27 maio 2016,
Pravda.ru http://port.pravda.ru
(Rússia)
Parece que todos os pervertidos políticos do planeta
estão conectados na atual House of Cards à brasileira, para oferecer festim sem
interrupção de emoções baratas.
A mais recente reviravolta do script foi
o vazamento de conversa entre um dos operadores chaves envolvidos no escândalo
de corrupção na gigante Petrobras e um senador que acabou por ter vida curta
como Ministro do Planejamento do governo provisório usurpador que atualmente
substitui a presidenta Dilma Rousseff, enquanto ela enfrenta processo de
impeachment pelo Senado.
O vazamento pode ser descrito como rápida autópsia do que, desde o início nunca passou de golpeachment; mistura de "golpe" e "impeachment" que aconteceu em votação em duas etapas no Congresso (Câmara de Deputado e Senado) do Brasil, e quando uma conhecida congregação de escroques investigados por incontáveis crimes e infrações tomaram o poder em Brasília, numa espantosa ópera bufa. Para mim, são a República das Bananas dos Escroques Provisórios (ReBEP).
Conheçam o Morto Vivo interino
O vazamento/autópsia revelou como avançou o câncer ReBEP. Um dos conspiradores-chefe delineou o golpe; explica que é indispensável proteger a cleptocracia/plutocracia brasileira contra consequências não desejadas da investigação da corrupção que já dura dois anos, chamada "Operação Lava-jato"; e como a esquerda -- da presidenta Rousseff até Lula e o Partido dos Trabalhadores, PT -- têm de ser criminalizados
a qualquer
custo.O vazamento pode ser descrito como rápida autópsia do que, desde o início nunca passou de golpeachment; mistura de "golpe" e "impeachment" que aconteceu em votação em duas etapas no Congresso (Câmara de Deputado e Senado) do Brasil, e quando uma conhecida congregação de escroques investigados por incontáveis crimes e infrações tomaram o poder em Brasília, numa espantosa ópera bufa. Para mim, são a República das Bananas dos Escroques Provisórios (ReBEP).
Conheçam o Morto Vivo interino
O vazamento/autópsia revelou como avançou o câncer ReBEP. Um dos conspiradores-chefe delineou o golpe; explica que é indispensável proteger a cleptocracia/plutocracia brasileira contra consequências não desejadas da investigação da corrupção que já dura dois anos, chamada "Operação Lava-jato"; e como a esquerda -- da presidenta Rousseff até Lula e o Partido dos Trabalhadores, PT -- têm de ser criminalizados
O resto seria história, inclusive a demolição -- pela imposição de uma restauração neoliberal -- dos direitos sociais e trabalhistas recentemente conquistados no Brasil; reversão total na política exterior, com as relações geopolíticas e geoeconômicas devolvidas ao quadro mental mais colonizado que o Brasil conheceu; e o restabelecimento no poder hegemônico, de uma classe conservadora, neoliberal rentista, com plenos poderes sobre uma sociedade que chegou a ser democrática e socialmente orientada.
Combina perfeitamente com a atual configuração do Congresso brasileiro hoje dominado por interesses "BBB" -- as bancadas do Boi (o poderoso lobby do agronegócio); da Bala (o complexo de armas e da segurança privada); e da Bíblia (fanáticos evangélicos) -- todos esses apoiados pela mídia-empresa. Muitos desses impalatáveis personagens são conectados e/ou representam a tóxica aristocracia rural brasileira -- que são de fato herdeiros de títulos nobiliárquicos distribuídos aos proprietários de escravos do Brasil colonial.
Tudo estava indo muito bem nos primeiros dias -- e até o ex-presidente da Câmara de Deputados e escroque conhecido, Eduardo Cunha, havia sido temporariamente afastado; Cunha -- coordenador de uma máfia de financiamento de campanhas eleitorais dentro do Congresso -- atuava como um primeiro-ministro de facto do então vice-presidente fantoche e hoje presidente interino Michel Temer.
