Luanda, 22 maio 2008 - A ministra do Planeamento, Ana Dias Lourenço, considerou hoje (quinta-feira), em Luanda, ser necessária a criação de um sistema de monitorização sistemática das condições de vida da população, por forma a se avaliar melhor os resultados das políticas sociais do governo.
Ao intervir na cerimónia de lançamento do Inquérito integrado sobre o Bem Estar da População (IBEP), a governante disse ser pertinente a adopção de um mecanismo do género para facilitar a avaliação dos efeitos de vazamento do crescimento económico nacional.
De acordo com Ana Dias Lourenço, o lançamento do IBEP constitui um instrumento imperioso para a avaliação das condições de vida da população, numa perspectiva de dinâmica, contribuindo para a definição de melhores políticas sociais em conformidade com a repartição do rendimento nacional.
Segundo a ministra, o inquérito reveste-se de grande importância, porquanto cobrirá uma lacuna em termos de informação actualizada, sendo indispensável para o processo de planeamento, além de ajudar a compreender os resultados e impactos alcançados após a implementação de investimentos na área de saúde, educação e do emprego.
"As expectativas sobre o inquérito às receitas e despesas familiares são muito elevadas da parte de instituições governamentais, civis e académicas, pois os seus resultados vão medir a taxa de pobreza do país, depois de alguns anos de paz e de crescimento económico" afirmou a ministra.
De igual modo, adiantou, os resultados do inquérito vão permitir a actualização da estrutura dos ponderadores para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), bem como quantificar as relações entre crescimento, desemprego, pobreza e as condições de vida da população.
Durante a primeira fase do inquérito, a decorrer de Maio deste ano a igual período de 2009, o Instituto Nacional de Estatística (INE) seleccionou 12 mil e 500 agregados familiares e aconselhou os chefes de família a colaborarem com os inquiridores.
Na cerimónia de lançamento do inquérito fizeram-se presentes, entre outras personalidades, o vice-ministro do Planeamento, a directora-geral do INE, representantes do Banco Mundial (BM) em Angola e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). (AngolaPress)
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