10 abril 2014, Confederação Nacional de Reformados Pensionistas e
Idosos, MURPI
http://www.murpi.pt (Portugal)
REFORMADOS, PENSIONISTAS E IDOSOS
Dia Nacional de Luta dos
Reformados, Aposentados e Pensionistas
A Direcção da
Confederação Nacional de Reformados Pensionistas e Idosos, MURPI decide
convocar uma Acção Nacional de Luta dos reformados, aposentados e pensionistas
para o próximo dia 12 de Abril.
Esta Acção Nacional tem
como objectivo a realização de acções em diversos pontos do País, sendo desde
já convocada para o dia 12 de Abril uma Marcha de reformados, aposentados e
pensionistas a realizar em Lisboa, a partir da Praça do Município, com o
seguinte lema: POR ABRIL/CONTRA OS ROUBOS NAS PENSÕES/MARCHA DE INDIGNAÇÃO E
PROTESTO.
No 40º Aniversário da
Revolução de Abril, numa situação de forte ofensiva deste Governo contra os
rendimentos e as condições de vida dos reformados, o MURPI ao promover esta
Acção Nacional de Luta pretende, não só reforçar e ampliar a luta travada por
diversos sectores de reformados, dando mais força à sua indignação e protesto,
como valorizar a unidade da sua luta contra os roubos das suas pensões e dos
seus direitos sociais.
O MURPI, constituído em
1978, pela força de Abril, é a expressão da organização de milhares de
reformados, pensionistas e idosos, que criaram o seu movimento associativo e a
suas Associações para defender os seus direitos sociais (elevação das condições
de vida, pelo direito às pensões, pelo direito à saúde) e também para valorizar
culturalmente as formas de ocupação de tempos livres.
O MURPI está confiante
no empenhamento de todas as suas estruturas no êxito dos objectivos desta Acção
Nacional, pela afirmação da actualidade do projecto da Confederação, enquanto
estrutura organizativa da defesa dos direitos dos reformados, aposentados e
pensionistas e da visibilidade do património cultural das suas Associações.
O MURPI está confiante
na adesão e participação de milhares de reformados, aposentados e pensionistas,
homens e mulheres que não estando directamente associados a esta Confederação
se assumem como sujeitos activos na luta em defesa dos seus direitos sociais
fortemente ameaçados pela política do actual Governo.
Um Governo que rouba
aos portugueses parte dos seus rendimentos para entregar à Banca e aos grupos
financeiros dezenas de milhões de euros em benefícios fiscais.
Um Governo que se
prepara para alterar os critérios de atribuição da pensão de sobrevivência penalizando
mais uma vez os pensionistas.
Um Governo que procura
enganar os portugueses quando afirma que 85% dos pensionistas não são atingidos
por estas medidas de cortes e de austeridade, escondendo que cerca de dois
milhões de pensionistas vivem em risco de pobreza, com baixos valores de
reformas e que congelou a grande maioria das pensões (pensões de velhice,
invalidez e sobrevivência) desde 2010.
Um Governo que criou a
ilusão de que os cortes nos direitos tinham carácter transitório quando
pretende, de facto, torná-los definitivos, penalizando as actuais e futuras
gerações de reformados.
A tudo isto acresce o aumento de uma pesada carga fiscal, dos preços dos bens e serviços essenciais, dos transportes, das rendas de casa e das despesas com saúde que levam a um empobrecimento generalizado deste grupo social. Um grupo social que é chamado a apoiar filhos e netos, também eles a braços com duras condições de vida e de trabalho e em que em muitos casos são obrigados a emigrar.
Por tudo isto, a Acção
Nacional de Luta dos reformados, aposentados e pensionistas será expressão da
confiança na justeza da exigência de demissão do actual Governo e de convocação
de eleições antecipadas que abram caminho a soluções políticas e governativas
ancoradas nos valores e direitos de Abril e plasmadas na Constituição da
República.
Os reformados,
aposentados e pensionistas lutam em defesa de direitos próprios num Portugal
mais justo, mais solidário e soberano.
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Grândola, Vila Morena, letra e música
19 fevereiro 2013, Esquerda Marxista http://www.marxismo.org.br
(Brasil)
http://www.marxismo.org.br/blog/2013/02/19/grandola-vila-morena-letra-e-musica
Grândola, vila morena
Por: Zeca Afonso, cantor, letra e Música
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
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História, atualidade e impacto
ainda hoje de Grândola, Vila Morena
Título de Mercosul & CPLP
Original, Wikipédia: Grândola,
Vila Morena http://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A2ndola,_Vila_Morena
"Grândola, Vila Morena"'é uma canção composta e cantada por Zeca Afonso que foi escolhida pelo Movimento das
Forças Armadas (MFA) para ser a segunda
senha de sinalização daRevolução dos
Cravos. A canção refere-se à
fraternidade entre o povo de Grândola, vila do Alentejo. À meia noite e vinte minutos do dia 25 de Abril de 1974, a canção foi transmitida pelo programa independente
Limite através da Rádio Renascença como sinal para confirmar o início da revolução.
