quarta-feira, 16 de março de 2016

Brasil/O QUE ESTÁ POR TRÁS DO GOLPE ARTICULADO PELA GLOBO



14 Março 2016, Agência Petroleira de Notícias http://www.apn.org.br (Brasil)

Muita gente que foi às ruas protestar está envergonhando o nosso verde e amarelo. Essas cores cabem aos nacionalistas. Seria mais honesto se vestissem as cores da Bandeira dos Estados Unidos.

A Globo apoiou e cresceu à sombra da Ditadura, quando milhares de brasileiros, civis e militares, foram perseguidos, presos, torturados e mortos. A Globo, na maior desfaçatez, fez autocrítica do apoio aos golpistas, mas os familiares das vítimas não perdoam. Além de golpista e corrupta, durante a Ditadura, usou por 21 anos o satélite da Embratel de graça.


No depoimento coercitivo e desnecessário de Lula, a Globo sinalizou que os militares estariam de plantão para evitar conflitos, no que foi desmentida pelo Ministro do Exército. A mesma Globo, que apoiou a ditadura e mentiu sobre os militares, prepara o novo golpe, tirando a presidente eleita pela vontade da maioria dos brasileiros e que derrotou o candidato da emissora, Aécio Neves. A Globo rasga a Constituição Federal.

Através de editorial do jornal O Globo, convoca os militares ao confronto. No entanto, em cumplicidade com o  juiz Sérgio Moro, a maior rede de comunicação do país está empenhada em desmontar o Programa Nuclear Brasileiro. Foi o que fez ao articular a prisão do vice-almirante Othon Luiz Pinheiro. Cientista respeitado mundialmente, na década de 1970, o almirante chefiou programa secreto da Marinha que deu ao Brasil o domínio de uma das tecnologias mais cobiçadas do mundo, o processo que transforma o minério de urânio no combustível necessário para que uma usina nuclear produza eletricidade. Em 2005, à frente da Eletronuclear, Othon retomou as obras da usina de Angra 3, renegociando os contratos das empresas envolvidas com o projeto e comprometendo-se a entregá-la até 2018. Nacionalista convicto, buscava a autonomia energética do país. Sua prisão, pelo papel preponderante que sempre representou nessa área, foi um tiro mortal em projetos estratégicos para a autonomia energética e a defesa do Brasil.

Os ataques a todas as empresas nacionais, como a Odebrecht – seu presidente foi condenado a 29 anos de cadeia – deviam pelo menos deixar preocupados os verdadeiros brasileiros. Aqueles que não se deixam levar pela  histeria e pelo emocionalismo. O país parou. Obras importantes foram suspensas e milhares de trabalhadores ficaram desempregados. A prisão de Marcelo Odebrecht estaria voltada - além do olho gordo das empresas estrangeiras no mercado brasileiro – à paralisação de projetos como a construção de mísseis de curto e longo alcance.

 E o que dizer do empenho da dobradinha Globo-Moro na destruição da Petrobrás e na entrega do pré-sal à sanha das petrolíferas estrangeiras? A Lei de Partilha pelo menos garantia à Petrobras como operadora única do pré-sal. Essa é uma condição indispensável para que a prospecção de óleo seja medida e controlada pelos brasileiros.

A Lei de Partilha também  garantia de que os recursos dos royalties fossem aplicados em educação (75%) e saúde (25%). Mas o senador José Serra prometeu entregar o pré-sal à Chevron, empresa americana de petróleo, segundo denúncia do Wikeleaks. E está cumprindo o prometido, com o apoio da Globo e da Lava Jato de Moro. O PLS 131 de Serra já passou no Senado e agora seguiu para votação na Câmara. Nas manifestações do dia 13, certamente levados pela falta de informação, o emocionalismo e o clima de ódio plantado por Globo-Moro, manifestantes carregavam uma faixa pedindo a privatização da Petrobrás! – As petrolíferas estrangeiras, a essa altura, estão dando boas gargalhadas da nossa, digamos, no mínimo, “ingenuidade”.

É de se admirar, tamanha a contradição, que tanta gente vá às ruas apoiar medidas como essas usando verde e amarelo. Deviam vestir as cores da Bandeira dos Estados Unidos!

*Emanuel Cancella é coordenador do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP)

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