Por Paula
Arend Laier
O Ibovespa fechou em alta de 1,34% nesta quarta-feira, aos 47.763
pontos, no dia em que o ex-presidente Lula foi confirmado como ministro da Casa
Civil pelo Palácio do Planalto; Ibovespa também se animou com a possibilidade
de Henrique Meirelles assumir o Banco Central e ainda com a decisão do Fomc
(Federal Open Market Committee) de manter os juros inalterados; ações da
Petrobras se destacaram, com alta de 9%; já o dólar comercial fechou em queda
de 0,64% a R$ 3,7367 na compra e a R$ 3,7391 na venda.
São Paulo
(Reuters) - A Bovespa fechou com o seu principal índice em alta nesta
quarta-feira, após sessão volátil, marcada novamente por noticiário político
intenso e com a Petrobras respondendo pela principal contribuição positiva.
O pregão
paulista firmou-se no azul na parte da tarde, ajudado pela decisão do Federal
Reserve de manter a taxa de juros, enquanto indicou apenas duas altas de juros
neste ano ao invés das quatro previstas anteriormente.
O Ibovespa
subiu 1,34 por cento, a 47.763 pontos. Na mínima, o índice de referência do
mercado acionário local caiu 1,29 por cento. Na máxima, subiu 1,44 por cento.
O volume
financeiro do pregão somou 8,27 bilhões de reais.
O destaque
no noticiário local foi o anúncio de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva assumirá a chefia da Casa Civil da presidente Dilma Rousseff, confirmando
especulações da véspera, que haviam pressionado a bolsa.
De acordo
com profissionais da área de renda variável, a notícia não traz alento às
perspectivas econômicas, mas havia sido antecipada em grande parte na véspera,
o que atenuou o efeito nesta sessão, quando a bolsa paulista ainda encontrou
suporte no Fed e nos preços de commodities.
"Aparentemente
já estava no preço. Mesmo antes da decisão do Fed o índice não estava desabando",
afirmou um operador.
DESTAQUES
- PETROBRAS
fechou com as ações preferenciais em alta de 9,38 por cento, após acumular
queda de 18,3 por cento nas duas sessões anteriores. Os papéis seguem sensíveis
ao cenário político, mas encontraram na alta dos preços do petróleo no exterior
suporte para a recuperação.
- BANCO DO
BRASIL, que também vem oscilando ao sabor do noticiário de Brasília e teve uma
sessão volátil, encerrou em alta de 3,37 por cento, após recuar mais de 20 por
cento na véspera. No setor, ITAÚ UNIBANCO e BRADESCO caíram 2,96 e 2,22 por
cento, respectivamente. O Credit Suisse reiterou recomendação
"underperform" para os papéis dos três bancos.
- VALE
fechou com as ações preferenciais de classe A com ganho de 8,88 por cento,
favorecidas pela alta dos preços do minério de ferro na China. Papéis de
siderúrgicas também tiveram uma sessão de fortes ganhos, com USIMINAS avançando
10,9 por cento, na melhor performance do Ibovespa, seguida por CSN, com alta de
10,54 por cento.
-
ECORODOVIAS terminou com elevação de 5,42 por cento, com balanço do quarto
trimestre da empresa de concessões de infraestrutura no radar. Em nota a
clientes, a equipe da corretora Brasil Plural destacou positivamente os
esforços para a redução de custos pela companhia, mas disse que o tráfego de
veículos decepcionou.
- JBS fechou
em alta de 4,62 por cento, antes da divulgação do balanço do quarto trimestre
previsto para depois do fechamento do mercado.
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completo: http://www.brasil247.com/pt/247/economia/221424/Ao-contr%C3%A1rio-das-previs%C3%B5es-bolsa-sobe-forte-com-Lula-ministro.htm
----------- Relacionada
Brasil/Agência Moody's aprova nomeação de Lula em governo Dilma
16
março 2016, Vermelho http://www.vermelho.org.br (Brasil)
A agência classificadora de risco Moody's divulgou nota onde elogiou a nomeação de Lula na Casa Civil do governo Dilma Rousseff. "Nomeação indica prioridade na conveniência política", disse a agência logo após a divulgação da nomeação.
"A mudança ministerial aponta para uma mudança nas prioridades do governo no sentido da conveniência política à custa de prosseguir com a consolidação fiscal", disse a analista da Moody's Samar Maziad em entrevista à Reuters.
Em fevereiro a agência havia rebaixado a nota de crédito brasileira ao identificar que a crise política contribuiria para a piora fiscal e consequentemente da economia como um todo.
Do Portal Vermelho, com agências
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