Díli, 1 Agosto 2007 - O presidente do Timor Leste, José Ramos Horta, adiou para sexta-feira a indicação do novo primeiro-ministro, a pedido da Frente Revolucionária do Timor Leste Independente (Fretilin) e da Aliança para Maioria Parlamentar (AMP).
O adiamento foi anunciado nesta quarta-feira, data em que estava inicialmente prevista a escolha.
Segundo o presidente, "todos pediram mais tempo" para encontrar uma solução de governança que inclua a Fretilin e a oposição.
Como a Fretilin venceu as eleições legislativas em 30 de junho sem maioria absoluta (29% dos votos válidos), quatro partidos oposicionistas formaram a AMP para obter maior representatividade no governo.
Ramos Horta se encontrou nesta quarta-feira com os dirigentes da Fretilin, o presidente da legenda, Francisco Guterres (o Lu Olo), e o secretário-geral e ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri.
Em seguida, esteve com o presidente do Congresso Nacional de Reconstrução do Timor Leste (CNRT), o ex-presidente Xanana Gusmão, e com o secretário-geral do Partido Democrático (PD), Mariano Sabino.
O CNRT e o PD, com a coligação da ASDT/PSD, integram a AMP, que pretende formar um governo alternativo à Fretilin.
O presidente timorense recebeu uma segunda vez os dois dirigentes máximos da Fretilin e, no início da tarde (hora local), teve ainda uma reunião em que participaram "Lu Olo", Alkatiri e Xanana Gusmão.
"Todos eles pediram para eu dar mais tempo porque querem continuar a fazer esforço para encontrar uma solução que seja satisfatória" para a Fretilin e a AMP, afirmou Ramos Horta em uma curta declaração à imprensa no Palácio das Cinzas, sede da Presidência da República. (Lusa)
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