28 março 2016, Brasil 247 http://www.brasil247.com (Brasil)
O filósofo Vladimir
Safatle afirmou, em entrevista à TV Brasil, que o Congresso Nacional se
transformou uma espécie de "sindicato de ladrões"; para ele, a atual
composição do parlamento nacional não tem a menor condição de julgar um pedido
de impeachment da presidente Dilma Rousseff; "Na comissão do impeachment,
são 31 deputados indiciados. Como alguém indiciado pode julgar uma presidente
da república? Fora que quem comanda tudo isso é o presidente da Câmara, que o
procurador-geral da República classificou como um delinquente", disse.
247 - O filósofo Vladimir
Safatle afirmou, em entrevista à TV Brasil, que o Congresso Nacional se
transformou uma espécie de "sindicato de ladrões". Para ele, a atual
composição do parlamento nacional não tem a menor condição de julgar um pedido
de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
"O impeachment tem uma perspectiva golpista. O objeto da ação que
motivou o pedido foi as pedaladas, o que é uma piada. O Orçamento no Brasil
sempre foi uma peça de ficção. Não tem uma pessoa do Executivo que possa
continuar no cargo se as pedaladas forem consideradas", afirmou.
Ele diz que o ritmo de andamento do impeachment é
"desesperado" e questiona a capacidade daqueles que estão liderando o
processo. "Na comissão do impeachment, são 31 deputados indiciados. Como
alguém indiciado pode julgar uma presidente da república? Fora que quem comanda
tudo isso é o presidente da Câmara, que o procurador-geral da República
classificou como um delinquente", afirmou.
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Relacionada
Brasil/Janot:
'Delinquente', Cunha integra 'grupo criminoso'
No pedido de
afastamento feito ao Supremo Tribunal Federal, na semana passada, o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, classificou o presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ) de "delinquente", disse que ele
transformou a Casa em um "balcão de negócios" e fez "utilização
criminosa das prerrogativas parlamentares"; o procurador apontou ainda
"manobras espúrias" do peemedebista para atrapalhar as investigações
contra ele no esquema de corrupção da Petrobras e o andamento do processo de
cassação na Câmara e também sustentou que o parlamentar e seus aliados tentam
"intimidar quem ousou contrariar seus interesses"; para a PGR, Cunha
ultrapassou "todos os limites aceitáveis"
247 - No pedido de
afastamento feito ao Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, classificou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ) de
"delinquente", disse que ele transformou a Casa em um "balcão de
negócios" e fez "utilização criminosa das prerrogativas
parlamentares".
"Os fatos indicam que existe um grupo de parlamentares, liderados
por EDUARDO CUNHA, que vem se valendo dos respectivos mandatos e prerrogativas,
tais como poder de requisição e convocação, a fim de pressionar e intimidar
terceiros, empresários ou qualquer pessoa que possa contrariar os interesses do
grupo criminoso do qual EDUARDO CUNHA faz parte", diz Janot.
O procurador apontou ainda "manobras espúrias" do peemedebista
para atrapalhar as investigações contra ele no esquema de corrupção da
Petrobras e o andamento do processo de cassação na Câmara e também sustentou
que o parlamentar e seus aliados tentam "intimidar quem ousou contrariar
seus interesses".
Para a Procuradoria, Cunha ultrapassou "todos os limites
aceitáveis".
A denúncia aponta que Cunha foi beneficiado por US$ 5 milhões em propina
de contratos de navios-sondas da Petrobras. Ele teria utilizado a ex-deputada
federal Solange Almeida (PMDB-RJ) para, por meio de requerimentos em uma
comissão, pressionar o lobista Julio Camargo a lhe pagar propina da Petrobras,
e o uso de parlamentares para apresentar requerimentos contra o grupo Schahin,
que tinha uma disputa com o corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro, pessoa
próxima a Cunha.
"Está já demonstrado —e ora se ratifica— que a utilização da
Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados pra pressionar
Júlio Camargo não foi algo episódico, mas sim apenas mais uma conduta ilícita
para proteção dos delinquentes envolvidos nos fatos, inclusive do próprio deputado
federal Eduardo Cunha", diz o procurador.
"Tais elementos demonstram que Eduardo Cunha transformou a Câmara
dos Deputados em um "balcão de negócios" e o seu cargo de Deputado
Federal em mercancia, reiterando as práticas delitivas. Assim, além do recebimento
de valores da Petrobras, em que se valeu de interposta deputada para fazer
requerimentos perante a CFFC, os elementos acima indicados são sintomáticos no
sentido de que Eduardo Cunha atuava como longa manus dos empresários,
interessados em fazer legislações que os beneficiassem, em claro detrimento do
interesse público", completou.
Segundo a Procuradoria, "há ressaibo de dúvidas ao Ministério
Público Federal de que, ultrapassando todos os limites aceitáveis no âmbito de
um Estado Democrático de Direito, os fatos narrados são demonstrações
manifestas de que Eduardo Cunha vem utilizando a relevante função de deputado
federal e, especialmente, de presidente da Câmara dos deputados em interesse
próprio e ilícito unicamente para evitar que as investigações contra si tenham
curso e cheguem ao termo do esclarecimento de suas condutas, bem como para
reiterar nas práticas delitivas".
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