Temer O Usurpador -- que na verdade pode tornar-se Temer O Breve -- sempre esteve sob sítio, desde que tomou o poder. A impopularidade do homem alcança níveis de Kim Jong-Un reverso, e já chega a quase 99%. A vasta maioria dos brasileiros o quer impichado. É mencionado em vários escândalos de corrupção. Hoje, nada faz além de nomear, como nomeador serial, lista que parece infinita de ministros envolvidos, eles também, em incontáveis escândalos de corrupção.
Problema é que a gangue da República das Bananas dos Escroques Provisórios (ReBEP) simplesmente não pode separar-se de Temer [vice-presidente legal, cuja presença no atual governo é o único tênue fiapo de legalidade que ainda impede que o golpeachment seja exposto como o golpe que é (NTs)] -- porque sem Temer a gangue golpista perde todo o poder.
O vazamento do Diálogo dos Grandes Escroques prova conclusivamente que a Operação Lava-jato foi instrumentalizada para criminalizar o Partido dos Trabalhadores e derrubar a presidenta Rousseff, ao mesmo tempo em que a farsa do golpeachment avançava paralelamente, de modo a assegurar que forças políticas tradicionais jamais fossem apanhadas na rede da Lava-jato.
O Diálogo dos Grandes Escroques aconteceu há mais de dois meses -- e vazou pelo menos três semanas antes de a farsa do golpeachment alcançar o auge naquela sinistra, medonha sessão de votação na Câmara dos Deputados. O que nos leva a uma questão chave: por que o procurador-geral e o juiz federal da vara de Curitiba encarregados da investigação chamada Lava-jato não revelaram aquela informação e/ou por que não tomaram qualquer medida imediata?! Porque se o Judiciário brasileiro tivesse revelado as informações contidas no Diálogo dos Grandes Escroques -- e tomado as medidas cabíveis -- o golpeachment teria de ter sido abortado.
O fato de nada ter vazado há dois meses enche de suspeitas todas as cabeças e mentes sérias do país. No Diálogo dos Grandes Escroques o senador Romero Jucá fala com [Sérgio Machado, da Transpetro] conhecido nodo numa cadeia de corrupção histórica que existe dentro da gigante petroleira Petrobras desde os governos de Fernando Henrique Cardoso nos anos 1990s. Atuou na alta cúpula da administração de todos os governos no Brasil, ao longo dos últimos 22 anos. Implica que o senador sempre foi o Escroque em Chefe e escroque leva-e-traz de seu partido político, o PMDB.
Mas nada disso sequer se aproxima da gravidade que é a dupla admitir que toda a agenda oculta do golpeachment visou a deter as investigações de corrupção, e foi parte de acordo mais amplo e que envolveu seletos juízes da Suprema Corte no Brasil. Se não se tratasse da House of Cards à brasileira, toda a conspiração desse golpeachment teria de já ter sido declarada nula e sem efeitos.
Mas, como venho dizendo e insistindo desde as primeiras escaramuças, o golpe em curso no Brasil é sofisticada operação político-financeira-'jurídica'-midiática tipo Guerra Híbrida. E será muito difícil deslindá-la.
A lógica do escândalo perpétuo
Como se pode ver, os historiadores do futuro já receberam o resumo da narrativa a reproduzir -- bem clara no Diálogo dos Grandes Escroques: o golpeachment de 2016 foi trama urdida por um bando de políticos canalhas, fazendo de tudo para escapar da prisão.
Temer o Breve, fantoche de segunda categoria, já está sob sítio. Os dois agentes que o manipulam- - Cunha, o ex-presidente da Câmara de Deputados; e Jucá, seu ex-ministro do Planejamento de curto mandato -- estão agora obrigados a só operar nas sombras. Na prática, significa que conseguir que o Congresso aprove políticas econômicas profundamente impopulares será ainda mais difícil.
O reinado de Temer O Breve é indiscutivelmente ilegítimo. Ninguém; já ninguém está engolindo a farsa, nem os atores privilegiados -- a Deusa do Mercado, sortimento variado de empresários e até alguns setores da mídia-empresa dominante. Ao mesmo tempo, a rua brasileira não se calará. Essa é a estratégia de Rousseff e do Partido dos Trabalhadores, PT (mas não basta).
