Maputo, 15 outubro 2007 - O Presidente do Conselho de Administração da Empresa dos Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, CFM, garantiu à TVM que a partir do próximo ano os comboios comerciais voltarão a circular na linha férrea de Sena entre a cidade da Beira e o distrito de Marromeu, numa extensão de 400 quilómetros. A prioridade será dada ao transporte de açúcar de Marromeu, e da madeira e calcário de Cheringoma e Muanza, na província de Sofala. O projecto de reconstrução da linha férrea de Sena no centro do país vai exigir fundos adicionais que poderão atingir 200 milhões de dólares americanos. Isto para acomodar um tráfego ferroviário superior a dez milhões de toneladas de carvão mineral por ano, proveniente das minas de Moatize, em Tete, para o Porto da Beira.
A paralisação da Linha de Sena mudou de forma dramática a vida de cerca de cinco milhões de habitantes do Vale do Zambeze.
Setenta por cento da carga nacional era transportada por esta linha, destruída pela guerra.
Vinte anos depois, renasce a esperançar de um dia o comboio voltar a circular.
A expectativa é enorme em Cheringoma, no norte de Sofala, onde estava instalada uma das principais estações dos Caminhos de Ferro de Moçambique.
A empreitada indiana Ricon sub-contratou vários empreiteiros para acelerar as obras.
O Presidente do Conselho de Administração dos CFM mostra-se satisfeito com o decurso das obras e acredita no cumprimento dos prazos estabelecidos. Os CFM procuram financiamentos para a construção da nova terminal com capacidade para manusear 18 milhões de toneladas de carvão por ano. São necessários 180 milhões de dólares americanos para a construção da terminal de carvão.
O investimento aplicado na reconstrução da estratégica Linha de Sena é de 175 milhões de dólares americanos. Fundo que vai permitir que a infra-estrutura manuseie apenas cinco à seis milhões de toneladas de carga diversa por ano.
As minas de carvão de Moatize estão a despertar cada vez mais interesse das companhias internacionais.
Para além da Companhia do Vale do Rio Doce já oficializada, a Rivers F. Dales, da Austrália, e outros dois investidores indianos manifestaram a intenção em explorar o carvão mineral, que impõe novos investimentos para escoar o produto com segurança e eficácia, uma vez que a linha deverá transportar entre dez e 15 milhões de toneladas de carvão mineral por ano.
Do lado da província de Sofala o novo traçado da linha já atingiu a estação da Mazamba, encontrando-se a 25 e da Vila de Inhaminga, no distrito de Cheringoma.
Neste momento, decorre a construção do ramal de Marromeu estando a cerca de 30 quilómetros da vila sede do distrito. Tudo indica que a partir de Janeiro do próximo ano vai ser escoado por esta via para o Porto da Beira o açúcar produzido pela Companhia de Sena, cerca de setenta mil toneladas de açúcar por ano.
Do lado da província de Tete, a linha está a ser desmontada e limpa.
Nos próximos dois meses os trabalhos vão atingir a estação de Moatize, lá onde desemboca a Linha de Sena. O projecto emprega dois mil e quinhentos trabalhadores nacionais. (Fonte: TVM)
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segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Moçambique/Comboios comerciais vão voltar a circular na linha de Sena a partir de 2008
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