Maputo, Moçambique, 7 agosto 2008 - As reservas mineiras do distrito de Marávia, em Tete, serão exploradas em moldes industriais a partir de 2009, segundo projecções do consórcio Great Mining (GWM), que detém a licença para operar naquela região do país, informou o jornal Notícias, de Maputo.
Resultados das pesquisas feitas apontam para a existência no distrito de Marávia de grandes reservas de águas marinhas, topázio, quartzo e amantanite, cujos potenciais mercados são a Alemanha, Suíça e Hong-Kong.
As actividades de prospecção tiveram início em Outubro de 2004, envolvendo a australiana IMC e a moçambicana Condwana, cujos resultados foram considerados encorajadores.
Aliás, foi nessa base que as autoridades moçambicanas concederam ao cidadão moçambicano Francisco Xavier dos Santos uma licença de exploração e pesquisa numa área estimada de 22 mil hectares.
Xavier dos Santos disse ao Notícias que, a dado momento, os produtos extraídos em Marávia apareceram expostos num mercado na Índia, levados por mercadores tanzanianos aparentemente ligados a uma rede que se dedica à mineração ilegal em Tete.
A qualidade do produto terá despertado o interesse de um cidadão australiano, que, seguindo a pista da proveniência, chegou a Marávia, onde travou conhecimento com os operadores que já se encontravam instalados na área.
“Foi quando soube que a área já me tinha sido concessionada que ele propôs uma parceria, cujo acordo assinámos em Novembro de 2005.
Assim nasceu a GWM, que possui capitais moçambicanos, portugueses e australianos. Moçambicanos somos três, dois dos quais detêm experiência no ramo, uma vez que já vinham trabalhando na actividade mineira, embora em moldes artesanais”, explicou.
Actualmente, de aordo com Xavier dos Santos, a empresa está em busca de financiamentos para a compra do equipamento necessário para o arranque da fase de exploração industrial, havendo a expectativa de que o dinheiro esteja disponível até finais de Agosto corrente. (macauhub)
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