11 março 2016, Vermelho
http://www.vermelho.org.br (Brasil)
Ex-chefes de Estado e de governo de diversos países da Europa e América
Latina publicaram uma declaração de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva. Dentre os 14 primeiros signatários estão José "Pepe" Mujica,
ex-presidente do Uruguai, Cristina Kírchner, ex-presidenta da Argentina e
Felipe González, ex-presidente de governo da Espanha.
O texto condena a " tentativa de alguns setores de destruir a
imagem deste grande brasileiro" e as conquistas sociais do Brasil durante
os mandatos de Lula. "Lula não se considera nem está acima das leis. Mas
tampouco pode ser objeto de injustificados ataques a sua integridade
pessoal", diz a nota. Leia abaixo o manifesto:
DECLARAÇÃO
Durante várias décadas, Luiz Inácio Lula da Silva destacou-se como sindicalista, lutador social, criador e dirigente do Partido dos Trabalhadores.
Eleito Presidente da República, em 2002, Lula levou adiante um ambicioso programa de mudança social no Brasil, que tirou da pobreza e da miséria milhões de homens e mulheres. Sua política econômica permitiu a criação de milhões de empregos e uma extraordinária elevação da renda dos trabalhadores.
Seu Governo aprofundou a democracia, estimulando a diversidade política e cultural do país, a transparência do Estado e
da vida pública. O Executivo, o
Ministério Público e o Poder Judiciário puderam realizar investigações de atos
de corrupção eventualmente ocorridos na administração direta ou indireta do
Estado.Durante várias décadas, Luiz Inácio Lula da Silva destacou-se como sindicalista, lutador social, criador e dirigente do Partido dos Trabalhadores.
Eleito Presidente da República, em 2002, Lula levou adiante um ambicioso programa de mudança social no Brasil, que tirou da pobreza e da miséria milhões de homens e mulheres. Sua política econômica permitiu a criação de milhões de empregos e uma extraordinária elevação da renda dos trabalhadores.
Seu Governo aprofundou a democracia, estimulando a diversidade política e cultural do país, a transparência do Estado e
Preocupa à opinião democrática, no entanto, a tentativa de alguns setores de destruir a imagem deste grande brasileiro.
Lula não se considera nem está acima das leis. Mas tampouco pode ser objeto de injustificados ataques a sua integridade pessoal.
Estamos com ele e seguros de que a verdade prevalecerá.
Cristina Kirchner (Argentina)
Eduardo Duhalde (Argentina)
Carlos Mesa (Bolívia)
Ricardo Lagos (Chile)
Ernesto Samper (Colômbia)
Maurício Funes (El Salvador)
Felipe Gonzalez (Espanha)
Manuel Zelaya (Honduras)
Massímo D”Alema (Itália)
MartinTorrijos (Panamá)
Nicanor Duarte (Paraguai)
Fernando Lugo (Paraguai)
Leonel Fernandes (República Dominicana)
José Mujica (Uruguai)
Juan Manuel Insulza (OEA)
------------- Relacionada
Brasil/Entidades internacionais demonstram solidariedade a Lula
7 março 2016, Agência PT (Brasil)
Diversos grupos e lideranças de esquerda da América
Latina, além do Partido Comunista francês, demonstraram apoio ao ex-presidente
Grupos e lideranças de esquerda da América Latina, além do Partido
Comunista francês, demonstraram apoio ao ex-presidente Lula. As
primeiras notas começaram a surgir durante a tarde, após ter sido conduzido
coercitivamente a prestar depoimento na Polícia Federal, em São Paulo.
Mais tarde, enquanto Lula fazia discursos históricos no Diretório Nacional do
PT e no Sindicato dos Bancários, as manifestações de apoio continuaram a
chegar, e assim foi durante todo o fim de semana.
As palavras de apoio foram contundentes. O CTA de los Trabajadores, da Argentina, associa a operação da Polícia
Federal a Lula ter afirmado, poucos dias antes, que poderia ser candidato à
presidência para 2018. “O que os move não é a busca da justiça, nem a luta
contra a corrupção. O que querem é desestabilizar o governo democraticamente
eleito e difamar e sujar o ex-presidente, ‘coincidentemente’ pouco tempo depois
que Lula insinuou que se candidataria à presidência na próxima eleição. É
evidente que não suportam a consolidação do processo de inclusão com justiça
social mais importante da historia do Brasil”, diz a nota da entidade.
Para o movimento Plenario Nacional
del Frente Amplio, do Uruguai “A detenção coercitiva do ex-presidente Luis
Inacio Lula da Silva representa um ataque à democracia e à Constituição da
nação irmã.”. Também vê o ato como uma tentativa da direita política
de desestabilizar o Governo da companheira Dilma Rousseff e ao mesmo tempo
criminalizar o Partido dos Trabalhadores (PT). E alerta: “O Brasil vive um novo
e indigno capítulo de uma escalada golpista, operação destinada a subverter o
resultado nas urnas”.
Para a Frente Amplio, da Costa Rica, as tentativas de impeachment
contra a presidente Dilma Rousseff são uma tentativa de golpe e afirma que o PT
põe os setores populares como atores centrais da política. “A direita
conservadora foi constituindo as condições para tentar reverter suas derrotas
eleitorais mediante um golpe contra a presidenta Dilma e instaurar um regime de
exceção arbitrário que os permita voltar ao controle do governo. (…) Afirmamos
nossa solidariedade com Lula, Dilma e todas as forças políticas e sociais que
trabalham cada dia para que a sociedade brasileira conte com uma estrutura
solidária, inclusiva, participativa, justa e com o ser humano e os setores
populares como atores centrais”.
Já o paraguaio Frente Guasu alerta para as forças conservadores
latino-americanas. “Lamentamos que forças políticas retrógradas do nosso
continente ainda não tenham compreendido que pisar a vontade popular não é
regra válida para o fortalecimento das democracias de nossos países”. O Partido Comunista de Cuba vai pela mesma linha. “A direita
internacional e seus aliados internos no Brasil não perdoam que Lula tenha
terminado seu segundo mandato com 87% de popularidade e como símbolo
internacional da luta contra a fome e a pobreza”, afirmou.
A Frente para la Victória, da Argentina, foi enfático na
defesa do ex-presidente. E lembrou que editores da Rede Globo poderiam saber
antes sobre a ação da Polícia Federal, considerada sigilosa. “A ordem dada pelo
juiz Sergio Moro e realizada pela Polícia Federal foi pré-anunciada por um
editor da Rede Globo, por meio de uma publicação nas redes sociais. Isso deixa
em evidência quais são os poderes que articulam a ofensiva contra o governo do
PT e perseguem seu líder para frustrar sua volta à presidência em 2018”.
Por sua vez, o Partido Comunista do Chile lembra como pode ser difícil tentar
implantar pautas progressivas na América Latina, onde forças conservadoras
poderosas tentam boicotar a busca por independência e avanços sociais.“Para o
Partido Comunista de Chile essa é outra operação destinada à desestabilização
política em países onde governam forças progressistas e de esquerda e é outra
tentativa de atingir líderes democráticos latino-americanos”.
Veja a lista completa das entidades que demonstraram solidariedade
a Lula:
Por Bruno
Hoffmann, da Agência PT de Notícias
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