6 maio 2013, ANDES --- Agencia Pública de Noticias del Ecuador y Suramérica http://www.andes.info.ec (Ecuador)
Enviado
por Robertson Vinueza
Quito (Andes). – O Ministério de Recursos
Naturais Não-renováveis lançou o primeiro exemplar da revista Petro Minas,
uma publicação especializada que expõe, em sua edição inaugural, o volume do
lucro obtido em conseqüência da renegociação petroleira, realizada no Equador em
2010.
Passados
dois anos da renegociação que mudou a modalidade contratual de 14 dos 23
contratos petroleiros – de “Participação” para “Prestação de serviços com
Taxas” –
, o Estado equatoriano lucrou 2,795 bilhões de dólares, de acordo com o
Relatório de Gestão 2012 publicado pelo Ministério de Recursos Naturais
Não-Renováveis, em março deste ano.
“O
dinheiro arrecadado foi direcionado pelo Governo Federal a obras emergenciais
nas comunidades amazônicas. É o caso da cidade El Dorado, localizada no estado
de Puerto Francisco de Orellana, onde foi construído um poço profundo com
biodigestor e um purificador de água, que transformam o esgoto em um líquido
potável para consumo humano”, afirmou Víctor Terreros, prefeito da cidade
amazônica, ressaltando ainda que a obra beneficia 3 mil pessoas da área.
O setor
petroleiro contribuiu no ano passado com 38% da renda do Orçamento Geral do
Estado. O país recebe 15 bilhões de dólares anuais pela exportação de petróleo
e, ao terminar 2012, a produção diária foi de 504 mil barris, ressaltou o
ex-ministro de Recursos Naturais Não-Renováveis, Wilson Pástor.
Para
Milton Rodríguez, habitante de Unión Milagreña, em Orellana, “a economia do
país melhorou nos últimos anos, pois os assuntos são tratados com transparência
e os recursos se dirigem às comunidades. A construção de três prédios com salas
de aula para servirem como centros educativos em Unión Milagreña, assim como
obras de esgotamento sanitário e fluvial são um exemplo do bom uso do
dinheiro”.
Durante
os anos 1980, a atividade petroleira na Amazônia gerou muitos conflitos entre
as empresas e as comunidades indígenas, cujos territórios foram invadidos pelas
transnacionais, o que levou à degradação do meio ambiente e à desarticulação de
sua estrutura social e de sua cultura, segundo afirma um documento do Sistema
de Indicadores Sociais e Econômicos.
De acordo
com o depoimento do prefeito de El Dorado, “por várias décadas, 6 das 16
comunidades próximas às operações do campo Auca formavam parte dos setores
esquecidos da Amazônia, onde só havia destruição, poluição e câncer causados
pela atividade petroleira”.
Além
disso, o prefeito destaca que “é muito importante saber que, atualmente, quando
mais se investe no setor petroleiro, mais se obtém lucros para serem investidos
no desenvolvimento das comunidades localizadas próximas aos projetos
petroleiros”.
O
vice-presidente da Câmara de Vereadores de San Roque, Henry Macías, afirmou que
“após a renegociação dos contratos petroleiros, o país recebeu rendas extras,
melhorando assim sua economia, independente dos setores favorecidos. Os
benefícios têm sido distribuídos através de projetos modelos, como a Cidade do
Milênio, em Pañacocha e Playas de Cuyabeno. Recebemos obras importantes, como a
construção e a ampliação do sub-centro de saúde de San Vicente, além de novas
salas pra o centro de computação e de química e biologia, o que beneficia toda
a jurisdição da cidade”. San Roque tem uma população de 3 mil pessoas,
distribuídas entre as comunidades de Tierras Orientales, El Triunfo, Unidos
Venceremos, 29 de Julio, Nueva Vida, 14 de Julio, 25 de diciembre, San
Jacinto e San Pablo”.
A empresa
Ecuador Estratégico é a responsável por direcionar os recursos e as
obras nas comunidades amazônicas, que vislumbram um futuro promissor com as mudanças
na região.
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