Assim sendo... o que acontecerá na sequência? A única via para que Rousseff seja reinvestida na presidência é que ela e seu partido construam narrativa crível das prioridades do país, com vistas às eleições presidenciais de 2018. Implica muita conversa de bastidores e muita negociação política -- áreas em que Rousseff não é muito competente.
A nova normalidade no Brasil -- já descrita como o novo presidencialismo condominial -- envelopa agendas conflitantes, sem qualquer consenso à vista. Deve-se esperar que a nação permaneça atolada, ainda por muito tempo, na lógica do escândalo perpétuo.
A variável chave de agora em diante é como a gangue da República das Bananas dos Escroques Provisórios manobrará -- possivelmente ilegalmente -- para manter-se agarrada ao poder. O Ministério Público e a Polícia Federal estão completamente politizadas. Cada vez mais se vê que não há poderes de mediação. A gangue da República das Bananas dos Escroques Provisórios, ReBEP, não arrastará prisioneiros. O Ministério Público sairá à caça de Lula; e o Procurador Geral tentará bloquear qualquer possibilidade de Rousseff ser reposta no poder.
Enquanto isso, os social-democratas neoliberais -- associados de cama e mesa da gangue da República das Bananas dos Escroques Provisórios -- continuarão a avançar a própria agenda: privatizações hardcore; bandeja para entregar a exploração dos depósitos de petróleo do pré-sal ao Big Oil dos EUA; almofadinhas para se ajoelharem como vassalos aos pés de Washington. Basta examinar o interesse extremo que o Departamento de Justiça dos EUA tem mostrado por tudo que tenha a ver com a investigação Lava-jato, e logo se percebe que Washington está profundamente interessada no desmonte das principais empresas brasileiras.
E quanto aos BRICS?
No momento, o Brasil está globalmente isolado. Só Maurício Macri, presidente argentino amigo dos fundos abutres, reconheceu até agora o governo golpista da gangue da República das Bananas dos Escroques Provisórios. A República das Bananas dos Escroques Provisórios idolatra Macri, como se fosse a Beyoncé; absolutamente a-do-ra Macri, matador de um ciclo de governos inclusivos na Argentina.
Washington ainda não teve colhões para reconhecer oficialmente os Escroques no Poder --, e passou a tarefa a escalões inferiores, como o embaixador interino na OEA. Mas a mensagem é claríssima: o golpeachment é legal, e Washington confia nas "instituições democráticas" do Brasil. MUITO DIFERENTE do Ministério de Relações Exteriores da Rússia, que alertou contra "interferência estrangeira" nos assuntos do Brasil.
O novo ministro de Relações Exteriores -- perdedor insistente de (perdeu duas vezes) eleições presidenciais vencidas pelo Partido dos Trabalhadores -- não demorou a lançar sua política gloriosa de Vassalo do Big Capital de Washington/EUA. E já lançou "ameaça" velada contra Cuba, Venezuela, Nicarágua, Bolívia, Equador e El Salvador. O Mercosul será posto de lado, em favor da Aliança do Pacífico -- na qual México, Peru e Colômbia já se meteram sob a saia de Washington. Unasul será isolada.
E na sequência, o sorvete azedado no bolo dos escroques: o "B" de BRICS é posto para dormir. Significa que o papel do Brasil no banco dos BRICS estará muito gravemente prejudicado. Claro: o grupo BRICS nunca foi grupo homogêneo e sempre viveu eivado de interesses conflitantes. Por exemplo, o acordo de partilha nuclear da Índia com os EUA efetivamente acabresta o país, sob controle dos EUA. A próxima reunião dos BRICS acontecerá na Índia, em outubro. O Brasil está exposto à vergonha de aparecer lá representado pela gangue da República das Bananas dos Escroques Provisórios.
Entrementes, que ninguém se engane: assim como a investigação Lava-jato já foi exposta como processo político não judicial -- para o qual combater a corrupção não passa de cobertura útil -- a República das Bananas dos Escroques Provisórios e seus aliados e agentes farão de tudo para se livrarem das eleições diretas à presidência marcadas para 2018. E assim, eis o lamentável mapa do caminho até 2018: rumo ao mais total caos nos campos político, econômico, social e judiciário.