Também por esse motivo, transformou-se em símbolo da revolução, assim como do
início da democracia em
Portugal. (…)
A canção foi incluída no álbum Cantigas do Maio, gravado em dezembro de 1971, disco que conta com os arranjos e direcção musical
de José Mário Branco. «Grândola, vila morena» é a quinta faixa do álbum,
gravado em Hérouville, França entre 11 de outubro e 4 de novembrode 1971.
No dia 29 de março de 1974, «Grândola, vila morena» foi cantada no encerramento
de um espectáculo no Coliseu de Lisboa. Na assistência estavam militares do MFA, que viriam
a escolher a canção como uma das senhas para o arranque da Revolução dos
Cravos. Curiosamente, para
esse espectáculo a censura havia proibido a interpretação de várias canções de
Zeca, entre as quais «Venham mais cinco», «Menina dos olhos tristes», «A morte
saiu à rua» e «Gastão era perfeito».
À meia-noite e vinte minutos da madrugada do dia 25 de Abril de 1974, a «Grândola, vila morena» foi tocada no
programa independente Limite transmitido através da Rádio Renascença. Era a senha para o arranque definitivo e simultâneo
em todo o País das operações e despoletava o avanço das forças organizadas pelo MFA. O primeiro sinal, tocada cerca de hora e meia antes,
às 22 horas e 55 minutos do dia 24 de Abril, foi a música «E depois do adeus», cantada por Paulo de Carvalho, atrvés doa Emissores Associados de Lisboa, audível
apenas na capital.
Pouco antes da sua morte, Zeca Afonso e vários amigos
seus galegos cantaram ao vivo e gravaram uma nova edição da canção
na Homenagem da Galiza a José
Afonso.
Em 1987 foi regravada pelo grupo de rock brasileiro 365, no seu LP Mix da Música São Paulo, constando na sétima faixa com o nome de «Vila
Morena».
Em Fevereiro de 2013, o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho falava no debate quinzenal com os deputados quando foi
interrompido pelo movimento "Que
se lixe a troika! Queremos as nossas vidas!" a cantar "Vila Morena" como forma de
protesto contra as políticas económicas de seu governo e da troika.1 2 3 Dias depois esta mesma música foi cantada em Madrid na Puerta del Sol, pelo Movimiento 15-M aquando de uma manifestação.4 5 No dia 18 de Fevereiro, num encontro promovido pelo Clube
dos Pensadores, o Ministro Adjunto e
dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, foi igualmente interrompido por manifestantes ao som
do Grândola, tendo chegado a entoar alguns versos da música.6 7 8
(…)
Referências
1.
Ir para cima↑ Madalena Salema (15 de Fevereiro de 2013). Debate
quinzenal marcado pela "Grândola Vila Morena" e pelo recorde do
desemprego. RTP. Página visitada em 22 de Fevereiro de 2013.
2.
Ir para cima↑ "Grândola,
Vila Morena" interrompe Passos Coelho no debate quinzenal. SIC Noticias (15 de Fevereiro de 2013). Página visitada em 22 de
Fevereiro de 2013.
3.
Ir para cima↑ Leonardo Negrão (15 de Fevereiro de 2013). Discurso
de Primeiro-Ministro interrompido por "Grândola Vila Morena". Dinheiro Vivo. Página visitada em 22 de Fevereiro de 2013.
4.
Ir para cima↑ Milhares
de espanhóis manifestaram-se ao som de Grândola Vila Morena em Madrid. Visão (17 de Fevereiro de 2013). Página visitada em 22 de
Fevereiro de 2013.
5.
Ir para cima↑ «Grândola,
Vila Morena» também se canta em Madrid. TVI24 (17 de Fevereiro de 2013). Página visitada em 22 de
Fevereiro de 2013.
6.
Ir para cima↑ Alexandra Campos (20 de Fevereiro de 2013). Manifestantes
cantam o Grândola, Vila Morena ao ministro da Saúde. Público. Página visitada em 22 de Fevereiro de 2013.
7.
Ir para cima↑ Pedro Sales Dias (18 de Fevereiro de 2013). Relvas
interrompido por “Grândola Vila Morena”: “Governo só vai embora em 2015 se
portugueses quiserem”. Público. Página visitada em 22 de Fevereiro de 2013.
8.
Ir para cima↑ Grândola
Vila Morena: A história da música que voltou para irritar ministros. Dinheiro Vivo (20 de Fevereiro de 2013). Página visitada em 22 de
Fevereiro de 2013.
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