28 agosto 2008/Notícias
O efectivo de estudantes da Universidade Eduardo Mondlane poderá passar no próximo ano lectivo para cerca de 25 mil, contra os actuais 17 mil. Por outro lado, será introduzido naquele estabelecimento de Ensino Superior, também em 2009, o mestrado em Física e Medicina.
A primeira informação foi prestada terça-feira em Maputo pelo Reitor Filipe Couto, falando à margem do lançamento oficial do "Programa DESAFIO", uma parceria com a Universidade Flamenga, da Bélgica, e a segunda foi revelada ontem pelo porta-voz da UEM, Joel Tembe, falando das deliberações da II Sessão do Conselho Universitário, reunida de 21 a 22 do mês em curso.
De acordo com o reitor, uma das principais apostas para alargar o acesso e procurar contornar o crónico problema de falta de vagas está na valorização e aposta que a instituição está a dar ao ensino à distância, criação de mais escolas superiores (casos da Escola de Hotelaria e Turismo e Desenvolvimento Rural, em Inhambane, de Empreendedorismo, em Chibuto, Gaza, e de Ciências Marinhas, em Quelimane). Estas escolas deverão absorver para o ano um grande número de ingressos, o mesmo acontecendo com as diferentes faculdades.
Outros dos grandes objectivos apontados e que constam do Plano Estratégico da UEM, são a expansão de mais programas de pós-graduação, para garantir a melhoria da qualidade de investigação e do processo de ensino-aprendizagem; o estabelecimento de uma maior articulação com o sector produtivo e adequação dos centros de produção/investigação com vista a desenvolverem uma investigação aplicada e relevante para as necessidades reais do país; formação contínua dos docentes e pessoal técnico administrativo; e assegurar uma excelente qualidade de ensino, investigação e extensão.
O lançamento do "Programa DESAFIO" foi presidido pelo Ministro da Defesa Nacional, Filipe Nhussi, que explicou que o mesmo tem por objectivo geral capacitar a instituição para melhor desempenhar o seu papel como sector principal de desenvolvimento na sociedade, contribuindo para a melhoria da saúde reprodutiva e para os esforços desenvolvidos no combate à pandemia do HIV/SIDA em Moçambique.
CURSOS DE MESTRADO EM FÍSICA E MEDICINA
Sobre o mestrado em Medicina, Joel Tembe disse que os estudantes que o queiram fazer deverão, primeiro, formar-se como bacharéis (três anos) em Ciências Básicas de Saúde. Após isso, escolherão uma especialidade, formando-se como mestrados em mais dois anos. O mesmo irá acontecer com o curso de Física (três anos de bacharelato mais dois de mestrado).
"Esta inovação fará com que aquele estudante que ao fim de três anos não possa prosseguir os estudos para fazer o mestrado, possa ir trabalhar como bacharel ou seguir outras especialidades", disse.
Contudo, a fonte clarificou que o actual curso de Medicina continuará até ao seu término, não havendo, deste modo, qualquer interferência com o novo currículo.
Ainda não se tem o número de estudantes com os quais os cursos irão arrancar.
Por outro lado, Tembe informou que o Conselho Universitário aprovou o Plano Estratégico da UEM para 2008/2012, em que uma das grandes apostas é a construção de mais escolas superiores nas províncias, o apoio à investigação, entre outras. O plano anterior potenciava a construção de infra-estruturas.
Foi também aprovada a criação da revista científica da UEM, visando estabelecer facilidades de investigação aos mais diversos assuntos.
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