segunda-feira, 28 de abril de 2014

BRICS/China pretende parceria estável com o Brasil para projectos de petróleo e gás natural

28 abril 2014, Macauhub http://www.macauhub.com.mo (China)


A China pretende estabelecer uma parceria estável e de longo prazo com o Brasil e outros países da América Latina para projectos de petróleo e gás natural, afirmou sexta-feira em Brasília o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi.

Presente na capital brasileira para co-presidir, com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo Machado, à sessão inaugural do Diálogo Estratégico Global Brasil-China, estabelecido em 2012 para aprofundar o relacionamento bilateral, Wang disse que a importação de petróleo e gás da América Latina representa apenas 10% do que a China compra anualmente.

“Atendendo a esse facto, a colaboração com o Brasil e outros países da América Latina tem grande potencial, atendendo a que
a China importa uma grande quantidade de petróleo e gás natural, procura que é de longo prazo”, disse o ministro chinês.

Wang Yi disse ainda que a China tem interesse em envolver-se em “qualquer projecto de construção de infra-estruturas no Brasil”, nomeadamente linhas de caminho-de-ferro de todos os tipos, incluindo de alta velocidade, de produção de energia eléctrica, incluindo térmica e nuclear e todos os tipos de estradas.

O presidente da China, Xi Jinping, poderá efectuar uma visita oficial ao Brasil em Julho próximo, a fim de participar na reunião dos BRICS, em Fortaleza e no encontro dos chefes de Estado da Comunidade de Estados Latino-Americanos (Celac) mais China. (macauhub/BR/CN)

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25 abril 2014, Agência Brasil http://agenciabrasil.ebc.com.br (Brasil)

O ministro de Negócios Exteriores da China, Wang Yi, disse hoje, após se reunir com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, que a visita oficial do presidente Xi Jinping ao país, em julho, deve se tornar “um novo marco” na história do relacionamento entre os dois países. A presidenta Dilma Rousseff receberá o ministro chinês na manhã deste sábado (26).

Wang Yi disse que a visita do presidente chinês terá três focos: aprofundar a cooperação China-Brasil em todas as áreas e demonstrar apoio à reunião da cúpula do Brics, em Fortaleza. Além disso, ele quer participar de encontro dos chefes de Estado da Comunidade de Estados Latino-Americanos (Celac) mais China e Brasil. “A China, o Brasil e a Celac vão fazer uma reunião de líderes e, nesse encontro, vão declarar o estabelecimento de um fórum China-Celac.

O ministro Yi disse que a reforma implementada pelo governo chinês abre oportunidades para o aumento da participação de empresas latino-americanas no mercado do país. Ele destacou também que a China tem alta dependência de petróleo e gás natural no longo prazo e apenas 10% de suas importações saem da região.

“Gostaríamos de desenvolver um plano estratégico conjunto na área nos próximos anos”, disse. Além disso, dos mais de US$ 90 bilhões de investimentos chineses no exterior em 2013, apenas US$ 16,5 bilhões foram aplicados na América Latina e no Caribe, o que abre um grande espaço a ser explorado, disse o ministro, citando a intenção de se criar um fundo de investimentos para o desenvolvimento da região.

Sobre o Brasil, Wang Yi disse que a China se interessa em investir em todos os setores de infraestrutura e que suas empresas são as mais competitivas do mundo em ferrovias, rodovias, hidrovias e energia elétrica. Ele disse esperar que, com a abertura da economia, mais empresas brasileiras façam negócios na China. Grandes empresas brasileiras têm se consolidado na China, como a Embraer, Vale, BRFoods e o Grupo Votorantim.

Aliado ao chanceler Luiz Alberto Figueiredo, o ministro chinês defendeu a reforma de organismos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional e outros ligados à ONU, como fundamentais para a nova governança global, que se desenha com a ascensão dos países emergentes como importantes atores globais.

Sobre o banco de desenvolvimento, discutido no fórum do Brics, os chanceleres não falaram sobre os aportes que cada país fará, mas confirmaram a expectativa de que seja anunciado na Cúpula de Fortaleza, em julho. Figueiredo disse que a presidenta Dilma convidou Xi Jinping para assistir à final da Copa do Mundo, no Rio, no dia 13 de julho.


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