Maputo (AIM) –
O ministro da Ciência e Tecnologias de Moçambique, Luís Pelembe, afirma que o
país vai entregar o exercício da presidência da Comunidade dos Países da Língua
Portuguesa (CPLP) ao Timor-Leste, este ano, com a aprovação, hoje, de um plano
estratégico de cooperação multilateral.
O referido
documento é um instrumento que vai guiar a cooperação entre os países membros
da comunidade nos domínios do ensino superior e da ciência e tecnologia.
O plano integra
pontos tais como a formação e capacitação de recursos humanos para várias áreas
de interesse dos países e colaboração de instituições científicas e de educação
superior dos países da CPLP,
o uso da ciência e tecnologia para mitigar a
pobreza, entre outros.
Pelembe falava
no âmbito da VI Reunião dos Ministros da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
da CPLP, que decorre hoje na capital moçambicana, sob o lema “Contributo da
Ciência e Tecnologia no Alcance da Segurança Alimentar e Nutricional”.
“Viemos fazer a
última reunião ordinária da presidência de Moçambique na CPLP. Vamos aprovar o
plano estratégico. A aprovação deste plano vai ser fecho de ouro do exercício
da presidência moçambicana”, sublinhou Pelembe.
Refira-se que,
desde a criação da CPLP, as áreas de ciência e tecnologia não contavam com um
plano estratégico. Por isso, o ministro acredita que a presente reunião vai
ficar marcada na história da organização.
O plano começou
a ser preparado em 2013, durante a reunião extraordinária havida em Maputo.
Sobre o lema
escolhido para o evento, a fonte explicou que deve-se ao facto de a segurança
alimentar e nutricional ainda constitui um problema que afecta parte
considerável da população dos países membros da CPLP, actualmente estimada em
250 milhoes de habitantes.
Assim, a
ciência e tecnologia podem contribuir para a mitigação do problema, através de
adopção de tecnologias que, por exemplo, aumentem a produtividade agrícola.
Aliás, a
presidência moçambicana, na CPLP, cinge-se no uso da ciência e tecnologia para
o alcance da segurança alimentar e nutricional.
Questionado
sobre o grau de implementação das decisões saídas do encontro de 2013, que
também versava sobre segurança alimentar e nutricional, Pelembe
disse “cumprimos com as
recomendações. O encontro exortou para que pudéssemos fazer um plano estratégico. O plano estratégico já está feito”.
recomendações. O encontro exortou para que pudéssemos fazer um plano estratégico. O plano estratégico já está feito”.
Por seu turno,
o director para a Acção Cultural e Língua Portuguesa da CPLP, Luís Kandjimbo,
disse que, com o plano aprovado, o executivo da CPLP alterará “o estado das
coisas” sobretudo na reflexão, acção e envolvimento de entidades públicas e
privadas, que operam nos domínios do ensino superior e ciência e tecnologias.
Para o efeito,
a organização está a desenvolver, ao nível do secretariado executivo, uma
reflexão sobre uma nova visão estratégica para enfrentar os próximos desafios,
que caracterizam a agenda global.
“Em 2015,
teremos, de certeza, essa visão elaborada para corresponder às expectativas de
todos os cidadãos da CPLP, que pretendem sentir que pertencem à uma
comunidade”, garantiu.
A presidência
da CPLP é rotativa, com um mandato de dois anos. Moçambique assumiu em Julho de
2012. A CPLP incorpora Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, São Tomé e
Príncipe, Timor Leste, Brasil e Portugal.
e
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