30 maio 2016, Sputnik
Brasil http://br.sputniknews.com (Rússia)
O eurodeputado Xavier Benito, do partido espanhol Podemos, enviou uma carta assinada por mais de 30 parlamentares do bloco à Alta Representante da União Europeia (UE) para Política Externa e Segurança, Federica Mogherini, para que Bruxelas não negocie o acordo comercial com o Mercosul enquanto o presidente interino Michel Temer estiver no poder.
"O acordo comercial com o
Mercosul", diz o documento, citado pela agência EFE, "não só se
limita a bens industriais ou agrícolas, mas inclui outros afastados como
serviços, licitação pública ou propriedade intelectual. Por isso, é
extremamente necessário que todos os atores implicados nas negociações tenham a
máxima legitimidade democrática: a das urnas".
Benito, que também atua como primeiro vice-presidente
da delegação do Parlamento Europeu para
as relações com o Mercosul,
questiona a “legitimidade democrática necessária para um assunto desta
magnitude”.
"O mandato de
Dilma Rousseff só pode ser mudado mediante o único método democraticamente
aceitável: as eleições", afirma a carta, acrescentando que os
eurodeputados compartilham “a preocupação expressada também pelo
secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) e pela Unasul sobre
a severa situação na qual Dilma Rousseff foi condenada por um Congresso doente
de corrupção e claramente orientado por obscuras intenções".
"É necessário suspender as negociações entre
a UE e o Mercosul já que tal acordo comercial não deveria ser negociado com o
atual governo brasileiro", conclui o documento, exortando Bruxelas a dar
“seu total apoio e envolvimento para o restabelecimento da ordem democrática no
Brasil".
----------------- Relacionada
Brasil/Temer nomeia general que defende perseguição
aos movimentos sociais
30 maio 2016, Vermelho http://www.vermelho.org.br
(Brasil)
O Presidente interino
Michel Temer anda cada vez mais preocupado com as manifestações dos movimentos
sociais que denunciam o golpe de estado e ganham adesão popular, reflexo de um
governo desmoralizado por escândalos e ilegítimo. Nesta segunda-feira Temer
nomeou para coordenar o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general
Sérgio Etchegoyen, conhecido por sua postura de rechaçar entidades como o
Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST).
Sérgio Etchegoyen coordenará a Agência Brasileira de Inteligência (Abin)
que também ficará subordinada à pasta da GSI.
Segundo informações da Folha de São Paulo, militares próximos ao general disseram ao jornal que Sérgio Etchegoyen fará uma monitoração dos grupos de esquerda, com o intuito de blindar Temer de grandes manifestações que desestruturem seu governo.
Família ligada à crimes da ditadura
Etchegoyen, filho do general Leo Etchegoyen, criticou os documentos da Comissão Nacional da Verdade (CNV), onde havia a denuncia de que seu pai e outros 376 agentes foram responsáveis pelos crimes da ditadura militar, "a Comissão da Verdade tinha o propósito de puramente denegrir a imagem do general Leo Etchegoyen, são levianas as acusações", disse em nota.
Ao final de 2 anos e 7 meses de trabalho, a Comissão Nacional da Verdade listou ao menos 434 mortes ou desaparecimentos forçados durante a Ditadura Militar no Brasil. Destas 434 mortes, 191 pessoas foram assassinadas; 210 tidas como desaparecidas e 33 foram listadas como desaparecidas, mas depois seus corpos foram encontrados. Um dos corpos foi encontrado durante o trabalho da CNV.
Segundo informações da Folha de São Paulo, militares próximos ao general disseram ao jornal que Sérgio Etchegoyen fará uma monitoração dos grupos de esquerda, com o intuito de blindar Temer de grandes manifestações que desestruturem seu governo.
Família ligada à crimes da ditadura
Etchegoyen, filho do general Leo Etchegoyen, criticou os documentos da Comissão Nacional da Verdade (CNV), onde havia a denuncia de que seu pai e outros 376 agentes foram responsáveis pelos crimes da ditadura militar, "a Comissão da Verdade tinha o propósito de puramente denegrir a imagem do general Leo Etchegoyen, são levianas as acusações", disse em nota.
Ao final de 2 anos e 7 meses de trabalho, a Comissão Nacional da Verdade listou ao menos 434 mortes ou desaparecimentos forçados durante a Ditadura Militar no Brasil. Destas 434 mortes, 191 pessoas foram assassinadas; 210 tidas como desaparecidas e 33 foram listadas como desaparecidas, mas depois seus corpos foram encontrados. Um dos corpos foi encontrado durante o trabalho da CNV.
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