Clara Mousinho / Agência Brasil
Segundo a coordenadora de mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Carmen Foro, o principal objetivo da Marcha das Margaridas, desde o ano 2000, é discutir o tema da fome, da pobreza e da violência contra a as mulheres.
"Para resolver esses problemas, é preciso desenvolver políticas públicas e reforma agrária. Por isso, a gente marcha”, diz Carmem Foro. “Hoje é um momento de grande reflexão e debate. Vamos discutir o tema da Previdência, da terra, do desenvolvimento, da violência contra a mulher."
A integrante do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Pernambuco Maria das Dores da Silva disse que as mulheres do campo sofrem muito preconceito, especialmente no acesso à terra. “A mulher hoje é discriminada na terra porque acham que só homem que podem conseguir a terra, mas que para a mulher hoje é um desafio”, destaca a pernambucana.
“A mulher sofre muita violência porque só por ela ser discriminada no campo é um violência. Então na Marcha das Margaridas a gente tirou por meta discutir a violência no campo, a violência sexista e também a igualdade.”
Durante a abertura da marcha, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, classificou a manifestação como um exemplo de unidade para o movimento social brasileiro. "As mulheres brasileiras estão mostrando aqui o que muitos movimentos sindicais não têm conseguido fazer. Aqui está o conjunto de movimentos de mulheres de norte a sul do país.”
Amanhã (22), os trabalhadores farão a Marcha da Margaridas na Esplanada e entregarão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um documento com as principais reivindicações das mulheres do campo.
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