sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Funcionários da Aerolineas Argentinas apóiam reestatização

1 agosto 2008/ Agência Brasil

Brasília - Pelo menos três das sete agremiações sindicais que representam os funcionários da companhia Aerolineas Argentinas e Austral afirmaram hoje (1º) que apóiam a iniciativa do governo argentino de reestatizar a empresa. Os trabalhadores também pedem que os parlamentares debatam o assunto de forma “séria e responsável” quando o projeto de lei estiver no Congresso. É o que informa a agência de notícias argentina, Telam.

Edgard Llano, da Associação do Pessoal Aeronáutico (APA), Rubén Fernández, da União de Pessoal Superior e Profissional de Empresas Aerocomerciais (UPSA), e Ricardo Frecia, da Associação Argentina de Aeronavegantes (AAA), concordaram que a estatização “total e definitiva” é a melhor saída para “proteger a fonte laboral e garantir o serviço”.

“Além de proteger a fonte de trabalho de mais de 9 mil trabalhadores aeronáuticos e garantir o serviço, é um projeto que tende a recuperar uma atividade estratégica para o país com vistas ao desenvolvimento nacional, regional e local”, afirmou Frecia.

Sobre o passivo da Aerolineas, os dirigentes consideraram “apressado” estabelecer um montante antes do resultado da auditoria contábil. Fernández pediu que “não se confunda a opinião pública” quando se diz que esse passivo é de US$ 900 milhões e desmentiu que o Estado deve assumir essa dívida.

“Para determinar o passivo real é necessário esperar o resultado da auditoria e a partir daí começar a operar a empresa, para que o passivo seja pago dessa forma, com o respaldo do Estado”, defendeu o dirigente da UPSA.

Há cerca de 15 dias, a Aerolineas Argentinas passou a ser administrada pelo governo. No último fim de semana, ela enfrentou problemas de atrasos de vôos, que resultaram em dificuldade para muitos turistas voltarem para casa, inclusive
brasileiros. Na ocasião, a Associação de Pilotos de Linhas Aéreas responsabilizou o grupo espanhol Marsans, que administrava a empresa, e disse que foram vendidas muito mais passagens do que se podia.

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