shore". (Notícias Lusófonas)

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