Fonte: Facebook Monopólio da Informação -- combata isto (Brasil)
Mas virou um circo porque algo fez o
Moro recuar no meio do "espetáculo"! Algo que fez o golpe parar entre
a saída da equipe da PF da residência de Lula e sua chegada no aeroporto de
Congonhas.
A sequência bombástica de eventos
fabricados foi a de um golpe de Estado, não a de um balão de ensaio, como
alguns creem. Vejamos os fatos:
a) Na quinta-feira a IstoÉ antecipa
sua edição de final de semana, tal qual a Veja na véspera das eleições de
segundo turno de 2014, com uma bomba midiática lançada contra Lula
("delação" de Delcídio), tal qual a Veja fez contra Dilma (a
"delação" de Youssef que não existia).
No primeiro caso, era um golpe de
Estado eleitoral. Neste segundo caso, novamente era golpe político-midiático.
Aquele fracassou em parte, no seu âmago, devido a disposição de milhões de
pessoas em resistirem ao golpe. Já o fracasso do golpe de março de 2016 - e
este, diferente de 2014, fracassou integralmente - não pode ser explicado pela
corrida de militantes para Congonhas.
2) Quem estava no comando da ação
midiática, o tempo todo, nos dois casos,
era a Globo: no primeiro, ela usou a
Veja para "levantar a bola", o assunto que ela iria explorar exaustivamente.
Agora, com a Veja em meio a uma crise financeira e editorial que culminou com a
queda de sua direção de redação dias antes do novo golpe - QUE CURIOSA
COINCIDÊNCIA, NÃO? - a IstoÉ teve que aparecer como o trampolim golpista para a
Globo.
3) Já havia mobilização preparada,
em Curitiba, a espera do desembarque de Lula. Como também já havia um jato a
disposição da PF e até o Bolsonaro estava no aeroporto de Curitiba, explodindo
fogos de artíficio e feliz da vida a frente de uma turba, esperando para ser
engambelado pelo recuo do Moro. E, por todo o país, turbas haviam sido
organizadas e preparadas previamente para fazer "a grande festa".
Devem ter ficado muito perplexas a medida que as horas passavam e a equipe da
PF não saía de Congonhas.
4) A reportagem da Folha de São
Paulo estava esperando a chegada da PF na frente da residência do Lula
(novamente a Globo "estava lá", mas sem aparecer). E funcionários da
Globo publicaram em redes sociais observações de que a sexta-feira reservava um
amanhecer "paz e amor" (característica política atribuída aos dois
governo Lula, na época em que este esteve no comando do país).
5) A PF levou Lula para Congonhas,
porque era o caminho para levá-lo para Curitiba, onde a medida de condução
coercitiva iria transformar-se em prisão, como aconteceu com outros que foram
detidos inicialmente para prestarem depoimento e de lá saíram presos. Neste
momento a grande "festa", preparada meticulosamente, iria ser vendida
pela mídia como uma grande reação espontânea da população comemorando a prisão
de Lula.
6) Na quinta-feira a matéria da
IstoÉ foi jogada na cara da população, para que na sexta o espetáculo midiático
comandado pela Globo justificasse a transformação da condução coercitiva em
prisão, isso já em Curitiba.
7) A grande bomba midiática jogada
contra a população, por fim, transformaria o final de semana na maior onda de
linchamento propagandístico contra um líder popular desde as quedas de Getúlio
(1954) e Jango (1964), em meio aos golpes de Estado comandados pela grande
mídia contra esses governos.
Mas daí alguma coisa, que ainda não
ficou pública, estragou a festa!!! E fez a PF não sair de Congonhas! E não saiu
porque no meio do caminho, mais exatamente entre a saída da residência de Lula
e a chegada em Congonhas, algo de muito "grave" -- CONTRA OS
GOLPISTAS -- aconteceu.
Discordamos, portanto, de que a ação
golpista-midiática era apenas um "balão de ensaio" para medir a
temperatura da reação popular a uma possível prisão de Lula, no futuro. Foi, na
verdade, um tiro no peito e a queima roupa, como o que nos tirou Getúlio. Mas
alguma coisa "morreu na contramão" atrapalhando o golpe. Ou isso, ou
aquela gente por trás do golpe não leu Maquiavel -- o que não é verdade - e
resolveu brincar com o "golpe do balão mágico" para ver qual a reação
das pessoas, coisa que não se pode levar a sério.
Foi um golpe de Estado, esta é que é
a verdade, que se levantou como uma grande onda mas terminou se arrebentando
contra as rochas. Se não entendermos que foi um golpe que se inviabilizou por
motivos que precisamos entender ainda, não estaremos preparados para o próximo,
que virá ainda mais articulado.
Por fim, o rapto político de Lula
também pode acabar cumprindo o papel de uma de provocação barata, com vistas a
entornar ainda mais o caldo de tensão em que o país se acha mergulhado, como
observaram as colunas de Rodrigo Vianna (1) e Renato Rovai (2).
O fato é que o Brasil é tão
estratégico e importante para as grandes potências internacionais -- uma em
específico -- que agora os golpes de Estado acontecem até mesmo contra chefes
de Estado que não estão no poder, prevenindo-se contra um segundo "bota o
retrato do Velho", movimento político que levou novamente Vargas ao poder,
desta vez pelo voto popular, em 1950.
É hora de ir atrás e descobrir o
que/quem salvou o país da tentativa de Golpe.
Fontes citadas:
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