A circular divulgando o aviso foi enviada às representações diplomáticas no início de julho, durante o período da pré-campanha para as eleições legislativas de 5 de setembro.
O semanário angolano Novo Jornal, que divulgou a nota ministerial em sua última edição, cita fontes diplomáticas em Luanda para noticiar que o embaixador norte-americano, Dan Mozena, já exprimiu suas reservas diante da decisão ao chanceler angolano, João Miranda.
Para justificar a medida, o documento emitido pelo Ministério das Relações Exteriores recorre à Convenção de Viena, lembrando que os diplomatas têm a obrigação de não se intrometerem nos assuntos internos do Estado.
Fonte do gabinete do chanceler de Angola disse à Agência Lusa que este procedimento "é legal e prático" e "normal ao abrigo das convenções internacionais".
A fonte considerou "necessário" lembrar os diplomatas desta disposição internacional por não existirem "condições para garantir sua segurança em um raio de ação territorial muito alargado".
A fonte do gabinete de João Miranda garantiu ainda que as restrições não estão relacionadas com a proximidade das eleições legislativas, mencionando apenas que os diplomatas têm um "ângulo de movimentação limitado".
"Não é uma situação provocada pela realização das eleições, mas, talvez pela delicadeza que o momento pode exigir, era necessário lembrar tal procedimento", frisou a mesma fonte.
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