quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Moçambique/Zona centro do país vai ter mais uma universidade a partir de 2008

Maputo, 8 Agosto 2007 - Moçambique passará, em 2008, a contar com cinco instituições públicas de ensino superior, quando em Fevereiro entrar em funcionamento a Universidade Zambeze (UniZambeze). Depois da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), Instituto Superior de Relações Internacionais (ISRI), Universidade Pedagógica (UP) e, recentemente, UniLúrio, a UniZambeze será instalada na cidade da Beira, para servir as províncias do centro do país, nomeadamente Sofala, Tete, Zambézia e Manica.

Segundo dados avançados pela Direcção de Coordenação do Ensino Superior do Ministério da Educação e Cultura (MEC), o projecto nesse sentido está sendo finalizado e dentro em breve será remetido ao Conselho de Ministros para a sua aprovação. Em debate, também, continuam os cursos a serem ministrados.

Com a entrada em funcionamento desta universidade, o Governo concluíu a instalação de universidades públicas nas três regiões do país, processo tido como determinante para colmatar o crónico problema de vagas que se vem registando. Assim, a Universidade Eduardo Mondlane, sediada em Maputo, estará com as suas atenções viradas para a zona sul, a UniLúrio, em Nampula, para o norte, devendo a UniZambeze servir as províncias do centro.

Em Junho último, o Presidente da República, Armando Guebuza, inaugurou a UniLúrio, aquela que foi a quarta instituição superior, cujos estatutos foram aprovados em Outubro de 2006 pelo Conselho de Ministros. A instituição funciona com a Faculdade de Ciências de Saúde, com cursos de licenciatura em Medicina, Farmácia e Estomatologia.

Entretanto, a implantação de universidades públicas em todas as regiões do país decorre simultaneamente com a revisão da Lei do Ensino Superior, como forma de enquadrá-la à actual realidade moçambicana e da SADC. O Governo instou todas as instituições de ensino superior a reflectirem sobre a necessidade de operarem mudanças profundas, que implicam, em grande parte, os currículos, admissão de estudantes, desenvolvimento e gestão do corpo docente, estrutura e conteúdos dos graus académicos oferecidos, entre outros.

Um dos exemplos apontados pelo Governo sobre a necessidade de revisão do actual currículo no ensino superior tem a ver com os qualificadores de carreiras profissionais no sector público e os empregadores, em geral, que se servem, para além de outros critérios, da actual estrutura dos graus académicos para fixarem salários. Assim, a revisão visa dar espaço a estas reformas, privilegiando a componente qualidade.

Moçambique assinou, juntamente com outros países da região, o Protocolo da Educação, em Blantyre, Malawi, a 8 de Setembro de 1997, no qual se definem como prioridades a necessidade do uso racional dos meios e recursos humanos para o desenvolvimento da SADC, apostando na formação de recursos humanos de forma concentrada e numa perspectiva de alcance regional.

O referido protocolo prevê intercâmbio de docentes e estudantes, entre outros aspectos que visam o benefício de todos os signatários. (Noticias)

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