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Brazil: The Provisional Banana Scoundrel Republic
24.05.2016, Sputnik News http://br.sputniknews.com (Rússia)
Every political junkie on the planet has to be glued to the ongoing Brazilian House of Cards, consistently offering an unparalleled feast of cheap thrills.
The latest cliffhanger was the leak of a
conversation between one of the key operators involved in the
oil giant Petrobras corruption scandal and a senator and short-lived Minister
of Planning in the usurper interim government currently replacing
President Dilma Rousseff while she is undergoing an impeachment trial
by the Senate.
Call the leak a short autopsy of what
from the beginning should have been defined as golpeachment; a mix
of coup (“golpe”, in Portuguese) and impeachment, which took place
in a one/two sequential vote in the Brazilian Congress and Senate,
as a notorious congregation of crooks investigated for myriad
offenses and crimes seized power in Brasilia in a full-fledged
Buffon’s Opera. I call their scam Provisional Banana Scoundrel Republic (PBSR).
Meet the interim Walking Dead
The leak/autopsy duly unveiled how the PBSR
cancer progressed. One of the key plotters outlines the coup;
stresses how it should protect Brazilian plutocracy/kleptocracy
from unintended consequences of the ongoing, two-year-old Car Wash
corruption investigation; and how the Left – from President Rousseff
to Lula and the Workers’ Party – should be criminalized for good.
The rest would be history, including the demolition
of recently acquired social and workers’ rights via the imposition
of a neoliberal restoration; total reversion in foreign policy,
with geopolitical and geoeconomic relations back to a colonized
mindset; and the reestablishment of a conservative, neoliberal, rentier
hegemonic class lording over a socially-oriented, democratic society.
That fits in with the current Brazilian
Congress and Senate dominated by “BBB” interests. “BBB” stands for Beef
(the powerful agribusiness lobby); Bullet (the weapons and private security
complex); and Bible (evangelical fanatics), all supported by corporate
media. Many of these unsavory characters are connected and/or represent
the toxic Brazilian rural aristocracy – which are in fact heirs
to nobility titles handed over to slave owners.
It was going all so swell after only a few
days – even with the former head of the lower house, notorious crook
Eduardo Cunha, temporarily sidelined; Cunha – the ringleader of a campaign
financing scam inside Congress – de facto had become the Prime Minister
of the puppet former Vice-President and current, interim President Michel
Temer.
Temer
The Usurper – who might actually become Temer the Brief – has been
under siege since he took power. His unpopularity index is reaching
reverse Kim Jong-Un levels, standing at almost 99%. The overwhelming
majority of Brazilians want him impeached. He’s mentioned in several
corruption scandals while serially nominating ministers mired
in corruption scandals themselves.
The problem is the PBSR cabal simply can’t afford to let him
go – and let power slip away. The Dialogue of the Crooks leak conclusively
proved that the Car Wash investigation was instrumentalized to criminalize
the Workers’ Party and bring down Rousseff while the golpeachment scam
advanced in parallel, making sure certain key political forces would not
be caught in the Car Wash web.
The Dialogue of the Crooks took place
over two months ago — and at least three weeks before the
golpeachment farce reached its apex in a ghastly voting session
in the lower house. Which lead us to a key question; why the attorney
general and the provincial judge in charge of the Car Wash
investigation did not previously reveal its contents, and why did they not take
immediate action? If the Dialogue of the Crooks was revealed already
in March, golpeachment could not possibly have taken place.
The fact that there was no leak two months ago
raises all serious eyebrows. The senator featured in the Dialogue
of the Crooks is a notorious node in a historical corruption link
inside oil giant Petrobras since the Cardoso administrations
in the 1990s. He happened to have been ensconced in the
political leadership of all Brazilian administrations for the
past 22 years. This means he was always the go-to Crook-in-Chief
for his political party, the PMDB.
