quinta-feira, 17 de março de 2016

Brasil/Ao contrário das previsões, bolsa sobe forte com Lula ministro



16 março 2016, Brasil 247 http://www.brasil247.com (Brasil)

Por Paula Arend Laier

O Ibovespa fechou em alta de 1,34% nesta quarta-feira, aos 47.763 pontos, no dia em que o ex-presidente Lula foi confirmado como ministro da Casa Civil pelo Palácio do Planalto; Ibovespa também se animou com a possibilidade de Henrique Meirelles assumir o Banco Central e ainda com a decisão do Fomc (Federal Open Market Committee) de manter os juros inalterados; ações da Petrobras se destacaram, com alta de 9%; já o dólar comercial fechou em queda de 0,64% a R$ 3,7367 na compra e a R$ 3,7391 na venda.

São Paulo (Reuters) - A Bovespa fechou com o seu principal índice em alta nesta
quarta-feira, após sessão volátil, marcada novamente por noticiário político intenso e com a Petrobras respondendo pela principal contribuição positiva.

O pregão paulista firmou-se no azul na parte da tarde, ajudado pela decisão do Federal Reserve de manter a taxa de juros, enquanto indicou apenas duas altas de juros neste ano ao invés das quatro previstas anteriormente.

O Ibovespa subiu 1,34 por cento, a 47.763 pontos. Na mínima, o índice de referência do mercado acionário local caiu 1,29 por cento. Na máxima, subiu 1,44 por cento.
O volume financeiro do pregão somou 8,27 bilhões de reais.

O destaque no noticiário local foi o anúncio de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumirá a chefia da Casa Civil da presidente Dilma Rousseff, confirmando especulações da véspera, que haviam pressionado a bolsa.

De acordo com profissionais da área de renda variável, a notícia não traz alento às perspectivas econômicas, mas havia sido antecipada em grande parte na véspera, o que atenuou o efeito nesta sessão, quando a bolsa paulista ainda encontrou suporte no Fed e nos preços de commodities.
"Aparentemente já estava no preço. Mesmo antes da decisão do Fed o índice não estava desabando", afirmou um operador.
DESTAQUES

- PETROBRAS fechou com as ações preferenciais em alta de 9,38 por cento, após acumular queda de 18,3 por cento nas duas sessões anteriores. Os papéis seguem sensíveis ao cenário político, mas encontraram na alta dos preços do petróleo no exterior suporte para a recuperação.

- BANCO DO BRASIL, que também vem oscilando ao sabor do noticiário de Brasília e teve uma sessão volátil, encerrou em alta de 3,37 por cento, após recuar mais de 20 por cento na véspera. No setor, ITAÚ UNIBANCO e BRADESCO caíram 2,96 e 2,22 por cento, respectivamente. O Credit Suisse reiterou recomendação "underperform" para os papéis dos três bancos.

- VALE fechou com as ações preferenciais de classe A com ganho de 8,88 por cento, favorecidas pela alta dos preços do minério de ferro na China. Papéis de siderúrgicas também tiveram uma sessão de fortes ganhos, com USIMINAS avançando 10,9 por cento, na melhor performance do Ibovespa, seguida por CSN, com alta de 10,54 por cento.

- ECORODOVIAS terminou com elevação de 5,42 por cento, com balanço do quarto trimestre da empresa de concessões de infraestrutura no radar. Em nota a clientes, a equipe da corretora Brasil Plural destacou positivamente os esforços para a redução de custos pela companhia, mas disse que o tráfego de veículos decepcionou.

- JBS fechou em alta de 4,62 por cento, antes da divulgação do balanço do quarto trimestre previsto para depois do fechamento do mercado.

URL do texto completo: http://www.brasil247.com/pt/247/economia/221424/Ao-contr%C3%A1rio-das-previs%C3%B5es-bolsa-sobe-forte-com-Lula-ministro.htm

 

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Brasil/Agência Moody's aprova nomeação de Lula em governo Dilma

16 março 2016, Vermelho http://www.vermelho.org.br (Brasil)

A agência classificadora de risco Moody's divulgou nota onde elogiou a nomeação de Lula na Casa Civil do governo Dilma Rousseff. "Nomeação indica prioridade na conveniência política", disse a agência logo após a divulgação da nomeação.


"A mudança ministerial aponta para uma mudança nas prioridades do governo no sentido da conveniência política à custa de prosseguir com a consolidação fiscal", disse a analista da Moody's Samar Maziad em entrevista à Reuters.

Em fevereiro a agência havia rebaixado a nota de crédito brasileira ao identificar que a crise política contribuiria para a piora fiscal e consequentemente da economia como um todo.

Do Portal Vermelho, com agências

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