Luanda, 28 Agosto 2007 - Cerca de 50 milhões de metros quadrados de terrenos estão limpos de minas, no âmbito do processo de desminagem, em curso no país, revelou segunda-feira, em Luanda, o coordenador da Comissão Executiva de Desminagem, João Baptista Kussumua.
O dirigente fez a revelação quando representava o Chefe do Governo, José Eduardo dos Santos, na cerimónia de recepção de duas máquinas de desminagem, oferecidas pelo Japão, no âmbito da cooperação existente entre os dois governos.
Segundo João Baptista Kussumua, desde a implementação desde processo, em Angola, já foi possível a destruição de dois milhões de engenhos explosivos não detonados e mais de 600 toneladas de outro material letal.
Em termos estatísticos, informou que o Governo desenvolve também operações específicas nas linhas de transmissão de energia eléctrica.
Assim, explicou que dos cerca de 1170 km que constituem algumas áreas de condução de energia do país, tanto no eixo sul, como no norte, os operadores do Governo foram capazes de limpar cerca de 860 torres, bem como destruir 5313 minas anti-pessoal, 1005 anti-tanque e 1078 engenhos explosivos.
Neste programa, a área limpa é de 26 milhões de metros quadrados.
O também ministro da Assistência e Reinserção Social (Minars) disse, por outro lado, que no âmbito da educação sobre os riscos de minas procedeu-se à transmissão de informação a mais 50 mil pessoas no país.
Na sua intervenção, pediu aos angolanos envolvidos no processo de desminagem para encararem esta tarefa como um desafio para o desenvolvimento do país.
"Estamos numa fase nova, em que o processo de desenvolvimento de Angola requer um ataque forte às minas deixadas durante a guerra no país", salientou.
A cerimónia foi assistida pelo director-geral do Instituto Nacional de Desminagem (INAD), Leonardo Severino Sapalo, e pelo embaixador do Japão em Angola, Susumu Shibata. (AngolaPress)
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