27 de Maio de 2016, Rádio Moçambique http://www.rm.co.mz (Moçambique)
Foto reconhecida como falsa pela Agência
Lusa*
A Agência Lusa admite ter cometido erros no tratamento da informação,
dando conta da existência de uma vala comum na zona de Canda, no distrito de
Gorongosa, em Sofala.
A lusa também afirma que a fotografia usada para ilustrar a alegada
existência de uma vala comum, com cento e vinte corpos, é falsa e que os outros
órgãos de comunicação social, com maior destaque para os estrangeiros, se
apoiaram do conteúdo publicado pela agência, para desinformar os seus leitores.
Segundo o delegado
da agência lusa, o incumprimento de princípios
elementares do jornalismo deveu-se aos constrangimentos que o repórter do órgão
teve para aceder ao local, onde os camponeses alegaram existir uma vala comum.
Henrique Botequilha teceu estas considerações, esta sexta-feira, durante
uma audição com a comissão parlamentar dos assuntos constitucionais, direitos
humanos e de legalidade, a fim de esclarecer sobre as vias pelas quais obteve a
informação da existência de uma vala comum, com cento e vinte corpos.
Botequilha disse, igualmente, que o repórter teria tentado, várias
vezes, deslocar-se ao local apontado pelos camponeses, mas que foi impossível
aceder a zona, devido às hostilidades militares entre a Renamo e a força
governamental.
Quanto às imagens, falsas, publicadas, dando conta da existência de uma
vala comum com cento e vinte corpos, o Delegado da lusa sublinhou que tratou-se
de um equívoco.
O Presidente da comissão parlamentar dos assuntos constitucionais,
direitos humanos e de legalidade, Edson Macuácua, disse que a audição serviu
para clarificar e dar pistas sobre o assunto, em investigação.
Quanto a alegada correcção da falsa fotografia publicada pelos órgãos de
comunicação, dando conta da existência de uma vala comum com cento e vinte
corpos, em Canda, Macuácua, disse que o assunto será discutido a posterior.
Na segunda-feira a primeira Comissão Parlamentar desloca-se à província
de Sofala para dar continuidade às investigações. (RM)
*Título da matéria e legenda da foto de Mercosul & CPLP + BRICS
------------- Relacionada
Moçambique/Vice-Ministro
do Interior reitera não existência de Vala Comum
26 maio 2016, Rádio Moçambique http://www.rm.co.mz (Moçambique)
O Vice-Ministro do Interior, José dos Santos Coimbra,
garantiu que as Forças de Defesa e Segurança tudo farão para que os
parlamentares realizem com êxito a investigação da existência de alegada vala
comum e violação dos direitos humanos na região centro do país.
Coimbra, que falava esta quinta-feira, na sede do
Parlamento, durante uma audição, admitiu a possibilidade de os corpos
encontrados nos distritos de Gorongosa, em Sofala, e Macossa, em Manica, serem
o resultado de desavenças dentro das forças da Renamo, visto que alguns
ostentavam fardamento daquela formação política.
Esta quarta-feira, a Polícia de Investigação Criminal
vincou na audição, no parlamento, que não existe vala comum no distrito de
Gorongosa e que os onze corpos foram encontrados debaixo de uma ponte sobre o
Rio Mbinganhama, no Distrito de Macossa.
Relativamente a existência de corpos no Posto
Administrativo de Murrotone, em Mocuba, província da Zambézia, o Vice-Ministro
do Interior disse desconhecer tal facto e garantiu que as autoridades policiais
estão a averiguar a veracidade da informação.
Esta sexta-feira, a Comissão dos Assuntos Constitucionais,
Direitos Humanos e de Legalidade vai proceder a audição do ministro da Justiça,
Assuntos Constitucionais e Religiosos, Isac Chande, sobre a alegada existência
de valas comuns em Sofala e Manica. (RM)
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