sábado, 12 de março de 2016

Brasil/Líderes políticos internacionais declaram apoio a Lula



11 março 2016, Vermelho http://www.vermelho.org.br (Brasil)

Ex-chefes de Estado e de governo de diversos países da Europa e América Latina publicaram uma declaração de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dentre os 14 primeiros signatários estão José "Pepe" Mujica, ex-presidente do Uruguai, Cristina Kírchner, ex-presidenta da Argentina e Felipe González, ex-presidente de governo da Espanha.

O texto condena a " tentativa de alguns setores de destruir a imagem deste grande brasileiro" e as conquistas sociais do Brasil durante os mandatos de Lula. "Lula não se considera nem está acima das leis. Mas tampouco pode ser objeto de injustificados ataques a sua integridade pessoal", diz a nota. Leia abaixo o manifesto:

DECLARAÇÃO

Durante várias décadas, Luiz Inácio Lula da Silva destacou-se como sindicalista, lutador social, criador e dirigente do Partido dos Trabalhadores.

Eleito Presidente da República, em 2002, Lula levou adiante um ambicioso programa de mudança social no Brasil, que tirou da pobreza e da miséria milhões de homens e mulheres. Sua política econômica permitiu a criação de milhões de empregos e uma extraordinária elevação da renda dos trabalhadores.

Seu Governo aprofundou a democracia, estimulando a diversidade política e cultural do país, a transparência do Estado e
da vida pública. O Executivo, o Ministério Público e o Poder Judiciário puderam realizar investigações de atos de corrupção eventualmente ocorridos na administração direta ou indireta do Estado.

Preocupa à opinião democrática, no entanto, a tentativa de alguns setores de destruir a imagem deste grande brasileiro.

Lula não se considera nem está acima das leis. Mas tampouco pode ser objeto de injustificados ataques a sua integridade pessoal.

Estamos com ele e seguros de que a verdade prevalecerá.

Cristina Kirchner (Argentina)
Eduardo Duhalde (Argentina)
Carlos Mesa (Bolívia)
Ricardo Lagos (Chile)
Ernesto Samper (Colômbia)
Maurício Funes (El Salvador)
Felipe Gonzalez (Espanha)
Manuel Zelaya (Honduras)
Massímo D”Alema (Itália)
MartinTorrijos (Panamá)
Nicanor Duarte (Paraguai)
Fernando Lugo (Paraguai)
Leonel Fernandes (República Dominicana)
José Mujica (Uruguai)
Juan Manuel Insulza (OEA)



------------- Relacionada


Brasil/Entidades internacionais demonstram solidariedade a Lula

7 março 2016, Agência PT (Brasil)

Diversos grupos e lideranças de esquerda da América Latina, além do Partido Comunista francês, demonstraram apoio ao ex-presidente

Grupos e lideranças de esquerda da América Latina, além do Partido Comunista francês, demonstraram apoio ao ex-presidente Lula. As primeiras notas começaram a surgir durante a tarde, após ter sido conduzido coercitivamente a prestar depoimento na Polícia Federal, em São Paulo. Mais tarde, enquanto Lula fazia discursos históricos no Diretório Nacional do PT e no Sindicato dos Bancários, as manifestações de apoio continuaram a chegar, e assim foi durante todo o fim de semana.

As palavras de apoio foram contundentes. O CTA de los Trabajadores, da Argentina, associa a operação da Polícia Federal a Lula ter afirmado, poucos dias antes, que poderia ser candidato à presidência para 2018. “O que os move não é a busca da justiça, nem a luta contra a corrupção. O que querem é desestabilizar o governo democraticamente eleito e difamar e sujar o ex-presidente, ‘coincidentemente’ pouco tempo depois que Lula insinuou que se candidataria à presidência na próxima eleição. É evidente que não suportam a consolidação do processo de inclusão com justiça social mais importante da historia do Brasil”, diz a nota da entidade.

Para o movimento Plenario Nacional del Frente Amplio, do Uruguai “A detenção coercitiva do ex-presidente Luis Inacio Lula da Silva representa um ataque à democracia e à Constituição da nação irmã.”. Também vê o ato como uma tentativa  da direita política de desestabilizar o Governo da companheira Dilma Rousseff e ao mesmo tempo criminalizar o Partido dos Trabalhadores (PT). E alerta: “O Brasil vive um novo e indigno capítulo de uma escalada golpista, operação destinada a subverter o resultado nas urnas”.

Para a Frente Amplio, da Costa Rica, as tentativas de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff são uma tentativa de golpe e afirma que o PT põe os setores populares como atores centrais da política. “A direita conservadora foi constituindo as condições para tentar reverter suas derrotas eleitorais mediante um golpe contra a presidenta Dilma e instaurar um regime de exceção arbitrário que os permita voltar ao controle do governo. (…) Afirmamos nossa solidariedade com Lula, Dilma e todas as forças políticas e sociais que trabalham cada dia para que a sociedade brasileira conte com uma estrutura solidária, inclusiva, participativa, justa e com o ser humano e os setores populares como atores centrais”.

Já o paraguaio Frente Guasu alerta para as forças conservadores latino-americanas. “Lamentamos que forças políticas retrógradas do nosso continente ainda não tenham compreendido que pisar a vontade popular não é regra válida para o fortalecimento das democracias de nossos países”. O Partido Comunista de Cuba vai pela mesma linha. “A direita internacional e seus aliados internos no Brasil não perdoam que Lula tenha terminado seu segundo mandato com 87% de popularidade e como símbolo internacional da luta contra a fome e a pobreza”, afirmou.

A Frente para la Victória, da Argentina, foi enfático na defesa do ex-presidente. E lembrou que editores da Rede Globo poderiam saber antes sobre a ação da Polícia Federal, considerada sigilosa. “A ordem dada pelo juiz Sergio Moro e realizada pela Polícia Federal foi pré-anunciada por um editor da Rede Globo, por meio de uma publicação nas redes sociais. Isso deixa em evidência quais são os poderes que articulam a ofensiva contra o governo do PT e perseguem seu líder para frustrar sua volta à presidência em 2018”.

Por sua vez, o Partido Comunista do Chile lembra como pode ser difícil tentar implantar pautas progressivas na América Latina, onde forças conservadoras poderosas tentam boicotar a busca por independência e avanços sociais.“Para o Partido Comunista de Chile essa é outra operação destinada à desestabilização política em países onde governam forças progressistas e de esquerda e é outra tentativa de atingir líderes democráticos latino-americanos”.

Veja a lista completa das entidades que demonstraram solidariedade a Lula:

- Frente Amplio (Costa Rica)
- Frente Guasu (Paraguai)
- Movimiento Izquierda Unida (República Dominicana)
- P-MAS (Paraguai)

Por Bruno Hoffmann, da Agência PT de Notícias 

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