28 abril 2014, Macauhub http://www.macauhub.com.mo
(China)
Os países de língua
portuguesa representam cerca de um quinto das trocas comerciais da China com
África, com um peso crescente no total e um excedente comercial em relação a
Pequim, de acordo com os dados estatísticos mais recentes.
Em 2013, revelou na
semana passada a Câmara de Comércio Internacional da China, as trocas
comerciais com os países africanos aumentaram 5,9% para 210,2 mil milhões de
dólares.
Deste total a maior
fatia é a das importações chinesas de África – 117,4 mil milhões de dólares,
mais 3,8% em relação ao ano anterior – superior aos 92,8 mil milhões de dólares
de exportações chinesas para África, que aumentaram 8,8%.
De acordo com os mesmos
dados, no final de 2013 havia mais de 2000 empresas chinesas a operar em
África, sobretudo em sectores como a agricultura, infra-estruturas, indústria,
extracção de recursos, finanças, comércio e logística.
Os números já
conhecidos relativamente às trocas comerciais chinesas com os países africanos
de língua portuguesa – Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé
e Príncipe – comparam favoravelmente com os totais do continente africano.
Estatísticas dos
Serviços da Alfândega da China, divulgadas pelo Gabinete de Apoio ao
Secretariado Permanente do Fórum Macau, revelam que Angola, o segundo parceiro
chinês no mundo em língua portuguesa, registou em 2013 um aumento das trocas
comerciais com a China na ordem de 35,5%, para 37 502 milhões de dólares.
As vendas angolanas à
China foram de 33 458 milhões de dólares – mais 34,4% – e as compras de 4044
milhões de dólares, reflexo de um aumento superior a 45%.
Com Moçambique, as
trocas comerciais aumentaram 22,6% para 1,64 mil milhões de dólares, com
Moçambique a comprar à China produtos no valor de 1,19 mil milhões de dólares –
mais 27,12% – enquanto China comprou a Moçambique bens de 451 milhões de
dólares, mais 12,02% comparativamente ao ano de 2012.
Com os valores de Cabo
Verde e demais países africanos de língua portuguesa, o total das trocas
comerciais ascende a perto de 40 mil milhões de dólares, cerca de um quinto do
total transaccionado entre China e África.
Na IV Conferência
Ministerial do Fórum de Macau, realizada em Novembro de 2013, foi celebrado o
Plano de Acção para a Cooperação Económica e Comercial (2014-2016) que definiu
o objectivo de aumentar o comércio neste espaço até 160 mil milhões de dólares
em 2016.
O
vice-primeiro-ministro chinês, Wang Yang, manifestou expressamente o seu apoio
a Macau na construção de uma série de infra-estruturas, em que se incluem o
Centro de Serviços Comerciais para as Pequenas e Médias Empresas da China e dos
Países de Língua Portuguesa, o Centro de Distribuição dos Produtos Alimentares
dos Países de Língua Portuguesa e o Centro de Convenções e Exposições para a
Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua
Portuguesa.
“Nos anos recentes,
testemunhámos uma cooperação cada vez mais aprofundada entre a China e os
países de língua portuguesa no domínio comercial”, refere o Instituto de
Promoção do Comércio e do Investimento de Macau numa avaliação recente sobre as
trocas neste espaço. (macauhub)
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