Yet nothing gets as serious as the
admission that the hidden agenda of golpeachment has always been
to ditch all corruption probes as part of a broader agreement
involving selected Supreme Court judges. If this was not the Brazilian House
of Cards, the whole golpeachment scam should have been declared null and
void by now. Yet, as I have been stressing from the get-go, this
is a sophisticated, Hybrid War-style,
judicial-political-financial-media coup. And it will be very hard
to unravel it.
The logic of perpetual scandal
So future historians already have their story
line – furnished by the Dialogue of the Crooks; the 2016 golpeachment
was a scam concocted by a bunch of political scoundrels willing to do
anything to stay out of jail.
Temer
the Brief, a lowly puppet, is now under siege. His two manipulators – the
former leader of the lower house and his short-lived Minister
of Planning – are now forced to be in the shade. Practically,
that means approving deeply unpopular economic policies in Congress will
be much harder.
Temer The Brief’s is a certified illegitimate
reign. Not even privileged actors – the Goddess of the Market, assorted
businessmen, even some mainstream media sectors – are buying the farce.
Meanwhile, the Brazilian street won’t be quiet; that’s Rousseff’s and the
Workers’ Party’s strategy (although that’s not enough).
So what next? The only way Rousseff would be reinstated is if she
and the party could concoct a credible narrative of the priorities
for the country up to the 2018 presidential elections. That implies a
lot of back room political negotiation – and Rousseff is really lousy
at it.
What has been aptly described as a presidential condominium —
the new normal in Brazil – envelops conflicting agendas with no
consensus in sight. So one should expect the nation to be mired,
for a long time, in the logic of perpetual scandal.
The key variable from now on is how
the PBSR gang will maneuver – possibly illegally — to cling
to power. The Public Ministry and the Federal police are totally
politicized. Increasingly there are no mediation powers. The PBSR gang will
take no prisoners. The Public Ministry will go after Lula while the
attorney general will try to block any chance of Rousseff being
reinstated.
Meanwhile, the social democrats turned
neoliberal enforcers – key associates of the PBSR — will keep advancing
their own agenda; hardcore privatizations; handing over the exploration
of the pre-salt oil deposits to US Big Oil; and dutifully prostrating
as Washington vassals. One just needs to examine the extreme interest
by the US Department of Justice
on all things related to the Car Wash investigation to infer how
Washington is deeply involved in smashing leading Brazilian corporations.
And what about the BRICS?
Brazil is now globally isolated. Vulture
fund-friendly Argentina President Mauricio Macri has been the only leader
to recognize the illegal PBSR government. The PBSR worships Macri
as if he was Beyonce; they absolutely love his role of Slasher
of a socially inclusive cycle of governments in Argentina.
Washington
has not had the balls to do it directly – relying on minions such
as the State Department spokesman and the interim ambassador to the
OAS. But the message is unmistakable; golpeachment is legal, and Washington
trusts Brazilian “democratic institutions”. Compare it to the Russian
Foreign Ministry, which alerted to “foreign interference” in Brazilian
affairs.
The new Brazilian Foreign Minister – a sore
loser (twice) in presidential elections won by the Workers’ Party –
took no time to launch his glorious Vassal of Washington/US Big
Capital policy. He already issued a veiled “threat” to Cuba, Venezuela,
Nicaragua, Bolivia, Ecuador and El Salvador. Mercosur will be sidelined
to the benefit of the Pacific Alliance – where Mexico, Peru and
Colombia are under Washington’s wings. Unasur will be ditched.
And then there’s the stale ice cream in the scoundrel’s tart;
the “B” in BRICS is now dormant. This means the role of Brazil
in the BRICS bank will be seriously compromised. Granted, the BRICS were
never a homogenous group and have been riddled with conflicting interests.
For instance, India’s nuclear-sharing agreement with the US effectively
ties it up with Washington. The next BRICS summit is in India,
in October. Brazil risks the ignominy of being represented
by the PBSR gang.
Meanwhile, make no mistake; as much
as the Car Wash investigation was revealed to be a totally
politicized drive – where fighting corruption was just a convenient cover – the
PBSR gang and their allies will do everything to get rid of the 2018
direct presidential elections. So here’s the sorry Brazilian road map
up to 2018; total political, economic, social and juridical chaos.
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