quarta-feira, 14 de maio de 2008

Angola/PIB regista crescimento anual de 15 porcento nos últimos seis anos

Luanda, 14 maio 2008 – A taxa média anual de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) registada no período 2002-2007 cifrou-se em cerca de 15 porcento, valor que coloca Angola entre os países com maior crescimento económico no mundo, reafirmou terça-feira, em Luanda, o vice-ministro do Planeamento, Carlos Alberto Lopes.

De acordo com Carlos Lopes, que falava no seminário sobre “Financiamento de Grandes Projectos”, em 2007 a taxa de inflação registou uma queda abrupta, atingindo 12 porcento, contrariamente a de 2002 que se situou acima dos 100 porcento.

Nesse período, os depósitos bancários à ordem multiplicaram-se 13 vezes, atingindo, em 2007, o valor de 624 mil milhões de kwanzas, o que, no entender do vice-ministro, reflecte a confiança dos angolanos no funcionamento da economia e do sistema financeiro.

Segundo os dados apresentados pelo vice-ministro do Planeamento, o crédito à economia multiplicou-se na ordem dos 20, situação que considerou como sendo “o primeiro factor explicativo do importante crescimento do sector não petrolífero”.

O consumo privado passou de 26 porcento no quadriénio 2000-2003 para 39 porcento em 2004-2007. Estima-se que em 2007, a população escolar tenha crescido para quase seis milhões de alunos, significando um ascensão de 75 porcento em apenas quatro anos.

Foi possível, depois de 2002, promover o reassentamento de mais de quatro milhões de cidadãos e de cerca de 400 mil refugiados, disse Carlos Lopes, defendendo uma especial atenção à saúde, educação, fornecimento de água, saneamento básico e à criação de postos de trabalho.

Promovido pelo Ministério do Planeamento, em parceria com o Banco Mundial, o seminário reuniu investidores nacionais, parceiros do Governo angolano e instituições ligadas ao sector de infra-estruturas, para discutir as formas de rentabilização de grandes projectos.

O objectivo do encontro é divulgar as opções de financiamento de projectos de grande porte, através dos mecanismos do Grupo Banco Mundial, como investimentos em acções, empréstimos, garantias e financiamento para reduzir a emissão de carbono. (AngolaPress)

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