sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Angola/Petróleo do «on-shore» de Cabinda é cinco vezes superior ao previsto

Luanda, 30 agosto 2007 - A quantidade de petróleo estes mês descoberta no "on-shore" de Cabinda é cinco vezes superior ao inicialmente previsto, afirmou hoje a concessionária dos trabalhos de exploração, Roc Oil.

Segundo a empresa, que apresentou dados relativos à actividade do primeiro semestre do ano, o campo descoberto no enclave angolano, baptizado Massambala-1, contém 170 milhões de barris, dos quais deverão ser produzidos 20 por cento.

As previsões iniciais apontavam para reservas totais de 33 milhões de barris, pelo que a descoberta foi mais do que cinco vezes superior.

Ainda segundo dados hoje divulgados pela empresa, o petróleo encontrado é do tipo pesado e viscoso, não o "leve" mais frequente em Angola e nos países da África Ocidental, mais valorizado pelo mercado.

Para o presidente da Roc, John Doran, face aos resultados obtidos, "Massambalala torna-se o mais recente acrescento à cadeia de transmissão de projectos que merecem avaliação mais detalhada" por parte da petrolífera australiana.

Na sequência da apresentação de hoje, as acções da Roc subiram 16 por cento na bolsa australiana, atingindo o valor mais alto dos últimos quinze meses.

Depois da descoberta de Massambalala, o consórcio Roc Oil tem previsto para o semestre em curso a exploração de quatro poços de "impacto potencial elevado", para o que está a usar em simultâneo duas plataformas.

Completados os trabalhos no primeiro poço, as plataformas da Roc Oil irão deslocar-se para o Cevada-1, na zona Leste do Bloco Cabinda Sul.

Antes do final do mês irá arrancar ainda a sondagem do poço Soja-1, o terceiro dos cinco a serem abertos nesta fase da exploração.

A Roc Oil tem 60 por cento do bloco, e estatuto de operador; tem como parceiros a Sonangol (20 por cento) e a Force Petroleum (20 por cento).

Os trabalhos de exploração no "on-shore" de Cabinda, intacto há 35 anos, envolvem um investimento de 54 milhões de dólares (40 milhões de euros).

Também interessada na exploração do "on-shore" cabindense, região que produz mais de metade das exportações petrolíferas angolanas, está também um consórcio liderado pela norte-americana Devon Energy Corp, que integra a portuguesa Galp. (Noticias Lusófonas)

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